Leio no Independente que Marco António Costa, cacique "laranja" do Porto, "desistiu" de se candidatar à liderança do PSD. Também Luís Filipe Menezes, uma eminência nortenha do partido, não está disponível para se travar de razões com o líder na escolha a efectuar nas "directas" de Maio. Quando pensamos num partido que já foi chefiado por pessoas como Francisco Sá Carneiro, Mota Pinto ou Cavaco Silva, custa a engolir, a não ser a título trágico-cómico, que a estas pequenas figuras de proa da nomenclatura mais básica possa ter ocorrido a ideia de ocuparem o cargo de presidente do maior partido da oposição. É um sinal terrível do que espera o PSD Nos próximos anos. A coisa está de tal maneira que, por mera caridade cristã, é forçoso concluir-se que Marques Mendes ainda é o menos mau, ou seja, o melhor do que não presta. Quem é que, dentro do PSD, tem coragem para dizer que o estilo torrencial de boas novas anunciadas constantemente pelo primeiro-ministro - como se não governasse num país de penúria e de sombras -, é duvidoso, mas de sucesso garantido? Eu sei que não é fácil competir com um Sócrates perfeitamente social-democrata e grande especialista em marketing político, e do bom. De vez em quando Marques Mendes tenta regurgitar umas "propostas temáticas" a quem ninguém, muito justamente, liga. Até quando irá Mendes suportar este calvário, até quando?
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