3.12.09

PARA PIOR

Num país dito "moderno", vem a descobrir-se, afinal, que o velho FMI dos anos 70 ainda debita sentenças como se nada se tivesse passado entretanto. Anos e anos de Europa, de bandas largas e de largos idiotas não serviram para nada. Não há economia. Não se produz nada, só se consome. E floresce o chico-espertismo indissociável das trupes partidárias que oscila entre o poder e as "empresas". Bem vistas as coisas, não estamos muito distantes do país que antecedeu o fim da monarquia ou Salazar. A sociedade-besta é que mudou. Para pior.

10 comentários:

radical livre disse...

as zonas altas desertificadas estão cheias de torres eólicas
que emitem o som lúgubre do fim da festa socialista.
as zonas planas têm painéis solares.
desfeiam a paisagem.
não há aproveitamento da forças das marés.

há 1/2 século que se fazem estudos para produção de hidrocarbonetos líquidos a partir de biomassa.

no tempo dos milk-bar alguns noruegueses iam aos fins de semana para as floresta e transformavam a serradura de pinheiro em alcool etílico (o metílico obtido do eucalipto produz cegueira irreversível)

no rectângulo não há projectos
só há dejectos (politicos)

MINA disse...

De facto, afigura-se que chegámos ao fim de um tempo. Como no período que antecedeu o fim da I República ou a queda do Marcelismo. Ou o fim da IV República em França, e podia alongar-me em exemplos...

Eduardo Freitas disse...

Uma ilustração, pela pena do douto Carlos Abreu Amorim, "daquilo a que chegámos":

«Sem a UE, estaríamos condenados a concertar o nosso futuro com gente do calibre da que esteve na Cimeira [Ibero-Americana]. Ainda bem que nos deixam estar na Europa(*)»

(CAA, Correio da Manhã, 02-12-2009)

(*) - O realce é meu. Dispenso-me de comentário.

Anónimo disse...

Parece que o único "passatempo" do Homem é consumir, consumir até rebentar. Façam favor, consumam e rebentem. Caro João deixe-os rebentar, apenas temos que nos desviar dos excrementos da rebentação. Até rima.

Anónimo disse...

Parece que as pessoas tentam fazer de conta que não vêem que o país sem o dinheiro dos outros está na falência e que se pode protelar a situação por mais 100 anos.

Anónimo disse...

Discordo desta comparação em relação à Monarquia. Portugal evoluiu bastante desde o fim da 1ª República. O Estado Novo criou muitas das infrestruturas necessárias ao desenvolvimento do País e na época do Prof, Cavaco houve avanços significativos. O pior foi depois: com o guterrismo e os governos que se lhe seguiram.

Merkwürdigliebe disse...

30 anos volvidos, milhares de kilometros de auto-estradas depois, milhões de contos de fundos estruturais de impostos de alemães e franceses desaguados em ferraris e topos de gama. E tanta coisa que permanece actual:

http://www.youtube.com/watch?v=ZUJts90HIHc

http://www.youtube.com/watch?v=wj7LKI8rIUo

"Não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia. Não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal. Não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte. Não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quê que há de vir."

Anónimo disse...

Não se semeia nada, mas plantam-se auto-estradas...

sts disse...

Portugal, o sr. vive em Portugal. Mais... é muito difícil. Boa noite e boa sorte.

marceano disse...

ir ao papelão também já não dá..senão até os que dormem na rua ficavam sem ele..