30.10.08

TINTIM DE SÓCRATES


Não chega a corridinha no primeiro calcetão disponível. Não basta fechar a Praça Vermelha para satisfazer o ego. Não. Sócrates também é o novo "homem da Regisconta", agora transformada no "moderno" Magalhães. De tão contente que estava na cimeira ibero-americana de El Salvador, Sócrates, que não tem graça nenhuma, fez uma gracinha. O que é que ele disse? «Não há um computador mais ibero-americano do que este, desde logo porque se chama Magalhães – e não há nome mais ibero-americano do que Magalhães». Para além disso, «foi pensado para as crianças e por isso é resistente ao choque. O Presidente [Hugo] Chávez já o atirou ao chão e não o conseguiu partir.» Todavia, o nosso sublime timoneiro ainda foi mais longe depois de comparar Chávez a uma criança com instintos simiescos. Apresentou o Magalhães como «o primeiro grande computador ibero-americano», uma «espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos». Desta nem a dupla "Pino/Lino" se lembraria. A criatura levou vinte e dois exemplares do fantástico Magalhães para oferecer aos colegas da latinidade tropical e ibérica. A cimeira é ibero-americana, bimbo-americana ou uma mistura das duas? Nunca a toponímia foi tão adequada.

Comentário de leitor: "Mas o mais engraçado foi dizer "Todos os meus assessores usam o Magalhães". Passou todas as fronteiras do ridículo. Ridículo que agora tem limites tão conhecidos quanto o Universo. Foi uma risota aqui em casa: desde os 9 anos aos mais de 50 anos nunca rimos tanto juntos."

27 comentários:

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Obrigado pelo bom trabalho de pesquisa .... é ele mesmo : http://causavossa.blogspot.com/2008/10/figueira-de-ps-e-os-bimbos-somos-ns.html

Anónimo disse...

o "pritibói" disse magalhães
ou Magellanes em castellano domingueiro?
é de facto "the special one",
que o diga o nepotismo da gamela
radical livre

Anónimo disse...

Mas o mais engraçado foi dizer "Todos os meus assessores usam o Magalhães". Passou todas as fronteiras do ridículo. Ridículo que agora tem limites tão conhecidos quanto o Universo. Foi uma risota aqui em casa: desde os 9 anos aos mais de 50 anos nunca rimos tanto juntos.

Anónimo disse...

espero que não confunda
el pib com el pibe (garoto, alcunha de maradona)

Unknown disse...

Se não tivesse visto com os meus olhos, e não acreditava. O nosso PM na cimeira Ibero Americana travestido em vendedor de sabonetes, afirmou que todos os assessores usam este brinquedo. É bem verdade que o ridículo não mata e os participantes da Cimeira entretiveram-se a comentar o "tintim". Bem fez o PR em ficar em casa, ocupado certamente com coisas mais relevantes.

A propósito, agradecia que o governo explicasse se não tem nada a ver com as empresas fabricantes do brinquedo, a que título é que anda a promove-lo comercialmente por todos os cantos, em nome da JP Sá Couto, Intel e Microsoft. Um mistério!

Anónimo disse...

Este vendedor de cagalhães envergonha a representação externa do Estado Português.Razão teve Cavaco, sabendo do numero de circo que estava programado,para este ano se recusar a participar na Cimeira.O Presidente põe a dignidade de Portugal acima das negociatas escuras e não aceita ser humilhado internacionalmente. Sinal também da crise politico-institucional que se desenrola entre o Presidente e o Primeiro Vendedor da Intel.

Anónimo disse...

Se escrevesse algo relacionado com o 'importante' evento, honrado pela presença de tão 'importante' figura nacional, titulava o artigo : O TINTIM DO TÓTÓ.

Qualquer dia, será notícia de primeira página, Sócrates a vender, melhor, oferecer, frigoríficos no Alasca, aquecedores na Guiné Equatorial e o tratado de Lisboa na Somália e no Ruanda.

E, aos objectos transportados por Terra e Mar, poderá 'baptizá-los' de ALCÂNTARA.

Penso que já nem DEUS nos pode valer !

bA disse...

Será que Sócrates está "tan-tan", ou a preparar-se para ser vendedor de computers, depois da futura retumbante derrota infringida pela portentosa Ferreira Leite. O espanto estava estampado no rosto dos líderes sul-americanos, nem eles conseguiriam fazer peor. Notou-se a ausência de Juan Carlos, senão teria ecoado o célebre:” por que non te callas?”

Anónimo disse...

