19.8.07

UNS SAFANÕES

Uns badalhocos quaisquer destruíram uma plantação de milho transgénico no Algarve. Na televisão, a coisa ressumava a PREC mal resolvido. Parece que a democrática GNR, tão pressurosa noutras coisas, não mexeu uma palha. Aquela canalha devia ter sido tratada com os famosos safanões dados a tempo e não com paninhos quentes. Aprende-se muito com os velhinhos.

Adenda (depois de ler os jornais) : O eurodeputado Miguel Portas falou em "desobediência civil" para justificar o acto. Depois deve ter "caído em si" - deve ter falado com o mano - e passou a coisa para um "ilícito" sem contudo deixar de relevar (sic) a "estética do movimento". Estética, estética, e apesar da idade, era Portas apanhar dois valentes estalos naquela cara esquerda caviar sem vergonha.

26 comentários:

Anónimo disse...

Inacreditável, a actuação da GNR!!!
Saia um louvor público, talvez também uma medalha no 10 de Junho, para a força e respectivo comando que protegeu aquela mistura de vagabundos, drogados e marginais...
Estamos entregues à bicharada!...

Anónimo disse...

Neste aspecto, o dos safanões, o velho Botas tinha razão...mas agora vivemos em democracia, não se pode dar umas cacetadas na cambada, não vão as criaturas ficar traumatizadas...que se lixe o dono do milho. Agora se fosse uma seita de perigosíssimos opositores a dar umas assobiadelas ao Sr. Pinto de Carvalho em Guimarães ou noutro sítio qualquer, aí sim, chanfalhada em cima deles, participação ao Ministério Público, etc, etc... Democracia à medida da gajada que tomou conta disto...

Anónimo disse...

Se essa CAMBADA DE ENERGÚMENOS tivesse que trabalhar para comer o pão e as sopas e pagar medicamentos, decerto teria mais respeito (que é o que falta no país) pelo trabalho dos outros.

Tristemente, para nossa maior desgraça, veio um tal de Portas a terreiro defender os bandalhos, o que não admira a ninguém, pois que tal personalidade NUNCA soube conjugar o verbo TRABALHAR.

Se alguém no país não fôr com a cara desse Portas, tem toda a legitimidade de lhe arrombar a fachada.

Quanto à actuação das autoridades ... bem ... em Portugal é assim que se convive com a liberdade !

SILÊNCIO DOS INOCENTES é o discurso dos governantes, capatazes deste glorioso império a desfazer-se mais ou menos lentamente.

António de Almeida disse...

-O que mais espanta é a passividade da GNR, sempre muito autoritária quando se trata de multar um perigoso automobilista a falar ao telemóvel, ou abusando da velocidade, mas tratando com a máxima consideração e deferência, escumalha talibã, não vá o BE protestar! Curioso ainda é ver o silêncio da quase totalidade dos comentadores de esquerda, da mais moderada à radical, excepção ao Miguel Portas que tem simpatia para com este acto.

Anónimo disse...

Curioso...a única pessoa que vimos nas reportagens televisivas a ser reprimida com alguma rudeza por um GNR foi um dos trabalhadores da herdade que aparentemente ameaçava um daqueles energúmenos destruidores do alheio. Safanões? O que aquele bando de malfeitores precisava era de umas chanfalhadas boas pelas costas abaixo! Mas isso era se houvesse legitimidade, ordem e autoridade neste país, coisas que manifestamente não existem, a não ser quando convém à camarilha do poder.

Anónimo disse...

O mote está dado!!!!!!!! O 25 de Abril está-se a cumprir!!!!!!!
A partir de agora, é legítimo destruir tudo o que for "trans" - tudo o que não for "natural", tudo o que for "nocívo"! Vai haver muito para fazer. Quando chegar a hora de tratar do "campo-político" podem contar comigo para estar na molhada...

Anónimo disse...

O OGM cultivado nestes campos é o MON810.
O MON810 é genéticamente modificado para produzir um insecticida contra a pyrale, insecto que destroi o milho. Essa toxina pode variar de 1 a 100 duma espiga para outra.
Nocivo para o consumo e para a natureza,a Alemanha suspendeu o comércio do MON810.
A quem mais devem ser dados safanões?

lusitânea disse...

