17.9.06

O RANCHO FOLCLÓRICO

Quando fui buscar os jornais, passou por mim, com direito a motorizadas da PSP à frente, aquilo que deve ser "a marcha pelo emprego" do "Bloco de Esquerda". Umas dezenas de rapazes e de raparigas faziam o barulho que podiam, com pandeiretas, cornetas e bandeiras, e, como é da praxe, ninguém lhes ligou nenhuma. Vislumbrei o Dutra Faria do "movimento", o sr. Daniel Oliveira, e um deputado cujo nome não me ocorre. O BE nunca fez grande sentido "político" - se é que alguma vez fez algum - a não ser para tentar "evangelizar" a "esquerda". Só faz sentido folclórico. E nisso, garanto-vos, é exímio.

4 comentários:

Anónimo disse...

Desculpe, mas não concordo. O BE, se deixar de lado os tiques revolucionários, poderá ser importanto para o realinhamento da esquerda democrática portuguesa. É preciso uma lufada de ar fresco neste pantanal político em que se transformou Portugal, cada vez mais monopartidário (PS e PSD não diferem senão nas moscas, a substância é a mesma) e menos democrático.

Anónimo disse...

Notável, essa do Dutra Faria. Mas, garanto-lhe, tomara o Daniel Oliveira...

Anónimo disse...

Como é que um movimento cuja base é a UDP e o PSR pode "Deixar de lado os tiques revolucionarios" ?

Anónimo disse...

«Como é que um movimento cuja base é a UDP e o PSR pode "Deixar de lado os tiques revolucionarios" ?»

Tudo é possível. Mas concedo que esteja a ser demasiado optimista. Da mesma escola e mais o MRPP, provêm Durão Barroso, José Pacheco Pereira, Maria de Lourdes Rodrigues, Valter Lemos, entre outros. E se estes passaram comodamente para o centro-direita (no caso de Valter Lemos, chegou mesmo a parecer um pião desgovernado), alguns ainda hoje deixam transparecer o seu estalinismo no modo de actuar - refiro-me, obviamente, aos dois últimos exemplares.