15.3.06

PRISÃO PERPÉTUA

Medeiros Ferreira escreve a propósito de Milosevic: "Slobodan Milosevic estava preso preventivamente, ainda sem sentença pronunciada. Mas quando se morre na cadeia trata-se de prisão perpétua. Deve ter sido por isso que a Procuradora Carla Del Ponte afirmou que iria pedir para o ex-chefe de Estado da Sérvia essa pena insustentável e lamentável. A comunidade internacional deve impedir em tempo útil os "os mais graves dos crimes graves contra a humanidade". Se o não consegue deve punir sem se desforrar." Também sou desfavorável à prisão perpétua bem como à pena de morte. Milosevic foi o que foi e desapareceu sem ter sido condenado já que estava detido "preventivamente". No fundo, como diz MF, acabou ironicamente em prisão perpétua. Na sala do Tribunal ainda ecoa a sua altiva impotência, própria de quem tinha pouca defesa. E Carla Del Ponte, com aquele ar masculino de quem está sempre a sair de um solário, não é exactamente um modelo recomendável para os propósitos do Tribunal de Haia. O seu comentário idiota à morte de Milosevic é deveras eloquente ("Foi um duro golpe! Depois de tudo o que fizemos... É inacreditável! Puxou-nos o tapete, deixou-nos às escuras.") Fala demasiado e normalmente mal.

6 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado pela transcrição e pela referência.E para dizer que venho aqui com frequência e com gosto.

Anónimo disse...

... se isto é no Tribunal de Haia ...

Anónimo disse...

Expressão a condizer com o rosto.
E aquilo que é suposto ser traduzido pelos nossos rostos:
Neste caso, a expressão de uma senhora complexada por um qq complexo de infãncia nunca resolvido.
E ainda a expressão da «incompetência», da senhora e do tribunal. Em Portugal, sabemos bem o que é isso.

CN disse...

esse comentário é de uma arrogância atroz e revela a intenção preconcebida de condenar o arguido...

Anónimo disse...

E depois de 4 anos, de centenas de investigadores por conta da del Monte, de um milhão de páginas de documentação e 600 filmages que obrigaram o Milosevic a ler e visionar, nem uma provazinha tinham conseguido reunir, quanto mais um smoking-gun!

Todo o réu deve ser tratado como inocente até se provar ser culpado. Mas este foi condenado na praça pública por ela e pelos media. E quatro anos depois nem um pintelho conseguiram juntar.

Anónimo disse...

O espectro de "Slobo" há-de assombrar o TPI até ao fim ("próximo"?) dos seus dias...