Devem é ser dados safanões ao governo que só pensa em governar-se a si próprio...
Autoridade?:0
Competência?:0
O agricultor estava LEGALMENTE autorizado, logo têm que rolar cabeças face à bandalheira a que assitimos, com o alto patrocínio do Portas... e do BE do Anacleto.
As polícias foram amestradas para caçar multas e pouco mais pois foram sendo exemplarmente reprimidas as tomadas de força "independentes".O poder político tudo controla como se vê...

Pedro Barbosa Pinto disse...

Os GNR modernos queimaram as pestanas a estudar, a fazer formação profissinonal, para depois andarem a perder tempo com grupos de mascarados que andam por aí a vandalizar propriedade alheia?

Naaaaaaaa!!!!

GNR toda para a estrada a ensinar os meninos como se coloca o cinto de segurança e a multar esses bandalhos que têm o descaramento de andar em vias rápidas a mais de 50Km/hora que é o que traz dinheiro à corporação.

Sópamuer disse...

O movimento Verde Eufémia, que nas palavras do seu porta-voz – alude à camponesa alentejana comunista e antifascista Catarina Eufémia.

Mas se a Catarina Eufémia, fosse viva e visse este bando de desocupados, pseudo-intelectuais e campeões em matrículas nas universidades fazer o que fizeram, corria-os todos à mocada naqueles cornos.

Anónimo disse...

Se calhar, em vez de se andar a dar cacetadas à antiga de um lado e de outro, seria conveniente que existisse divulgação pública sobre o cultivo de transgénicos. Eu não sei o que é: se é bom, se é mau.

Anónimo disse...

Exceptuando o comentário do anónimo das 11:12 AM, fica-se perplexo com o rosário de comentários aqui desfiado.

Bem no fundo, à excepção de um comentador, todos os restantes parecem estar sintonizados no aforismo "Porradas engordam"!.

Não tendo qualquer simpatia pelo grupelho que destruiu a plantação de milho, participantes esses que devem ser responsabilizados CRIMINAL e CIVILMENTE, não posso, todavia, de manifestar o meu repúdio pela forma salazarenta como estes comentadores reagiram ao evento.

Pelo o que aqui foi comentado, depreende-se que gostam de acção directa, uso da força pelos órgãos de polícia criminal e demais peixeiradas bem portuguesas.

Num caso como este e tendo os envolvidos sido identificados e mesmo que não o fossem, deve seguir-se os trâmites do Inquérito.
Deixem os Tribunais actuar!

P.S. Se eu fosse comandante da GNR, neste caso concreto, jamais daria ordem para que os meus subordinados carregassem sobre os visados. O papel é dissuadir e não reprimir!

Anónimo disse...

Finalmente está a chegar a Portugal o vírus que há-de acabar com o regime. Mas, antes, ainda vamos ter por cá os okupas, os verdes (não os de Carnaval, como os da CDU, e sim os à alemã), os arco-íris, os acção directa, enfim, toda uma panóplia de rebentos gerada pelos Baader-Meinhof, pelas Brigadas Vermelhas e por outros movimentos de marginais que assolaram a Europa nos anos 70, e a qual, ao contrário dos seus progenitores, actua às claras e com cobertura legal dispensada pelos melhores advogados. Encontram-se agrupados em partidos políticos, fazem vida social de estadão, têm cadeias de comércio a que chamam alternativo e, nalguns casos, são mesmo proprietários de bancos. Quem viveu na Alemanha, na Holanda ou em França sabe ao que me refiro. E os de boa memória certamente que se lembram do Rainbow Warrior, o navio que o Mitterand (que era um grande estadista) mandou pôr no fundo. Como esses neo-terroristas tem dinheiro e influência, as reacções não tardaram, assistindo-se a uma longa e maciça campanha em que as TVs e os jornais bem pensantes chegaram mesmo ao ponto de mimosear o Presidente da França com o epíteto de «terrorista de Estado». Por esta e por outras acções de militância alter-globalista, pode fazer-se uma ideia do que vai ser Portugal nos próximos tempos. O sinal de partida foi dado no Allgarve, como não podia deixar de ser. (E ainda diz o Mário Lino que o Sul é um deserto...) Agora é só esperar pela análise condescendente dos nossos sociólogos encartados e pelo tempo de antena que a chamada comunicação social irá dispensar ao fenómeno para vermos os nossos pacóvios de boca aberta a olhar para o balão.