A propósito do nosso Führer e da "Batalha da Educação" chamo a vossa atenção para o engraçadissimo filme que pode ser visionado no blogue Do Portugal Profundo.

bA disse...

Discordo com o "anónimo", que defendeu Cavaco. Não terá ido possivelmente para não se enganar como no ano passado em que chamou chineses aos jornalistas chilenos. Ferreira Leite, só a brincar, por isso é que Sócrates está a peder a noção do rídiculo.

Unknown disse...

Durante a sua homilia de mais cinco minutos, o comercial Sócrates recorreu a tudo o que são adjectivos para elogiar o magalhães, e proclamou este como o "primeiro computador ibero-americano"

Sendo o Magalhães um classemate de primeira geração, a consulta do site da intel www.classmatepc.com revela que existem "fabricantes" no Peru, na Argentina, no México, no Chile que oferecem a versão do "Magalhães", lá do sitio, alguns deles de segunda geração. Será que estes países já não fazem parte do continente americano?

Freire de Andrade disse...

Antes de ler esta mensagem, tinha já escrito no meu blog:
"Julgo que não há memória de um alto dirigente de um estado civilizado, seja ele primeiro-ministro, presidente ou rei, ter alguma vez numa reunião internacional feito uma sessão de propaganda de um produto comercial com oferta do referido produto aos representantes dos outros países e um discurso de elogio sobrem as respectivas propriedades.

Confesso que fiquei chocado e até envergonhado ao ver, na Cimeira Ibero-Americana que está a decorrer nestes dias, Sócrates distribuir o computador Magalhães, como produto de alta tecnologia portuguesa, resultado do glorioso plano tecnológico que nos há-de guindar para a vanguarda da tecnologia da Europa e quiçá do Mundo, e elogiá-lo mais à sua notável resistência que tinha aguentado a experiência científica de o lançar ao chão do presidente Chavez. Mais envergonhado fiquei com a referência ao "computador Tintim, que agrada dos 7 aos 77 anos". É sabido que Sócrates é exímio em actos de propaganda, em que, dizem as más línguas, tem baseado a sua acção governativa. Mas esta foi demais e de mau marketing.

Será que com esta sessão de propaganda grátis Sócrates vai conseguir que as exportações do Magalhães disparem e salve a balança comercial portuguesa?"

Anónimo disse...

Para um bando de cucarachos, onde existem alguns de olho em bico, uma promoção cucaracha. Qual a diferença entre Sócrates e Evo Morales, da Bolívia? Ou o Ortega, da Nicarágua? Ou o Correa, do Equador? Deve estar nos assessores, que usam o Magalhães e os dos outros não. Será que o assessor-vedeta Rui Paulo Figueiredo, agora promovido pelo Público, também escreve no Magalhães?

Nuno Castelo-Branco disse...

E lá dizia o João Carlos muito acertadamente: "porque no te callas, José?"

Peter disse...

Com este comentário, que não é um comentário, inauguro este nosso novo link.

Concordo com tudo, excepto neste ponto:

"Ridículo que agora tem limites tão conhecidos quanto o Universo."

É que o Universo não tem limites, pelo menos não se conhecem

Anónimo disse...

Sócrates rebentou com a escala da patetice. Se eu tivesse tido um jantar bem regado era capaz de perguntar o que foram os Gato Fedorento fazer a uma cimeira ibero-americana.
Sócrates na feira de Carcavelos, já faltou mais...

Anónimo disse...

Admita-se que se cada ibero-americano comprar um "Sócrates" o primeiro ministro José Magalhães Pinto Monteiro conseguia, numa cena aventuresca, tipo Rantanplan, livrar Portugal da crise.

Anónimo disse...

CÁ EM CASA RIMOS TODOS DOS 7 AOS 77 ANOS.

Mas estamos a rir, para não chorar, desde que esta "CARICATURA DE GOVERNO" TOMOU POSSE.

Anónimo disse...

A verdade é que sinto vergonha quando esse Pinócrates fala no estrangeiro.
Quando estou no estrangeiro digo sempre que sou açoriano...

Só um povo albardado e aldrabado permite ser governado por vendedor de "computas", como diz a minha tia Efigénia que está nos States...

Anónimo disse...

Concluindo: é melhor cair em graça do que ser engraçado. E este não é nem uma coisa nem outra

Anónimo disse...

Parece-me que com estes comentários os gajos das sondagens vão vingar-se com um aumentozinho do PS...

Anónimo disse...

Este socras não conhece os limites da idiotice. É demais!

Anónimo disse...

Humilhados por fazer propaganda ao computador Magalhães?

