A forma como os papagaios do costume reagiram nas televisões à mensagem de Cavaco Silva - os "escritores" Rodrigues dos Santos e Sousa Tavares, os jornalistas Magno e Resendes, este por sinal açoriano, e o prolixo Delgado, a man for all seasons - só serviu para demonstrar ao PR que a "mensagem" devia ter sido outra. Rodrigues dos Santos, novo mestre da propaganda e exímio prosador erótico moderno, foi ao ponto de perguntar ao Magno (um imitador barato e provinciano de Marcelo) se a "montanha não teria parido um rato". Eles todos é que precisavam de ir para outra coisa qualquer que os parisse. Bem feito para Cavaco. Pode ser que um dia perceba com quem anda metido. E que, daqui para diante, à medida que isto se afunda num pântano "moderno", é inevitável "meter-se" mais.
Adenda: A comunicação de Cavaco teve pelo menos o mérito de recordar a mediocridade geral que vigora no parlamento da República. O "estatuto" do Sr. César possuía oito inconstitucionalidades e mais dois ou três disparates pseudo-autonómicos. Deixaram-nas ficar para ver se passavam. Foi aprovado por unanimidade. Não se esqueçam. Unanimidade. Se fosse o "estatuto" do Jardim, o que é que estas falsas virgens comentadeiras não diriam.
Adenda 2: Duas pessoas que estimo, o Pedro Correia e o Tomás Vasques - sobretudo este último que pertence à maison socialista - estariam à espera que o PR fosse fazer a triste figura de comentador-mor do "estado a que isto chegou", que abrisse hoje um blogue ou que fosse o "convidado surpresa" da trupe da "Quadratura do Círculo"? Não estou por dentro da cabeça de Cavaco mas deu-me ideia que ele quis dizer que está atento aos detalhes. Isto é particularmente importante quando somos governados, a todos os níveis, por "generalistas" abstractos e por prosélitos pomposos e vazios.
Adenda 3: Comentários idiotas contra o PR não passam na "censura". Já deviam saber que eu não sou adepto "desta" democracia. E gosto do Sarkozy. Do regime dele.
Adenda: A comunicação de Cavaco teve pelo menos o mérito de recordar a mediocridade geral que vigora no parlamento da República. O "estatuto" do Sr. César possuía oito inconstitucionalidades e mais dois ou três disparates pseudo-autonómicos. Deixaram-nas ficar para ver se passavam. Foi aprovado por unanimidade. Não se esqueçam. Unanimidade. Se fosse o "estatuto" do Jardim, o que é que estas falsas virgens comentadeiras não diriam.
Adenda 2: Duas pessoas que estimo, o Pedro Correia e o Tomás Vasques - sobretudo este último que pertence à maison socialista - estariam à espera que o PR fosse fazer a triste figura de comentador-mor do "estado a que isto chegou", que abrisse hoje um blogue ou que fosse o "convidado surpresa" da trupe da "Quadratura do Círculo"? Não estou por dentro da cabeça de Cavaco mas deu-me ideia que ele quis dizer que está atento aos detalhes. Isto é particularmente importante quando somos governados, a todos os níveis, por "generalistas" abstractos e por prosélitos pomposos e vazios.
Adenda 3: Comentários idiotas contra o PR não passam na "censura". Já deviam saber que eu não sou adepto "desta" democracia. E gosto do Sarkozy. Do regime dele.
17 comentários:
O que eu mais gostei foi do Grande Escritor chamar burros aos portugueses "que o assunto era muito complexo e que ninguém ia perceber".
Definitivamente, não era importante. O Presidente perdeu mais uma oportunidade de ser verdadeiramente útil à Pátria. Será que alguma vez vai aproveitar?
É nesta altura, depois de uma orgia de brincadeira no banho da minha neta, que me lembro de Adolfdo Suarez. Céus, como a história é ingrata e a natureza cruel! Portugal mais uma vez adiado.
os fala-barato televisivos ao pretender reparar os estragos fizeram mais rombos no casco do cacilheiro. resendes passou da chacota a gato-pingado do funeral laico e socialista. Joaquim Aguiar único sensato e competente.
depois de férias estragadas para vários políticos, vamos assistir a "cenas dos próximos capítulos"
PQP
radical livre
Acho que toda a gente percebeu: foi um cartão amarelo a "vendedores" de "calculadoras" tamanho familiar, lâmpadas economizadoras, pantominices de chicos espertos e espectáculos circenses de baixo nível. Restam agora menos "novas oportunidades"...
E que tal acabar com a tradição de reeleger o Presidente da República para um segundo mandato??
