Fora o dinheiro - algo que, num país de famélicos, impõe "respeitinho" - não enxergo o que é que habilita particularmente o dr. José Miguel Júdice a "comentador" da pátria. O dr. Júdice, como se não bastasse a sua ziguezagueante "intervenção" pública, também opina na SIC-Notícias com António Barreto. Aliás, são de uma comovente cumplicidade mútua. "Zé Miguel" para lá, "António", para cá e o pobre Teixeira a fazer de ponto. No último programa, de que a SIC emite excertos como se estivéssemos perante uma homilia, Júdice "bateu" na dra. Leite, nos portugueses em geral e nos funcionários públicos, em particular, por causa das "reformas" e das "mudanças". Segundo este antigo discípulo de Primo de Rivera (porventura o seu melhor "momento"), nós não apreciamos as "mudanças" e as "reformas" que nos conduziriam aos céus "socráticos". Não. "Isto" não "muda" nem se "reforma" porque os portugueses em geral e os funcionários públicos, em particular, não seguem exemplos como os do dr. Júdice, um fantástico "reformista" por natureza. O dr. Júdice, por pudor, devia privar-se de falar tantas vezes no Estado e nos seus servidores já que não tem razões para se queixar. Mais. O dr. Júdice foi vice-presidente do PSD e não consta de nenhum rodapé de jornal de província qualquer remoto contributo seu para a "mudança" e para a "reforma" da nação. Pelo contrário, o dr. Júdice está sempre atento às subtilezas do Príncipe na esperança de que o Príncipe acompanhe as suas. Lamento a entrega da opinião que se publica a estes inócuos mandarins. Com gente como Júdice, exclusivamente preocupada com a sua "mudança" e com a sua "reforma", é que, de certeza, isto não vai a lado algum. Por que é que não vai derramar para a Quinta das Lágrimas?
16 comentários:
Um novo Conde de Abranhos? Ou um Calisto Eloi (Queda de um Anjo) ?
O que me surpreende é que um tipo como o António Barreto, por quem ainda tenho estima e consideração, se disponha a parlapear com esse videirinho de voo rasteiro.
Porque lhe falta um sentido mínimo de decência. E, já agora, de pudor. Mas, nessa falta de decência e de pudor, não difere de muitos outros grandes advogados do país, alguns tidos por grandes senhores. Aqui no Porto, então, há cada espécime...
Bem, mal acabei de escrever o comentário anterior, ocorreu-me, e para ser correcto devo expressá-lo, que, comparativamente com os espécimes que referi, sempre prefiro Júdice. Engana menos (ou, pelo menos, é mais óbvio) e ninguém se refere a ele como sendo um "grande senhor"!
Assino por baixo!
Aliás, pululam pela comunicação social, carrafas de mandarins à espera do pudim flan made in Roda dos Milhões!
Bom Post!
O Dr.Júdice é um dos expoentes máximos da "estupidentzia" que tomou conta de Portugal...
Um Rasputine dos tempos modernos...
no que respeita a júdice, sócrates e outros "habilidosos" do regime é tempo perdido falar deles.não têm emenda. a culpa é sempre dos outros
PQP
radical livre
- Ó Barreto, é que se isto não muda, qualquer dia não sobra graveto para as minhas avenças. “
Ele piorou desde a altura em que viu frustrado o sonho (calcule-se!) de ser Presidente da República, por o Prof. Cavaco se ter estrategicamente antecipado...
O homem é insuportavelmente lânguido a vomitar reformas e mudanças, a tipificar alarvemente a resistência dos portugueses e tudo isto na esteira e em sintonia com o País das Maravilhas Socratinesco.
Simplesmente não se enxerga nem percebe que o seu dinheiro nos não torna justificadas ou sequer inteligíveis as suas beatas homilías pseudo-reformísticas e mutatis-muntandísticas.
É um Fausto Português de quatro ao Mefistófeles de serviço. E está cego para ver o País em que vive melhor que bem e em outros menos que vegetam.
PALAVROSSAVRVS REX
No comment ante a ácida queirozeana tirada de João Gonçalves. Tiro-lhe o chapéu. Que é de rir (alarvemente) e de coçar barriga não dada a suportar insuportabilíssimas indigestões verborreicas desses de Júdice e quejandos. Valha-nos Sta Bárbara... ante babáries tais... 'inda que não troveje.
o Júdice é um magifico senhor, muito importante e rico... filho e neto de ricos.
Há largos anos (25?) vi o senhor, no seu melhor, num pequeno restaurante de Albufeira (António João do Páteo): vociferava com o clássico "não sabe com quem está a falar". Aterrador.
Mas o homem acha-se mesmo muito importante.
Tasqueiro de luxo!!!
É o Estado um grande, enorme cliente. E se não houver funcionários públicos, essa corja de malandros, mais €s haverá para pagar os pareceres e acessorias de sua excelência&company.
Mas ele ainda é dono da Quinta das Lágrimas ?
Eu tenho ouvido o sr. Júdice e suspeito que aquele interesse todo em que se façam todas aquelas obras faraónicas deve ao facto de ele talvez ter a oportunidade de realizar os contratos entre grandes empresas e o estado. É com estes contratos que eles ganham verdadeiramente dinheiro e não com julgamentos.
Este indivíduo fala de coisas com um facilitismo vergonhoso. Aquela criatura burguesa que nunca deve ter sentado o trazeiro num transporte público (felizmente para ele), não sabe o que é ter que gerir a vida familiar sem um carro quando se vive na província onde não existem trasportes públicos para nos deslocarmos.
Aquele santinho fala de despedimento na função pública mas não diz exactamente em que sectores. Por que não se fala na horda de pessoas que passeiam nos corredores dos municipios, secretarias de estado e ministérios para não falarmos em institutos públicos onde gente se governa muito bem.
Por vezes fala de alterações jurídicas das quais é fácil de ver que o dito senhor (apesar de advogado) fala sem conhecimento das novas leis. Se lê as ditas alterações das leis e se concorda com elas só posso pensar que é um homem mal formado. Há leis que não respeito o princípio da justiça.
Aquele senhor ora diz uma coisita ora diz outra. É por vezes patético infelizmente.
Júdice é o expoente máximo da relação dos negócios com o Poder. Era interessante ver as relações do seu escritório com os sucessivos governos. A sua oportuna conversão ao PS faz lembrar outro senhor de mão estendida, de seu nome Valadares Tavares. São o "sistema" no seu melhor.
Enviar um comentário