Num país dito "moderno", vem a descobrir-se, afinal, que o velho FMI dos anos 70 ainda debita sentenças como se nada se tivesse passado entretanto. Anos e anos de Europa, de bandas largas e de largos idiotas não serviram para nada. Não há economia. Não se produz nada, só se consome. E floresce o chico-espertismo indissociável das trupes partidárias que oscila entre o poder e as "empresas". Bem vistas as coisas, não estamos muito distantes do país que antecedeu o fim da monarquia ou Salazar. A sociedade-besta é que mudou. Para pior.
10 comentários:
as zonas altas desertificadas estão cheias de torres eólicas
que emitem o som lúgubre do fim da festa socialista.
as zonas planas têm painéis solares.
desfeiam a paisagem.
não há aproveitamento da forças das marés.
há 1/2 século que se fazem estudos para produção de hidrocarbonetos líquidos a partir de biomassa.
no tempo dos milk-bar alguns noruegueses iam aos fins de semana para as floresta e transformavam a serradura de pinheiro em alcool etílico (o metílico obtido do eucalipto produz cegueira irreversível)
no rectângulo não há projectos
só há dejectos (politicos)
De facto, afigura-se que chegámos ao fim de um tempo. Como no período que antecedeu o fim da I República ou a queda do Marcelismo. Ou o fim da IV República em França, e podia alongar-me em exemplos...
Uma ilustração, pela pena do douto Carlos Abreu Amorim, "daquilo a que chegámos":
«Sem a UE, estaríamos condenados a concertar o nosso futuro com gente do calibre da que esteve na Cimeira [Ibero-Americana]. Ainda bem que nos deixam estar na Europa(*)»
(CAA, Correio da Manhã, 02-12-2009)
(*) - O realce é meu. Dispenso-me de comentário.
Parece que o único "passatempo" do Homem é consumir, consumir até rebentar. Façam favor, consumam e rebentem. Caro João deixe-os rebentar, apenas temos que nos desviar dos excrementos da rebentação. Até rima.
Parece que as pessoas tentam fazer de conta que não vêem que o país sem o dinheiro dos outros está na falência e que se pode protelar a situação por mais 100 anos.
Discordo desta comparação em relação à Monarquia. Portugal evoluiu bastante desde o fim da 1ª República. O Estado Novo criou muitas das infrestruturas necessárias ao desenvolvimento do País e na época do Prof, Cavaco houve avanços significativos. O pior foi depois: com o guterrismo e os governos que se lhe seguiram.
30 anos volvidos, milhares de kilometros de auto-estradas depois, milhões de contos de fundos estruturais de impostos de alemães e franceses desaguados em ferraris e topos de gama. E tanta coisa que permanece actual:
http://www.youtube.com/watch?v=ZUJts90HIHc
http://www.youtube.com/watch?v=wj7LKI8rIUo
"Não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia. Não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal. Não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte. Não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quê que há de vir."
Não se semeia nada, mas plantam-se auto-estradas...
Portugal, o sr. vive em Portugal. Mais... é muito difícil. Boa noite e boa sorte.
ir ao papelão também já não dá..senão até os que dormem na rua ficavam sem ele..
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