Medeiros Ferreira escreve a propósito de Milosevic: "Slobodan Milosevic estava preso preventivamente, ainda sem sentença pronunciada. Mas quando se morre na cadeia trata-se de prisão perpétua. Deve ter sido por isso que a Procuradora Carla Del Ponte afirmou que iria pedir para o ex-chefe de Estado da Sérvia essa pena insustentável e lamentável. A comunidade internacional deve impedir em tempo útil os "os mais graves dos crimes graves contra a humanidade". Se o não consegue deve punir sem se desforrar." Também sou desfavorável à prisão perpétua bem como à pena de morte. Milosevic foi o que foi e desapareceu sem ter sido condenado já que estava detido "preventivamente". No fundo, como diz MF, acabou ironicamente em prisão perpétua. Na sala do Tribunal ainda ecoa a sua altiva impotência, própria de quem tinha pouca defesa. E Carla Del Ponte, com aquele ar masculino de quem está sempre a sair de um solário, não é exactamente um modelo recomendável para os propósitos do Tribunal de Haia. O seu comentário idiota à morte de Milosevic é deveras eloquente ("Foi um duro golpe! Depois de tudo o que fizemos... É inacreditável! Puxou-nos o tapete, deixou-nos às escuras.") Fala demasiado e normalmente mal.
6 comentários:
Obrigado pela transcrição e pela referência.E para dizer que venho aqui com frequência e com gosto.
... se isto é no Tribunal de Haia ...
Expressão a condizer com o rosto.
E aquilo que é suposto ser traduzido pelos nossos rostos:
Neste caso, a expressão de uma senhora complexada por um qq complexo de infãncia nunca resolvido.
E ainda a expressão da «incompetência», da senhora e do tribunal. Em Portugal, sabemos bem o que é isso.
esse comentário é de uma arrogância atroz e revela a intenção preconcebida de condenar o arguido...
E depois de 4 anos, de centenas de investigadores por conta da del Monte, de um milhão de páginas de documentação e 600 filmages que obrigaram o Milosevic a ler e visionar, nem uma provazinha tinham conseguido reunir, quanto mais um smoking-gun!
Todo o réu deve ser tratado como inocente até se provar ser culpado. Mas este foi condenado na praça pública por ela e pelos media. E quatro anos depois nem um pintelho conseguiram juntar.
O espectro de "Slobo" há-de assombrar o TPI até ao fim ("próximo"?) dos seus dias...
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