Penso que o Presidente falou porque no fundo viu e confirmou que a «unanimidade» resvalou para o regabofe regional, que é o mesmo que dizer para o localismo, que o mesmo que dizer para o caciquismo. Foia Açores, podia ser a madeira, podia ser Viana do castelo ou outra «terrinha» a desejar a «furiosa autonomia» para fazer as coisas «à sua maneira». Falou para pôr na ordem do dia esta problemática que não é politicamente correcta: como é que se constrói o Estado? Que autonomias o corrompem e que descentralizações o favorecem?
Não sei se o comentário é idiota, mas a verdade é que esta manhã avançava no meu blog com a aposta no conteúdo da intervenção de Cavaco e dizia " a montanha vai parir um rato". E pariu mesmo, embora faça uma leitura diferente sobre o objectivo da intervençao, que não terá sido tão inócua quanto possa parecer. Aguardem as cenas dos próximos capítulos, depois da "rentrée".
Presumo que não tenha visto, na SIC-Noticias com Mário Crespo,
Joaquim Aguiar (21h).
Que diferença dos comentadores que refere.
A diferença entre quem pensa e quem anda por aí.
Esperemos por Setembro, para já.
E pelo que aí pode vir.
Bravo
Uma réstia de esperança no futuro do meu país morreu hoje.
É este o meu sentimento.
Não estarei sozinha.
Joaquim Aguiar, em comentário na SICnotícias, interpretou o "tempo e o modo" (além do conteúdo,claro)da comunicação presidendial como um fortíssimo aviso à navegação.
Talvez tenha estragado algumas férias...
www.bolonhado.blogspot.com
O que mais irrita depois destas coisas, declarações, entrevistas, debates, o que seja são os comentadores.
E o mais grave é que ainda há quem lhes pague....
Eu também gosto muito do Sarkozy; também tenho a máxima consideração e respeito pelo nosso Presidente da República! Portugal não está habituado à integridade, à honestidade, ao cumprimento da Lei, todas estas qualidades que definem o carácter, a personalidade de Cavaco Silva, e, por isso mesmo, ele incomoda a grande maioria destes politiqueiros que desgraçadamente (des)governam!!!
Reacções à comunicação ao país do PR? Aposto num déjà vu na Quinta da Fonte:
- A "ciganada" (PS) sai para a rua, indignada embora cautelosa.
Amanhã segue de férias e quando regressar, retoma a cara de amuo, e aceita tudo o que o Presidente da República EXIGIU.
- A "pretalhada" (PPD/PSD e CDS/PP) sai para a rua, festiva embora perplexa.
Amanhã segue de férias e quando regressar, retoma a cara de inteligente, e reúne para decidir qual o culpado pelo seu voto favorável ao Estatuto dos Açores aprovado.
- A restante “gentalha” (PC e BE) sai para a rua, reivindicativa embora confusa.
Amanhã, já de férias, reúne - uns no café, os outros na mercearia do bairro – mantendo a cara de intelectual. Inventam rimas, umas que justificarão a sua abstenção à nova forma do Estatuto dos Açores que será proposta, outras antecipando novas comunicações do PR que irão seguir-se, e entretêm-se a pinta-las em cartazes (muito necessários para os tempos que se aproximam) enquanto aguardam o regresso de férias dos colegas.
Post-Scriptum:
Gostei do Tabu do Presidente. Pelo menos por umas horas pude sonhar que os Espanhóis iam tomar conta disto.
Parabéns ao Sr. Silva!
Ou age ou não age: de fábulas "Pedro e o Lobo..." já todos tivemos a nossa dose.
É que esgotar um capital que é raro e precioso, como seja a atenção do país, com adjacências apenas fará com que a sua palavra se desgaste e, por conseguinte, a "válvula do sistema" venha brevemente a ser simplesmente desconsiderada...
Por outro lado, que edificante ver a sra. Ferreira Leite a "surfar" a onda que lhe criou o Presidente da República: as verdades que o tempo desmente, ai memória, ai memória.....
Aqualidade da merda que tem assento no PARLAMENTO ainda é pior do que eu julgava.
Então um Estatuto ferido de tantas inconstitucionalidades é aprovado por unanimidade? Que fazem de útil aqueles animalejos a quem somos obrigados a pagar? Se são incompetentes e não querem trabalhar para o bem comum, rua com eles, e já.
Pois. Ali em baixo diz que a intervenção do Cavaco só se justificaria se fosse para dissolver o regime, depor o governo e o país, ou qualquer coisa assim grandiosa, como uma ópera do Wagner numa noite de raios e trovões. E aqui já diz que é bom que ele comunique ao povo na abertura do telejornal os "pequenos detalhes".
Enviar um comentário