17.3.08

NÃO ABUSEM

O que mais falta anda a fazer ao PSD é emergir, como putativo líder, o sr. Passos Coelho, o delfim de Ângelo Correia e uma vacuidade absoluta. É evidente que, depois de Menezes, tudo é possível. Mas não vale a pena abusar.

9 comentários:

Anónimo disse...

psd condenado a ser partido sem destino; portugal entregue aos bichos

Anónimo disse...

Então e a reportagem sobre Menezes (acho que não se lhe pode chamar entrevista) na SIC?

Eu, particularmente, achei graça a dois pormenores:

a) Toda a gente que lá aparecia, quando perguntada (também achei piada a ser feita a mesma pergunta a toda a gente), afirmava que lhe dava conselhos.

É caso para dizer que ou os conselhos são maus ou a mensagem não passa.

b) Não se vislumbrou o companheiro Menezes no seu ambiente de trabalho (ou melhor, onde decide todos os dias mudar de opinião), fosse ele a Câmara de Gaia, fosse ele a sede do PSD. Foi só rua, campo de futebol, restaurante, hotel, barbeiro, que me recorde.

Nuno Castelo-Branco disse...

Passos Coelho? Até está bem visto. Casado com uma das Doce, até pode vir a impor aquela canção OK OK KO , como novo hino do psd. Já que estamos em mudança de imagem...

joshua disse...

Para ganhar consistência do pé para a mão, era preciso que Menezes fosse lisboeta ou estivesse em Lisboa há tanto tempo quanto Pacheco Pereira e tivesse pago bem pago, como o faz Sócrates imbativelmente, uma imprensa amiguinha, capaz de converter em enunciados congruentes todo o arrazoado aleatório, pomposo e conveniente aos ouvidos gerais com fraca memória, de que se pudesse lembrar.

Por isso, logo que surgiu como líder, Menezes é a reforma da memória na Política, a qual, com ele, deixou de ser fraca para passar a ser hiperssensível e vibrátil e qualquer posta tua, João, o atesta. O politiquês de Menezes tem muitos lapsus linguae, bb fora do sítio, e palavras incompletas e mal articuladas, mas algo moverá o homem assim como algo visceral moveu D. João I a matar o Conde Andeiro enquanto morte simbólica de tudo o que ele representava de lesivo para os nossos ancestrais interesses.

A blogosfera não interpreta o Povo. O cinismo recobre o pensamento sobre o Povo. Ninguém interpreta o Povo. Vendem-se mentiras sobre o País e as causas do nosso atraso. Ninguém lhe reproduz as dores, ao Povo, talvez somente Menezes, como os pescadores grunhos da Galileia, o interprete e o escute, gostaria de acreditar nisto. E acredito-o com a minha intuição, a mesma intuição que rejeita tudo em Sócrates. Talvez!

Menezes é, ainda, um político que pensa alto: a contradição entre ideias resulta de as pensar a todas, de as subscrever a todas porque quase nenhuma é má ou contraditória, somente incompleta. E ao falar em público, elenca-as como quem as escolhe.

Decidir estas coisas normalmente passa-se num gabinete e é uma ponderação conjunta e ampla que frutifica e amadurece. Menezes, todavia, ainda está demasiado só para inovar e para ser eficiente na comunicação porque comunicar para Gaia é incomparavelmente diverso de comunicar com as elites lisboetas e os interesses lisboetas comprometidos com o que está.

Até ver, tem apenas um voluntarismo nortenho que pode ser surpreendentemente demolidor não junto da blogosfera, cujo registo é o do contágio, o da propagação imitativa, o de concordância babante entre os da chamada primeira divisão, os Barrigas-de-Buda da Blogosfera nacional, mas junto do Povo, que tem vindo a olhar demasiado para o forro triste dos bolsos, para as portas que lhe são fechadas na cara e se pergunta «Mas porquê? Porquê logo eu, que estou na maior merda e mais fodido e esmifrado que um ucraniano das Obras?»

Ora, na prática, esta pergunta não pode ser respondida por um homem que pura e simplesmente destesta e abomina e considera intragável essa gentinha medíocre e pedincholas chamada Povo.

Um Povo que não participa com alegria em Meias-Maratonas, que não toma parte do banquete do QREN, que não faz upgrades do Power-Point e só downloada o pouco que come nas suas sanitas e urinóis de Povo e não quer saber da sociedade do conhecimento e outras modernidades sem pão.

Sócrates quererá porventura um empresariado nacional forte. O empresariado nacional quer ser forte e isso está a acontecer. Mas daí não decorre nada de bom para o Povo. O Povo da fome e da sardinha para quatro viveu sob um regime cujo empresariado era efectivamente forte e era de bom tom andar cabisbaixo e cristão numa conformação feliz e bem-aventurada de miseravel pobreza.

Jardim tem razão: isto está mais corporativista que nunca. Salazar era um aprendiz. Sócrates conseguiu-o. Palmas!

PALAVROSSAVRVS REX

Anónimo disse...

passos perdidos

Anónimo disse...

Inteiramente de acordo consigo.O leader do principal partido da oposição e virtual primeiro-ministro não se inventa.Precisa ter curriculum,obra feita,anos de experiência politica e mãos suficientemente limpas para ser respeitado.E muita coragem civica para enfrentar a imensamente poderosa máquina politico-mafiosa que tudo fará para perpetuar no poder o neo-totalitário Partido Socialista.

Anónimo disse...

Mas isto está assim tão mau? Há dias li que vão meter mais 2000 polícias. Por este andar, tenham esperança os desempregados: talvez estejam aqui os 150.000 empregos prometidos por Sócrates,

Anónimo disse...

Fico admirado que se perca tempo com o PSD e as suas vicissitudes ideológico-metafísicas, quando afinal de contas o PS vai da doutrina social do CDS, passa virtuosamente pela social-democracia do PSD, enrasca no poder central-democrático do PCP, e desagua finalmente nos direitos humanos do BE ; está lá tudo e a união nacional, o que mais se pode desejar, hã meus senhores ?

Anónimo disse...

Imperdível :
«Purga é pouco» 12-03-2008)no «Dragoscópio» ;
http://dragoscopio.blogspot.com/