Adenda: Ao lado de Isabel Alçada, a Fatinha sentou Isabel Soares, directora do Colégio Moderno. A título de quê? De representante (mais um) da dinastia Ming do regime?
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
31.1.11
A MÁ EDUCAÇÃO
Adenda: Ao lado de Isabel Alçada, a Fatinha sentou Isabel Soares, directora do Colégio Moderno. A título de quê? De representante (mais um) da dinastia Ming do regime?
DEBATE, DIZ ELE
PENOSO
PARA MEMÓRIA FUTURA
António Ribeiro Ferreira, CM
«Em 23 de Janeiro, com a reeleição do Presidente da República extinguiram-se não apenas a maioria que o elegeu mas também, e sobretudo, as minorias que se polarizaram nos candidatos derrotados. Descontado o eventual interesse dos elementos de análise que fornecem, os valores percentuais respectivos não servem rigorosamente para nada, nem dão qualquer autoridade ou força política aos vencidos. Por sua vez, a autoridade de Aníbal Cavaco Silva não sai beliscada, nem de perto nem de longe. Mas ainda há, aqui e ali, uns trejeitos ranhosos de gente que não desarma e, como não pode contestar a legitimidade da sua eleição, continua a regougar, a ratar, a roer, talvez a regurgitar e a remoer de novo, a propósito da figura e da força do Presidente, o qual, a despeito de vencedor, teria saído ingloriamente enfraquecido da eleição. Cavaco Silva não apenas ganhou com uma confortável maioria, como ganhou em todos os distritos, do Continente e das regiões autónomas, mas para essa malta é como se não tivesse ganho. Ganhou, mas agora há quem garanta que afinal ele... perdeu! Este prodígio dialéctico tem um intuito evidente, que é o de tentar desagregar na opinião pública os poderes que a Constituição confere ao Chefe do Estado, ou pela via de lhe quererem descortinar na prática uma diminuição de estatuto e de autoridade, ou pela das conclusões extraídas a fórceps de variados malabarismos aritméticos sobre os resultados eleitorais, ou ainda pela da crítica ao seu discurso de vitória na noite das eleições, em que, opinam eles de sobrolho contristado, deveria ter perdido a memória, oferecido a outra face e estendido a mão caridosa e conciliadora a quem o insultou sem escrúpulos (...). Dizendo as coisas por outras palavras: as minorias vencidas extinguiram-se, mas ficaram no terreno uns agentes póstumos, ao serviço de uma conveniência política manhosa e obscura.»
João César das Neves, DN
30.1.11
COITADINHA
UM PREC VIRIL
A "CRUELDADE" DO POVO
Adenda: O mesmo Santos, mesquinho, sobre Carrilho que tem por hábito usar a cabeça dele - «Neste momento, o dr. Carrilho é quase um adversário do PS, porque está agastado por ter sido apeado do lugar que tinha [embaixador de Portugal na UNESCO, em Paris]. Está zangado connosco, compreendo isso, mas não é bem o exemplo típico do indivíduo que se possa citar como característica da situação interna do partido.» Pior do que um Kim-Il-Sócrates só um provecto e patético Kim-Il-Santos-Sung.
Adenda2: Um tal Filipe Santos Costa e o fatal Luís Delgado, na sicn, insistiram na narrativa "vingativa" que, pelos vistos, os ajuda a gastar saliva - o primeiro até mencionou o ancião Santos a título de uma gravitas que só deve pairar na cabecinha parva do dito Filipe. De facto, que mais de pode esperar de gentinha que só produz escarros mentais?
Adenda3 (do leitor João Sousa):
«Eu bem me recordo dessas eleições Almeida Santos. Um dos slogans socialistas era "Prá maioria já falta pouco - já só falta sete por cento". Foi um pouco mais do que isso. Ontem, num programa da TVI24, o convidado foi a criatura Soares-filho, cujo currículo em pouco mais consiste do que, como diria o Luis XIII de Dumas: "eu ser filho do meu pai". Também este legume tentou disseminar a teoria do "discurso rancoroso" em vez de "conciliador". Conciliação como a de Soares-pai para com a eurodeputada que teve a ousadia de lhe ganhar a presidência do parlamento europeu, algo a que a criatura-pai certamente se achava no seu direito natural. Ou ainda a absoluta falta de rancor que era visível na sua voz quando mencionava o candidato Alegre. Mas a criatura-filho foi ainda mais longe. Estaria etilizado - ou simplesmente é impossível surgir algo mais substancial daquele cérebro. Delirou com a questão Cartão Único, "um exemplo de sucesso, de tal forma que até já tem mais de quatro milhões de utilizadores". Disse também que "os eleitores que não votaram foi por não terem pachorra de esperar uma hora ou duas para saber o seu local de voto". Disse que não fazia sentido pedir a demissão de Rui Pereira por a demissão de um ministro ser um acto político e esta questão, pelo contrário, ser técnica. Claro, nada está mais longe de ser político do que um ministério ser nitidamente negligente na preparação de um processo eleitoral. Mas a jóia da noite, a cereja no topo do bolo, foi a sua descrição do ministro ASS: "Augusto Santos Silva é um homem de qualidade". Aqui, concordo com ele. Augusto Santos Silva é um homem de qualidade - péssima qualidade. Ninguém consegue internar esta gente num hospício?»
