Para sobreviver, qualquer povo precisa de ilusão e de um pouco de magia. De vez em quando há circo para o povo - a Expo, o Euro, o Mundial , por exemplo - e, quando não há nada para mostrar, anunciam-se grandes coisas como a OTA, o TGV ou a banda larga. Dia sim, dia não, o governo publicita "medidas" e "investimentos" para a legislatura. Depois da burocracia, foi a vez da ciência vir a ser bafejada com massa graúda, devidamente propalada pelo primeiro-ministro. Eu aplaudo o cuidado posto nestas matérias em vez do tradicional betão. Todavia interrogo-me por que é que simultaneamente a polícia de investigação criminal, a PJ, não consegue executar nem sequer 40% do seu orçamento, para além de outras questiúnculas de partilha de poderes com outras "autoridades". Tudo chegou aparentemente a um ponto em que a própria direcção nacional da PJ pondera demitir-se. Não devemos ter mais olhos que barriga. Se não conseguimos cuidar de assuntos mais comezinhos, como é que nos aventuramos em reluzentes façanhas financeiras que não param de nos impressionar? É só para isso, para impressionar?
1 comentário:
... "magníficos artigos" e, "comentários" com melhor nível
... "excelente"
... porem
"Pense como pensam os sábios
Mas fale como falam as pessoas simples"
(Aristóteles)
... sendo que
"A palavra é a sombra da acção"
(Demócrito)
... e porque
"A natureza nada faz de inútil
Não falta no necessário
Nem abunda no supérfluo
(Aristóteles)
...no entanto
“Não confie plenamente em nada, nem mesmo na água mais límpida, pois a sua própria transparência altera as coisas, tornando-as maiores do que são alterando a sua forma ou escondendo-as nas suas profundezas, sorrindo e murmurando como faría qualquer político”
(Do Livro de Baltasar Gracián – “Espelho de Bolso para Heróis”)
... continue... "força"
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