O dr. Pinto Ribeiro, antes de ser ministro da Cultura, é sobretudo um homem com bons amigos. Desde que tomou posse, só se conhece dele aquilo que os amigos querem que se conheça. Depois de Fernanda Câncio, foi agora a vez de Alexandra Prado Coelho (Público, edição impressa) discorrer sobre Ribeiro à conta dos, mais ou menos, mesmos amigos a que Câncio já tinha recorrido. Da matéria de fundo - a cultura - nem um murmúrio do senhor ministro, porventura já a sentir a "melancolia" (Jorge Silva Melo) da falta de dinheiro e, quem sabe, da falta de ideias. Lá vem outra vez o percurso privilegiado deste "esquerda caviar" que, em pleno PREC, não largava as gravatas. Lá vem outra vez a presença de Ribeiro num café, numa peça, num encontro, sempre ao lado das pessoas certas, as mesmas que agora o "certificam" como o "fazedor" adequado, o homem sempre atento à sua circunstância e com os outros sempre atentos à forma como ele "diz" e se mexe. Lá vem outra vez a sublime "imagem" do grande homem que podia ser ministro de qualquer coisa mas que agora prefere não falar, deixando correr as lebres amigas. Aliás, este misterioso homem não se declara nunca, nestes artigos, na primeira pessoa. São apenas os seus incondicionais admiradores que falam por ele. Ele "estuda pastas e ouve criadores". Talvez este mês se arranque qualquer coisa deste prometedor ministro, assegura um assessor. Apesar deste duplo exercício encomiástico, fico com uma dúvida. Pinto Ribeiro existe e é ministro da Cultura ou trata-se somente de um fantasma - mais um - colocado prosaicamente na Ajuda para nada?
14 comentários:
Este faz-me lembrar o Siedik, um filho de goês dono da chocolateira «Favorita», militante trodskista da IV Internacional e que, em Paris, só comprava sapatos "chez Dior" ou coisa que o valha. Há que ter como que uma «certa humanidade» ...
Afinal não quero comentar.
O seu post é lamentável!
"Habituado a ganhar", Público,02.03.2008, Alexandra LUCAS Coelho...
pois...
Pinto Ribeiro foi (mais) uma GRANDE nomeação directamente do ORIENTE para este recanto LUSITANO
in«O Conde de Abranhos»?
Você detesta mesmo o homem eh eh eh ...;))))
Bem podia começar pelo próprio Palácio da Ajuda, que está em ruínas. Espelha bem a cultura neste país, que bem pôde corar de vergonha, quando se atreveu a apresentar a colecção Romanov do Hermitage naquele local. A propósito, quando o casal Reagan visitou Portugal no início dos anos 80, Nancy deixou - disse-se - um donativo de 1 milhão de dólares, para ajudar a reconstrução. Ajuda essa que decerto se evaporou no "Tesouro Público". E o que foi feito com o dinheiro do seguro das jóias roubadas na Holanda? Ninguém se interessou pelo caso, excepção feita a Joaquim Letria. Não podiam usar esses fundos para comprar outras que pertenceram à coroa e que vão surgindo nos leilões em Londres e Paris? Claro que não, os Audi's blindados são mais importantes, não vá acontecer algo a suas excelências e amigalhaços europeus que por vezes aqui aterram. Ah! E não se esqueçam de comprar Falcon's novos e se possível, à dúzia!
A cultura do carro blindade começou com Cavaco e Silva. Não sabemos quando irá terminar.
pela photo:
a) tem paralisia facial à direita;
b) tem penteado ou à mariconço ou para esconder a calvície, a careca;
c) não sabe por uma gravata direitinha;
d) já não tem testosterona - ver o pescoço.
Pelas(os) admiradoras(os) não tem cú qu'aguente.
Byezinho
Provavelmente, é ele o famoso "fantasma da ópera" (versão Lloyd Weber).
Provavelmente, é ele o famoso "fantasma da ópera"
É só maldicência. O homem nem sequer tem direito ao estado de graça...
Um post que não diz muito e comentários que não dizem nada. Mas eu vou falar. Prometi que o faria quando sentisse que este ministro o merecia, e aqui vai: Concordo contigo João, já é silêncio a mais... Será que um ministro da Cultura nada tem a dizer em relação ao que se prepara sobre o ensino da música? Se ele acha que é só com o ME, pois então não faz cá falta nenhuma. Estamos fartos de números e mais um menos um...
Esta é a pergunta que gostava que alguém lhe fizesse. Será assim tão díficil? Estou a pedir demais?
Um abraço
O meu respeito por si Nuno, é preciso ter princípios e você tem-nos (espero que esteja bem escrito, senão emende por favor :-))para dar a mão à palmatória.
Era deste silêncio que eu falava, foi o que o Dr. Pinto Ribeiro fez comigo! eu não sou ninguém agora o País é outra história!...
cumprimentos
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