"CONTINUIDADES"
Vasco Pulido Valente, Público
29.1.11
O PONTO DE VISTA DA MORTE
TENTATIVAS E REPETIÇÕES
O MAIS VELHO E O "NOVO" CICLO
UM OTELISTA À DEFESA
Adenda: Extrordinário exercício de hipocrisia política que só mesmo um antigo quadro do MES (frio e não lamechas como Sampaio) poderia perpetrar sem se rir.
28.1.11
O ÓBITO
O POLTRÃO MICAELENSE
*pusilânime(s): os dois
DA PERDA
NÃO SE ENXERGAM?
A RECOLHA DO LIXO
27.1.11
A ILHA CESARISTA
MISTURAS
A ESTACA
CIDADÃOS COM ELEVADO TEOR MORAL
OS MORTOS SÃO A ARMA DO VOTO
O TEMPO O DIRÁ
SOPHIA
26.1.11
PESSOAS ERRADAS
VENTRÍLOQUISMO
MODO DE VIDA
O REGRESSO DO PROCESSO DA CASA DOS ESPELHOS
COSMOPOLITISMO E PAROQUIALISMO
O PEDIDO DE UMA CABEÇA
25.1.11
POBRES ESQUIZOFRÉNICOS
NOTÍCIAS DO KIM-IL-SUNGUISTÃO
A SONSA
EANES, SOLENIDADE E RISCO
SOARES, O MAGNÂNIMO
24.1.11
O "FENÓMENO DO ENTRONCAMENTO"
CAVACO E OS FARISEUS
A "ESTABILIDADE"
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
23.1.11
OS QUE NÃO CRESCEM
CAVACO, UM OUTRO MANDATO
A "OBRA"
NOITE DOS POLTRÕES
O C.U. DE ANTÓNIO COSTA
Adenda: Miserável é o mínimo com que se pode classificar a prestação de Nuno Godinho de Matos, da CNE. Tudo digno de um país latino-americano ou de uma ditadura africana mais primitiva e rasca. Um país onde o 1º ministro, porém, vai votar de carro eléctrico.
ISTO AQUI
22.1.11
OS FANTASMAS
VOTAR CONTRA OS NOVOS ANESTESISTAS
ENQUANTO O SISTEMA PETRIFICA
Eduardo Cintra Torres, Público
OS ESTADOS DE ALMA E A REALIDADE
«Enquanto as sondagens variam entre os mais improváveis resultados, multiplicam-se as almas que apelam à abstenção nas eleições presidenciais. Porque os candidatos não prestam; porque a campanha foi pobre, caricata e falha de ideias; porque o papel do Presidente é irrelevante; porque o regime tem os dias contados – embora se possa dizer que há anos que nos anunciam que o regime tem os dias contados; porque, enfim, qualquer pretexto serve para se exibir uma hipotética superioridade intelectual. Dando de barato que o dia-a-dia desta campanha não foi propriamente dos mais recomendáveis e que ouvir candidatos a sugerir que podem levar um tiro na cabeça ou que a democracia – essa frágil violeta adquirida à custa de muitos sacrifícios e lágrimas – está em perigo, a um passo de ser "mutilada" pela tenebrosa direita, não convida a grandes entusiasmos, convém perceber que, tendo em conta os anos que nos esperam, o próximo Presidente da República não será propriamente "o verbo de encher" em que o querem transformar. Não só as circunstâncias exigem um mandato mais activo, como as dificuldades com que se depara o país fazem com que Belém se transforme num centro decisivo de influência e poder. Sem ir ao ponto de antever um "novo ciclo" – uma antecipação recorrente que dá invariavelmente em nada – limito-me a registar um pequeno pormenor que, para uns tantos, parece ser irrelevante: em plena crise económica, financeira, social e política não é indiferente ter X ou Y na Presidência da República. Aparentemente, esta singular evidência não tem sido fácil de engolir. Principalmente, pela direita, como não podia deixar de ser. Mais do que ser detestado pela esquerda, Y é tolerado pela direita. Uma direita que sempre o viu como um intruso, que não lhe perdoa as origens, que se envergonha do seu "provincianismo" e da sua proverbial "falta de cultura". A direita ou, para ser mais precisa, uma certa direita, que na sua insignificância tem como grande ambição ser reconhecida pela esquerda, faz questão de manter as distâncias em relação a um candidato que, mesmo sem o seu voto, foi o único que lhe deu duas maiorias absolutas e a Presidência da República. Três vitórias que esta gente, coitada, nunca conseguiu compreender.»