Fico mais envergonhado de o partido da oposição ao governo, defender o não aumento do ordenado minimo.

Fico envergonhado de saber que ando a pagar impostos para muitos portugueses, que certamente falam mal de tudo o que existe em Portugal, mas esquecem-se qual o seu dever, para depois sim, poder criticar!

Se fosse um Boliviano a vender um producto da sua nação numa cimeira em territorio nacional ou em qualquer sitio, era visto pela generalidade dos portugueses, como sendo uma atitude louvavel.

Como a ideia é de um portugues...não passa de um palhaço!

Haja paciencia...

Anónimo disse...

Os participantes na cimeira olhavam com ar aparvalhado para o micro-computador de plástico, um brinquedo para crianças "que não se parte e pode ir à água...", que lhes pespegaram à frente dos narizes sem mais aquelas e, completamente às aranhas, tentavam discernir que raio de brinquedo era aquele que estava a ser oferecido a adultos e ainda para mais chefes de nações... Eles nem estavam a creditar que um primeiro ministro de um país europeu, presumìvelmente desenvolvido, pudesse estar a impingir computadores insipientíssimos, para não dizer rasquiosos, a quem certamente possui o que de mais moderno existe em computação.
Só não se escangalharam a rir para não ridicularizar o autor da proeza e do presente, afinal sempre estavam numa cimeira de chefes de estado...
O nosso(?) primeiro ministro era o único na sala que não tinha um computador à sua frente e é estranho, pelo menos para dar o exemplo mostrando como funcionava aquela traquitana, porque pelas expressões bem visíveis meio aparvalhadas dos presentes... Mas o motivo estava à vista, ele não sabe mexer no computador, naquele ou noutro qualquer. Viu-se.
Ah, uma coisa importante, o magalhães deve o seu nome ao comunista José Magalhães, não ao navegador. O p. m. - se é que foi ele o da ideia de baptizar o computador com este nome - sabe lá quem foi o navegador Fernão de Magalhães, quanto muito saberá quem foi o TinTim e já vamos com muita sorte. Quando os computadores começaram a chegar a Portugal José Magalhães foi quem incentivou os portugueses a utilizá-los em força, quem tinha programas em todas as rádios e televisões para falar deles, promover os respectivos programas, etc. Ele TINHA (este é mais um) que ficar para a história da gloriosa 'democracia', mas como não tem no seu passado grandes feitos contra a ditadura nem detenções em Caxias, etc., para ter honras de uma estátua, nome de rua, praça ou escola, anfiteatro ou museu, ficará para a história do país 'democrático' (foi o melhor que se pôde arranjar) através de um micro-computador de plástico. E ninguém se escandalizará com o sucedido porque todos julgarão que Sócrates, ou alguém por ele, deu o nome do navegador (que aliás trabalhou mais ao serviço de Espanha do que de Portugal... mas enfim, porém a ideia era mesma esta - não interessando peva o facto de Fernão de M. ter servido mais Espanha - despistar/baralhar com os apelidos iguais, Magalhães-político/Magalhães-navegador, dando ideia aos portugueses de ter sido o nome do navegador o escolhido, para não ficarem porventura escandalizados com o sucedido e sobretudo para não gozarem eternamente o assessor (tal como este, que não é parvo, imaginou que lhe pudesse vir a acontecer...) e não é que acertou/aram em cheio? Toda a gente liga o nome do computador ao navegador, nunca ao político... e no fim quem é gozado a valer é o próprio computador e quem o anda a impingir pelo mundo fora... E não o político que se esconde por detrás dele.

Carlos Medina Ribeiro disse...

«SINTO-ME ENVERGONHADO ao ver o primeiro-ministro do meu país a desempenhar o papel de vendedor de banha da cobra numa cimeira de chefes de Estado e de Governo. De cada vez que a cena passa na televisão, sinto vontade de me enfiar num buraco. A cena revela falta de sentido de Estado, falta de bom senso e falta de vergonha (...)»
.
É assim que começa a crónica «Sócrates e a banha da cobra», da autoria de Alfredo Barroso, que pode ser lida no seu blogue - [aqui].

Anónimo disse...

Já está quase tudo dito...faltará lembrar apenas que, tal como o universo, o ridículo também não tem limites. E, pelos vistos, o senhor Sócrates também não...valha-nos a consolação de imaginar que os circunstantes também não seriam de grande qualidade nem exigência...

Carlos Medina Ribeiro disse...

No comentário das 12h47m, não coloquei correctamente o link para a crónica que Alfredo Barroso publicou, hoje, no seu blogue. É [este].