José Saramago acha que "o senhor Cavaco Silva" nunca lhe pediu desculpa (de quê?) e que, agora, também já não quer que o faça. Não se enxerga. Saramago teve sorte. Internacionalizou a sua prosa e, como tantos outros obscuros escritores africanos, indianos e de outras paragens, ganhou o Nobel. Se o ego do senhor já era o que era, o Nobel, a D. Pilar e o regime fizeram o resto. Todos, menos Cavaco, rastejaram aos pés do ressequido comunista. Fique por Lanzarote, tão seca como ele, e deixe-nos finalmente em paz.
28 comentários:
Concordo plenamente,este Saramago é um imbecil, era só o que faltava que o Prof.dr.Anibal Cavaco Silva desse troco a este trambolho, que morra longe!
Saramago é sempre o mesmo: um empresário das letras, um notório clérigo de uma escrita sem calado, oficiando o culto a si mesmo em dissidência com a finalidade da História.
Magnifico. Simples, desassombrado e na mouche. Posts destes justificam a blogosfera.
jmn
-Saramago, um escriba de quem nunca comprei um livro, nunca li nenhum, e sinto n�o ter perdido grande coisa. Como tenho mem�ria, ainda me lembro do execr�vel Saramago, enquanto director procurando com purgas e censura tornar um jornal de refer�ncia numa correia de transmiss�o de directrizes recebidas da Soeiro Pereira Gomes, por sua vez emanadas da felizmente j� extinta ex-URSS, a maior multinacional de criminosos pol�ticos que jamais pisaram este planeta. Com estas ramifica�es, o pa�s ainda est� devedor dum pedido de desculpas por parte do escriba Saramago!
O tipo deve ter sonhado que ainda andava nas lutas do PREC e que ainda podia sanear...
A Pilar para que consiga tirar alguma coisa daquela pila deve dar-lhe,antes,1kg de cialis...
Censura, será sempre censura. Goste-se ou não de José Saramago, goste-se ou não das suas ideias, atitudes, convicções políticas, etc... haverá sempre nesta história do Sousa Lara, um facto incontornável: censura é censura! E assim sendo, o Cavaco Silva não deve apenas um pedido de desculpas ao cidadão José Saramago. Deve um pedido de desculpas a todos os cidadãos portugueses! Pode andar por aí uma onda salazarista, mas o tsunami continua democrata!
Abraço.
Caro João Goncalves
Apesar de não poder discutir se o Saramago tem ou não razão na exigência do pedido de desculpas, posso afirmar que, quanto a mim, quem me desilude com os seus comentários é o senhor.
Ao afirmar: "Saramago teve sorte. Internacionalizou a sua prosa e, como tantos outros obscuros escritores africanos, indianos e de outras paragens, ganhou o Nobel." só mostra que é tão português(no mau sentido) como aqueles que critíca (sistemáticamente) no seu blog.
O homem ganhou um prémio Nobel e o Sr. diz que ele se soube internacionalizar como qualquer escritor Indiano ou Africano? Não sabia que era condição para se ser internacional ter nascido na India ou em Africa! Agora um prémio Nobel é insignificante porque foi dado a quem não apreciamos? Não tería o Sr. orgulho de o receber?
Repito, não se trata do Saramago, é a forma, tipicamente mesquinha e portuguesa, de minimizar o sucesso alheio em nome de um argumento, que eu achava que o João Gonçalves estava acima.
É pena!
É nas palavras que se vê onde se situam as pessoas.
Cumprimentos
Cada vez admiro mais a sua sinceridade e coragem. Força!
Saramago a ser crucificado no Portugal dos Pequeninos, podia bem ter sido o título do post!
Conheço bem o saramago há mais de 40 anos.
É um dos seres mais miseráveis com quem tive a desgraça de conviver na minha já longa vida.
Em todos os planos: pessoal, intelectual e político.
Não preciso de dizer mais nada, a não ser dar-lhe os parabéns pelo post.
Até concordo com quase tudo mas cheira-me a ressabiamento direitista contra alguém considerado "de esquerda".
Se calhar se fosse a Agustina outro galo cantaria a JG.
È o que dá a dor de cotovelo!
Misérias do nosso país.
Literàriamente careca,ideològicamente bufo,filiado na caixa de ressonância publicitária à época ainda em voga - e ainda com um empenhozinho dos seus actuais senhorios...o Nobel estava garantido
Pode-se gostar ou não de Saramago, como homem ou como escritor.
Pode achar-se que a personagem é irritante, de vaidade desmedida, profundamente egocêntrica; que o estilo da sua escrita, porque diferente do habitual, torna a leitura difícil ou cansativa; pode enfim discordar-se das suas posições políticas e das suas convicções pessoais.
Mas é um facto que foi galardoado com o Prémio Nobel, e que a Academia Sueca não o concede ao primeiro indivíduo que encontra ao voltar da esquina.
Também nada desmerece a comparação com escritores asiáticos ou africanos ou de alhures. Será, apenas para dar um exemplo, que o Nobel egípcio da Literatura, Naguib Mahfuz, até hoje o único árabe que recebeu essa distinção, não é um dos grandes romancistas do século XX? Possivelmente a ignorância neste caso é dos portugueses porque raramente o traduziram e não lêem as traduções em francês ou inglês.
Por isso, discordo do teor deste post e especialmente dos primeiros comentários ao mesmo, que além de reles, só revelam estupidez, falta de educação e ainda por cima estão mal redigidos. Não admira, pois, que os seus autores não sejam capazes de ler Saramago.
Aplausos para este post!