REFLEXÕES
«O chamado "dia de reflexão" antes da realização de qualquer acto eleitoral não pode ser entendido como um convite a uma espécie de luto espiritual, qual sexta-feira santa em termos cívicos. É impossível evacuar por decreto toda a carga da agenda política em vigor. Vamos então aproveitar este sábado para reflectir sobre algumas características das campanhas presidenciais. Em primeiro lugar, são campanhas essencialmente personalizadas, sem programa, assentes no carácter e demais qualidades do pretendente a titular de um órgão de soberania uni-pessoal, eleito por voto livre, universal e directo dos cidadãos desde há 35 anos. A estabilidade deste órgão de soberania atesta a bondade do processo: todos os presidentes assim eleitos cumpriram os seus mandatos, contrariamente aos presidentes da República eleitos pelo Congresso. Basta recordar que só António José de Almeida o completou para se perceber o mérito da eleição directa do PR. Não é só uma questão de competências, é também uma questão de independência do jogo parlamentar. Em segundo lugar, as eleições presidenciais são tratadas com filtros diversos pelos partidos. Já serviram por vezes para uma espécie de "Adeus português" aos candidatos. Se por um lado estas eleições servem aos candidatos para se emanciparem dos seus partidos de origem, por outro também permitem aos partidos desembaraçarem-se de certos líderes e reorganizarem-se à volta de outras hierarquias e de outros grupos de interesse. Em terceiro lugar, com a excepção da eleição de 1976, as campanhas presidenciais desenrolam-se em pleno Inverno, o que não deixa de ter as suas consequências, nomeadamente na mobilização que provocam, e no possível estímulo climático à abstenção. Acresce que a própria quadra natalícia interrompe o ritmo político da campanha, introduz as institucionais mensagens de Natal e de Ano Novo, que podem confundir os planos e os discursos. Mais, vistas as imagens do estrangeiro, hão-de pensar que Portugal é um país de sobretudos e cachecóis… Ora este mau calendário das presidenciais deveria ser corrigido pelo próximo PR, já que é este que marca o dia das eleições para o cargo. Porque não experimentar um período mais primaveril? Por exemplo, o feriado do 25 de Abril. Seria uma maneira de assegurar maior aquecimento nas campanhas, além de mudar a forma de comemoração da data de cinco em cinco anos.»
O DIA
21.1.11
A "VITÓRIA DA CIDADANIA"
20.1.11
MITOMANIA
O PASSADO
E É SUFICIENTE
OS DADOS ESTÃO LANÇADOS
19.1.11
SERVIR FRIO
Adenda: Sobretudo depois de ouvir o lamentável sobrinho A. Barroso, verdadeiro talento perdido como compére de revista.
RETRATO DE UM "ESTADISTA" PORTUGUÊS
18.1.11
FORA DO PALANQUE
A "COELHIZAÇÃO" DA CAMPANHA
Adenda: Quando se abre o link do CM, acima, surge um verdadeiro batalhão de opinadores que debita no jornal. Se formos ao DN, ao JN e, até, ao Público, é a mesma coisa. Nos jornais ditos de economia, idem. Como a falsa modéstia não é o meu forte, e correndo o risco dos piores comentários, não resisto a uma pergunta retórica. Este blogue (eu) é seguramente um dos blogues individuais (sublinho o "individual") sobre, entre outras coisas, "actualidade política" mais lidos. Talvez mesmo o mais lido. O seu autor (eu) não consta que escreva mal, se furte a polémicas ou a "opiniões fortes". Por que será que nunca foi convidado para integrar nenhum dos referidos batalhões onde vagueia tanta redacção única em transumância, alguns, entre mais do que uma publicação, rádios e televisões? Onde ou em que é que um tipo se "inscreve" para obter o certificado de acesso à opinião que se publica tão nutrida pelos "donos" dela?