Sócrates foi a Leiria e reinaugurou-se a si mesmo enquanto não há mais computadores para distribuir. Uma amiga de lá enviou-me este mail que faz o post. "Olá João. Hoje houve festa cá na terra. O PM veio inaugurar as obras do Polis. Como dizia o meu miúdo, devia ter vindo há 5 ou 6 meses porque aquilo já está em uso há mais ou menos esse tempo. Até já há algumas obras a precisar de reparação. Pelo menos, e como sempre (país provinciano) lá foram limpar as ruas por onde o senhor ia passar, cuidar das rotundas e das flores dos separadores... a coisa ficou mais linda. Estas pessoas deviam vir à província mais algumas vezes... Não que Lisboa, por onde mais se passeiam, esteja melhor, mas aqui na terra estas coisas notam-se." E Sócrates, nota alguma coisa?
4 comentários:
Amigo João, não posso deixar de concordar com o "miúdo" da sua amiga. Neste país os timings das inaugurações são sempre errados, ou cedo de mais ou tarde de mais.
MAS, a sua amiga podia criticar o que verdadeiramente interessa.
Por exemplo, porque razão o Município (se não estou errado até é governado pelo PSD) não mantêm as ruas limpas, não cuida das rotundas (se calhar fizeram rotundas mais como é hábito dos nossos autarcas) e das flores dos separadores? Por razão só o faz quando recebe visitas “ilustres” e não o faz para os ilustres munícipes? Essas são as coisas que verdadeiramente interessam.
Não é o facto de o PM ter inaugurado as obras do POLIS. Já estou a imaginar as críticas do PSD se o PM não fosse inaugurar as obras do POLIS em Leiria. Mas o é disto que o povo gosta!
Por falar em autarcas, não posso deixar de elogiar o Dr. Rui Rio. Grande autarca, coloca os interesses da cidade acima de outros interesses. Se os serviços municipalizados não limpam a cidade como deve ser, então há que os privatizar (doa a quem doer). GRANDE autarca.
Um Abraço.
Neste país de "parolos" realmente é assim,infelizmente para nós cidadãos.Acontece que a presidente da autarquia,militante destacada do maior partido da oposição (ou o que resta dele) prestou-se a tal,é bom,que se diga toda a verdade,não?
Ergela
Gosto da sugestão dada pelo título da obra de Garrett. Diz Garrett, em determinado momento, que os ministros deviam mudar de rua cada três meses para que as ruas fossem arranjadas. Mais importante do que o paralelismo entre a referência de Garrett e o momento em que vivemos é a lembrança que me vem à cabeça sobre as figuras de Sancho e do Quixote que, afinal, estruturam toda a visão social dada ao longo da obra.
Intemporal, como se pode verificar. Ou Garrett conhecia muito bem os portugueses...
É um prazer vir aqui.
Infelizmente este tipo de situação ocorre em muitos países.
Deveríamos ter pessoas decentes actuando na política, todo este meio parece mais um circo cujo telespectador é quem faz o papel principal (O Palhaço).
É preciso mesmo inverter a situação.
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