Nos próximos três, quatro dias devemos estar preparados para ouvir todo o género de cagão e tagarela "europeísta" a perorar sobre a Europa e a constituição europeia - é disso que se trata - que querem aprovar em Lisboa. Para não ficarmos absolutamente de fora, acantonados na nossa ridícula e embotada periferia de mão estendida para os fundos, fornecemos a localização e o sol. Os burocratas de Bruxelas que aí vêm para servir os seus amos com papéis e traduções devem dar graças a Deus por a Europa ter esta praia a que chamamos país. O resto não passa por cá. A Europa "foge" cada vez mais para o seu centro e das suas fragilidades. Daqui a uns tempos, quem vai querer saber de um peso-morto?
5 comentários:
Gostava de lhe deixar estas considerações que me parecem ser um pouco cínicas, mas enfim, ás vezes mais vale ser cínico a ser mudo e estúpido.
Quando foi para entrar na CEE (nome de então) ninguém fez referendo nenhum, ou seja: o povo português nada teve a dizer (em modo directo - um cidadão, um voto) acerca de tão pertinente assunto.
Quando se passou de uma união económica para uma união política (com os tratados de Nice e Maastricht) nada foi referendado.
Agora querem referendar a constituição/tratado simplex?
A informação que cada cidadão tem da instituição europeia é ainda menor do que a que tem acerca do sistema político do próprio país. Vai ser chamado a decidir acerca de algo que desconhece, e a bem da verdade, se está lixando.
Não tenho a mínima dúvida que se fosse referendado, o tratado europeu sería aprovado por vasta maioria.
E o que isso nos adiantava? Nada, a informação e o interesse continuariam a ser os mesmo.
Eu desconfio dos politicos que por natureza são arrogantes e que acreditam que povo é e deve permanecer ignorante, (houve um que o disse sem papas na lingua: "O povo é sereno!"), começam a apregoar que só o povo pode decidir tal e tal.
Cumprimentos
Ainda hei de sentir vergonha de um tal "tratado de Lisboa"
Sendo a classe política o que é, a intelligentzia o que se aabe, o povo o que temos, há muitos anos que o destino de Portugal como estância turística da Europa que Produz estava traçado. Não sei donde vem a escandalizada surpresa. Referendo para quê? Para dar um ar de decência à fauna que, toda ela, é cúmplice do estado a que Portugal chegou? Ora adeus...
Perdoe,mas "praia"é excessiva benevolência. Caneiro a céu aberto será mais realista.É repararmos nos dejectos que,cada vez mais,aportam a estas paragens...com o incentivo( ou será diktat) bruxelense.
Praia? Diria antes "o proio da Europa". Sendo que proio é a palavra para designar o cu no linguajar da região onde vivo.
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