18.3.06

MELANCOLIA

Está em curso, praticamente na clandestinidade, o congresso do dr. Marques Mendes. Segundo os relatos, o seu discurso inaugural foi recebido com "frieza" pelos acólitos e só houve entusiasmo quando foi proferido o nome de Cavaco. Se nada de extraordinário se passar no país nos próximos tempos - como tudo indica que não se passará - o PSD tem pela frente três anos de melancolia. Gerir a melancolia, apesar das insignificantes bravatas de um ou dois caciques, não atrai ninguém. Marcelo paira sobre isto mas não vai mais longe, até porque teve a sua dose entre 96 e 99. Já deu para o peditório e só voltará a jogo, se voltar, pelo seguro. O país "profundo" ainda não está suficientemente aborrecido com esse homem com sorte que se chama José Sócrates: enterrou todos os seus opositores - Carrilho, Alegre, Soares pai e filho - e não perde um segundo preocupado com Mendes. Mendes ficará, pois, refém da sua própria melancolia, com dois créditos averbados, as autárquicas e as presidenciais. Falará quase sempre sozinho, a partir da oposição, e não deve esperar grande audiência. Afinal, mal ou bem, o que é que Sócrates está a fazer de diferente que o PSD não tivesse que fazer também?

1 comentário:

Anónimo disse...

... pois