13.10.07

«EU VENCI O MUNDO» - 2


Excelente homilia do Cardeal Bertone, hoje, em Fátima. Contra "os senhores destes tempos", os da retórica da "sociedade aberta". "Face aos pretensos senhores destes tempos - acham-se no mundo da cultura e da arte, da economia e da política, da ciência e da informação - que exigem e estão prontos a comprar, se não mesmo a impor, o silêncio dos cristãos invocando imperativos de uma sociedade aberta", face aos que, "em nome de uma sociedade tolerante e respeitosa, impõem como único valor comum a negação de todo e qualquer valor real e permanentemente válido, face a tais pretensões, o mínimo que podemos fazer é rebelar-nos com a mesma audácia dos apóstolos perante idêntica pretensão dos senhores daquele tempo: «Não podemos calar o que vimos e ouvimos.» Contra aqueles que julgam "que a vitória depende essencialmente do talento, da habilidade, do valor dos que escrevem nos jornais, dos que falam nas reuniões, dos que têm um papel mais visível e que seria suficiente animar e aplaudir estes chefes como se anima e aplaude os jogadores no estádio", Bertone explica que "não existe erro mais temível e desastroso" e que "se os soldados algum dia chegassem a pensar que a vitória já não dependia deles, mas somente do Estado-Maior, esse exército marcharia de desastre em desastre". E para evitar este desastre, conta o esforço do "mais insignificante, dos servos mais humildes, dos servos de um só talento". Por isso Fátima é "conversão, emenda de vida, deixar de pecar, reparar a Deus ofendido no irmão", em suma, "a aceitação submissa da vontade de Deus".

4 comentários:

Anónimo disse...

Sim, é excelente!Quando a hierarquia católica se coloca ao lado de Jesus, ao lado dos mais humildes, tem quase sempre uma dimensão humana que está muito para além da sua auto-reclamada dimensão Divina!

É, nessa dimensão humana, em Jesus, que eu me revejo como ser humano.

Pedro disse...

Caro João Gonçalves,

Li "A sociedade aberta e os seus inimigos" de Popper (os dois volumes) que é e recorda um produto ímpar da nossa civilização.

Não apreciei por isso esse colar da "sociedade aberta" à nossa "sociedade do espetáculo". Popper não merecia isso.

Cumprimentos,
Paulo

Anónimo disse...

Pois ... só o BEM pode VENCER o MAL

Anónimo disse...

Encontrei este blog por acaso...acho incrivel como se pode ter uma religiao, que autenticas farsas!

Como se pode criticar quem quer que seja depois de 2000 e tal anos de sangue derramado. Sangue que suja as vestes de cardeais e papas, sangue que suja a cruz de ouro maciço que trazem ao peito, sangue espalhado pelas chamadas "casas de deus".

Religiao nao é sinonimo de etica e moral.