4.10.08

FAZER DE CONTA


Depois de quatro horas de Wagner, cuja "apreciação" fica para outro momento (entretanto concordo com o Henrique Silveira: Wotan não é manifestamente um bêbado e não se pode estragar a fundamental "abertura" musical do III Acto com aquela figuração inútil à "gato fedorento") leio com agrado a coluna semanal da Fernanda Câncio no DN sobre as "casinhas" da CML. «O que está em causa, e não será de mais repeti-lo, é o que de pior existe em qualquer administração pública - a opacidade, o favorecimento discricionário, a assunção dos bens públicos como propriedade de “quem está” e o seu tráfico entre escolhidos. Se em vez da “atribuição” de casas estivéssemos a falar da de envelopes de papel pardo com notas lá dentro, estaria já tudo aos gritos, a começar por Sá Fernandes e Helena Roseta, esses indomáveis campeões antinegociatas. Mas, como na lenda da Rainha Santa, o dinheiro está transformado em casas. Pode-se fazer de conta que não se passou nada.»

2 comentários:

Anónimo disse...

no nordeste dos "córónés" do "meto bala, mato tudo" um deles é apanhado na cama pela mulher quando consolava uma mulata.
perante "o flagrante" responde: Miquelina! não sou eu.
nesta república socialista a culpa é sempre dos outros

radical livre

Anónimo disse...

Cada vez me convenço mais que o grande problema não são as ideologias e o "debate" franco e democrático entre elas: o problema é o carácter (ou a falta dele) das pessoas. E quem "paga" por isso somos todos nós, mesmo os que "se vão safando".