Pedro Barbosa Pinto disse...

Adenda (depois de ler a adenda): Já agora, sem lhe partir nenhum dente por causa da estética, dois estalos também na cara do mano direita feirante, para que nenhum fique a rir.

Anónimo disse...

Ao lança-chamas:

A sua incursão pelo tema é interessante em termos históricos, mas há 2 pontos no seu comentário que me suscitam fortes críticas, a saber:

- o facto de considerar Mitterrand um grande estadista;

- o facto, ainda que não assumido de forma explícita, de defender o terrorismo de estado.


Por estas e por outras ve-se bem o jaez de quem entra "bem" no assunto e sai completamente desacretidado, como é o seu caso.


O Anónimo das 12:48 PM

Nelson Reprezas disse...

Uma pequena nota para o anónimo das 11:12
1) Gostava que indicasse onde viu ou leu que o MON810 está proibido na Alemanha (Nota: A alemanha rege-se pela legislação comunitária, pelo que para estar proibido na Alemanha deveria estar também no restante espaço da comunidade);
2) O MON810 não produz insecticidas como o anónimo refere. É uma afrimação grosseira. O MON810 expressa-se numa proteína de Bacillus thuringiensis (o que é diferente), que aliás existe no mercado português, em regime perfeitamente legal e sob APV's da Direcção Geral de Protecção de Culturas(exemplo de nome comercial, o Dipel), mas aprofundar esa discussão é divergir do facto que realmente interessa. Houve invasão e destruição de propriedade.
3) Só uma nota final: A pyrale (ostrinia nubilalis) é uma praga de grande impacto na cultura do milho e apesar de ser combatida por meios biológicos e variedades de milhos transgénicos, continua a exigir quantidades massivas de insecticidas químicos de síntese, de elevada toxicidade e elevado custo, para ser combatida.
Talvez que, à semelhança de tantas outras descobertas da ciência e da técnica, as variedades transgénicas possam ajudar a resolver o problema - sob o ponto de vista económico e ambiental.

Anónimo disse...

Alguém falou aí no cuidado que o comanfante da GNR deveria ter para quem deixou ceifar o milho.Bem o homem é um verdadeiro sobrevivente.Tipo cortiça.Mas infelizmente esse tipo de homens normalmente sofrem com fortes dores de espinha de tanto se dobrarem quer a gregos quer a troianos... e de pisar uvas(gnr´s)

Anónimo disse...

Ao anónimo das 12.48 PM

Espanta-me muito que acredite, isto é, que seja crente. Eu já sou excrente, já me curei (penso)da intoxicação de promessas e outras coisas maléficas que me querem "vender".

Há pouco, nas notícias de um canal televisivo, ouvi dizer que o sr. ministro da administração interna vai ordenar que se faça um inquérito à actuação passiva e pacífica (digo eu) das forças de segurança - GNR - durante o episódio a que se assistíu e que muito dignifica quem manda (ou desmanda) no país.

É estranho, muito estranho - ou talvez não! - que só depois da reacção popular o governo se manifeste contra a barbárie praticada por um punhado de canalhas desordeiros, desmonstrando, assim, que anda a "reboque" da opinião pública, anda distraído e não sabe o que se passa,de pouco ou muito grave, no país.

Coisa séria seria o governo actuar "imediatamente" após o incidente. Actuar mais tarde, conforme a opinião popular ... não é coisa muito séria.

Também acho muito estranho que o senhor anónimo, no seu post scriptum, declare que "se fosse ... etc." e "o papel é dissuadir e não reprimir".

Dissuadir ? Não reprimir ? Mas onde é que o anónimo vive ?
Estou a vêr ... num condomínio fechado ...

Há certas ocasiões em que dissuadir é aplicar uma valentes chibatadas a quem não respeita o trabalho dos outros que, se é mal feito ou ilegal, num ESTADO DE DIREITO de verdade e sério, compete às autoridades e tribunais avaliar e julgar.

Anónimo disse...

Ao excrente:

Silves: MAI condena destruição milho e anuncia investigação

"(...)A acção dos activistas foi vigiada por uma patrulha da GNR, que não interveio directamente nem fez detenções, mas identificou os responsáveis pela acção e como tal, reuniu os elementos necessários para a abertura de um inquérito, conforme disse sábado à Lusa fonte da GNR de Portimão.