O homem até pode ser a negação de tudo o que deve ser o ser humano, mas é inegavelmente um bom romancista (eventualmente, até, por isso mesmo). O prémio Nobel é justo - já li muitos autores consagrados de menor qualidade. Convém distinguir as duas coisas.
Teria curiosidade em saber quantos dos comentadores ao seu post leram até ao fim alguma obra do José Saramago...
Fora este apontamento, os seus posts continuam com a dose certa de ironia.
Cumprimentos,
Rui
que raio de democrata é o senhor? então o cavaco silva censura-lhe um livro e ele não tem o direito de dizer o que disse? a questão nem está em saber se saramago é bom escritor ou não, está muito para além disso, é uma questão de liberdade.
quanto à comparação de saramago com os obscuros escritores indianos e africanos é óbvio que mostra alguma ignorância sua (ou má fé), já que saramago é muito conceituado em todo o mundo. e eu até nem o aprecio por aí além. o que não nego são as evidências.
É sempre bom separar as águas.
O homem pode não prestar para nada, mas de certeza que o escritor tem valor e ficará para a história, ao contrário do tal ser mesquinho ibérico, que vive em Lanzarote.
Piero Manzoni também fica para a história coma as suas latas de Merda de Artista...
Li (quase) todos os livros do Saramago; adoro a riqueza da sua escrita, gosto dele comoe scritor, mas não como pessoa.
joa
Para aqueles que queiram ler uma boa história sobre Saramago passada na última feira do livro em Lisboa, relacionada ainda com o que muitos dizem ser a censura de Sousa Lara (história muito mal contada, mas enfim) leiam o post escrito por mim enquanto Scipio intitulada "Saramago finalmente porta-se à altura" em http://ocoliseu.blogspot.com/2007_06_01_archive.html
Ó Sr. Mário Azevedo, o Prof. Cavaco Silva censurou um livro do Saramago?
Quando? Como?
É certo que a patacoada é livre, mas, francamente, impõe-se um mínimo de seriedade para acusações desse tipo, não acha?
luís eme:
o Nobel foi um lamentável equívoco, ao sabor da onda pró-comunista do momento;
ao contrário do que se pensa, o mosquito ibérico não tem valor nem ficará para a história.
Falamos daqui a 50 anos, combinado?
Quanto à pessoa Saramago, pouco me interessa; quanto à sua escrita - apenas posso dizer que não foi feita para leitores preguiçosos.
Sem pejo nenhum e sem precisar de ver a minha opinião corroborada por nenhum "especialista" ou crítico literário, gosto muito da escrita de Saramago, muito embora, para poder absorvê-la em pleno - sim, no pleno do seu significado - Saramago me obrigue a reler cada parágrafo pelo menos quatro (quatro !) vezes. Daí que nunca tenha conseguido ler o Memorial do Convento até ao fim. É demasiado para o nível de atenção que consigo dedicar-lhe, demasiado exigente para ler no metro ou no barco ou seja onde for em que não haja silêncio absoluto. É a diferença entre os bons escritores e os escritores das massas - a leitura dos primeiros dificilmente está pensada para consumo fácil e leituras preguiçosas. E daí muitos dos equívocos.
Dizer mal de um nobelizado é fácil; mas gostava sinceramente de saber qual é a moral de uma pessoa criticar um escritor quando dá pontapés no português como "Literàriamente careca,ideològicamente bufo", ou ainda de proferir, ao fazê-lo, este despropósito: "A Pilar para que consiga tirar alguma coisa daquela pila deve dar-lhe,antes,1kg de cialis..."
A concordância dos comentadores, neste caso, até diz muito sobre o post em si, ainda que não tenha absolutamente nada a ver uma coisa com outra... Porque uma coisa é a personalidade em questão - e Saramago pode até ser um traste - mas outra, bem diferente, é a qualidade da escrita. Não me parece muito honesto misturar as duas coisas.
Nunca poderia estar mais de acordo, com o que escreveu. Ele que se deixe ficar pelas Espanhas, so foi pena ter recebido o premio Nobel como portugues!
Um abraco beirao.
Na verdade também não gosto do Saramago;mas nem sei bem porquê!Que é Feíssimo,sei.Que tem um ar de ser arrogante,sempre me pareceu!Que destesto ouvi-lo também é um facto(voz de cana-raxada e conteúdos toscos,nunca me disseram coisa alguma)!Tentei por três vezes ler livros seus-Jangada de Pedra, Ensaios s/a Lucidez e s/a Cegueira-que me ofereceram para me convencerem a conhecer este escritor...MAS À SEGUNDA OU TERCEIRA FOLHA DE PROSA,DESISTO!!!É que não gosto mesmo,caramba.Sei que é chato dizer isto,mas nada me atrai o interesse por este Velho Comunista/Soarista/Canário e sei lá que mais ... até tenho pena de sentir isto,mas aqui me confesso!
Bjs,FáPD.
Concordo plenamente!
Este SARAMAGO não se enxerga...
A arrogância é característica dos frustrados...
Nunca li um livro seu, nem me esforço para tal, simplesmente porque julgo que a escrita deve ser como o dono!
Que morra longe....
este gajo assinou, como era obrigatório em lugares do estado, um documento em que não era comuna nem perfilhava tal ideologia -- assim entro no Diario de Noticias. Depois do 25 do A, "saneou", lixou todos os colegas do DN.
aliás, basta ver num bom dicionario, o que quer dizer saramago.
o neo-comuna qsfda
O ano da morte de Ricardo Reis.
Talvez o melhor livro que li at� hoje, e digo talvez porque n�o sou mulher de muitas certezas... Depois temos Todos os nomes e o Ensaio sobre a cegueira,livros menores por compara�o, mas n�o menos grandiosos.
Como indiv�duo nada nele me agrada.
Enviar um comentário