No comunicado do MAI é reproduzido um esclarecimento da GNR, indicando que esta força «desenvolveu as medidas tendentes a repor a ordem pública, defendendo pessoas e bens com respeito pelos princípios da necessidade, adequação e proporcionalidade que regem a acção da polícia».

Segundo o MAI, «as forças de segurança têm obrigações legais e instruções precisas, do Governo e dos respectivos comandos, para reagirem a esses actos ilícitos, obedecendo aos princípios constitucionais e tendo em conta as condições operacionais de cada caso». (...), in Diário Digital / Lusa 19-08-2007 12:51:00

Anónimo das 12:48 PM

Anónimo disse...

Ao Anónimo das 12:48 PM

Podia, se me apetecesse, dizer-lhe mais umas quantas coisas acerca do que penso sobre as múltiplas faces do terrorismo da esquerda pós-industrial. Mas não o faço. E não o faço porque entraria certamente «bem» e sairia certamente desacreditado por um comentador do seu jaez, o que, como deve imaginar, é para o lado que durmo melhor. Sei que são infindáveis e insondáveis os caminhos que trilham agora os «compagnons de route» dos filhos e netos do Maio de 68. Agora o que não posso deixar de fazer aqui é reiterar o que acima disse, e que me parece que lhe causou engulhos: Mitterand (e eu sou tudo menos de esquerda) foi efectivamente um grande estadista, isto é, pôs os interesses da França acima dos interesses das cliques que enxameavam à sua volta, e recorreu, num caso com contornos terroristas, ao uso da mesma linguagem que os terroristas tão bem entendiam (e continuam a entender), e a prova é que nunca mais voltaram à carga. Por outras palavras, fez-lhes guerra com as mesmas armas, disparando primeiro e avisando depois o morto. Como vê, Mitterand também em matéria de guerra (deste tipo de guerra) foi um estadista, porque percebeu imediatamente que não estava a combater forças convencionais, mas sim bandos poderosos, capazes de destruir, como se vai vendo por aí, os próprios fundamentos em que se alicerçam os Estados.

Anónimo disse...

Esta corja transformou a GNR numa espécie de lulu do regime.

Anónimo disse...

Ao lança-chamas

A questão não se coloca por Mitterrand ser de esquerda, mas sim, porque um "grande estadista" jamais pode ser dissimulado, e Mitterrand foi-o até morrer.

Quanto à justificação do terrorismo de Estado, de si, que não conheço de parte alguma, já espero tudo, e não me admirava nada que encontrasse algum princípio jusnaturalista, já para não falar em Maquiavel, Estaline, Salazar ou um Bórgia qualquer para fundamentar o indefensável!

Ficamos conversados.

Anónimo das 12:48 PM

Anónimo disse...

Tratem de saber melhor o que são transgénicos,e talvez as cacetadas até partam daqueles que se preocupam TANTO com um novo "PREC".
O QUE PARECE É QUE ANDAM ANSIOSOS POR UM NOVO PERÍODO DITATORIAL EM CURSO".Ai!Ai!
Giudizio!

Anónimo disse...

Já passou pela sua cabeça que um dos maiores erros do Dr. Salazar foi não deixar o Poder Judicial funcionar duma forma independente?

Manipulou seja por via dos seus safanões (gostos! pode ficar com ele todos, e em particular com a minha parte), seja por via dos tribunais plenários ...

Ou seja, a Justiça para ele era Apito Dourado Avermelhado!

Anónimo disse...

Mais uma vez foram os blogs que salvaram a honra deste convento mal frequentado. Se nao fosse o Abrupto, que chateou com todas as questoes fundamentais e pressionou o ministro até ele vir responder, o Portugal dos Pequeninos, o Bloguitica e a Atlantico, os jornais deixariam tudo desaparecer sem culpa nem responsabilidade.

Nuno Raimundo disse...

Quero é deixar este pensamento: Se isto não fosse na exploração agricola de um "pobrezinho", mas de um burguês ou grande latifundário, pertencente a um grupo económico qualquer; qual seria a atitude das forças policiais nesse momento?


abr...prof...