18.5.09

OS NOSSOS POBRES MONÁRQUICOS


Este post, vindo de uma pessoa inteligente como o Nuno, é uma gratuita provocação. Para bem ou para mal, o Estado português tem a forma republicana. O Chefe de Estado é o Presidente da República eleito nos termos da Constituição por mais que isso custe aos pergaminhados de sangue colorido. O resto são salamaleques patéticos perante uma figura que, na hierarquia do Estado, representa nada. O facto da criatura ser católica não lhe dá nenhum direito particular a aparecer na televisão pública armada em comentador. Ainda por cima fala mal e exprime-se pior. Depois, existem muitos republicanos que são tanto ou mais católicos do que muitos monárquicos. Razão tinha D. Carlos quando desabafava que não ia longe com os seus monárquicos. Viu-se. Nós também não.

30 comentários:

Anónimo disse...

Sou monárquico. Se o Sr. Presidente da República está numa cerimónia onde está o Sr. Duque de Bragança e que é coberta pela RTP, cabe a esta organizar as coisas de modo que não haja melindres, nem para o Sr. Presidente da República, nem para o Sr. Duque de Bragança.
Diria mesmo que a Sua Alteza, não passa pela cabeça que ao Presidente da República não seja dada a primazia que hoje oficialmente tem. Quem nasce neto de reis e imperadores, afilhado de um Papa e de uma Rainha de Portugal, primo próximo de todos os soberanos da Europa que importa, a quem o Imperador do Japão vem trazer ao táxi quando este o visita em Tóquio, não precisa de se pôr em bicos de pés. Nem sabe o que isso é.

Anónimo disse...

Para mim o D. Duarte o máximo a que poderia realisticamente aspirar era a ser Rei do Carnaval da Mealhada...

Anónimo disse...

Se o 2uq é uma Alteza Real, eu como não sou súbdito, mas sim um cidadão, provavelmente serei uma Baixeza Irreal,ahahahahah

Anónimo disse...

A magia da monarquia é tão forte que o autor deste blog insulta gratuitamente o Sr. Duque de Bragança (sobre essa pulsão da grosseria gratuita que a presença das altezas parece inspirar, vd, por todos, "Sua Alteza Real" de Thomas Mann - a ida ao baile) que não tem culpa nenhuma de haver sido convidado para a cerimónia, como Salazar já tinha convidado Seus Pais, nem para dar uma entrevista à RTP.

Para o Anónimo das 8, 27: Não, não é súbdito, é cidadão da república portuguesa. Já os ingleses são súbditos. Consta que têm muita inveja nossa.

Wegie disse...

Esse Duque não é o descendente da Carlota Joaquina e do jardineiro? Ainda dizem que descende de D.Afonso Henriques...

Álvaro Pais disse...

Tenho a certeza de que Dom Duarte não avaliza, de forma nenhuma, o conteúdo do post do Sr. Nuno e muito menos o tom de facciosismo que evidencia.
A causa da monarquia só tem a perder com gente desta, cuja falta de elevação dispensa comentários.

Anónimo disse...

O problema não é o duque de Bragança, mas a RTP. Não há nenhum critério jornalístico que justifique o destaque dado a D. Duarte Pio. Mas há, talvez, um critério político: para festejar os 50 anos do «monumento construído por Salazar» (mentira infame que a maioria dos OCS repetiu ad nauseam)foi-se buscar o que, aos olhos da RTP, é o símbolo vivo do ultra/passado, reaças e caduco, bafiento e inútil. A D. Câncio deve ter adorado (se não foi dela que partiu a sugestão). Aceitando o convite da RTP, o duque de Bragança prestou um mau serviço à Igreja -- e a si próprio. Mas D. Duarte gosta muito de dizer coisas...

Anónimo disse...

Ainda bem que acontecem certos incidentes que dão origem às baixarias deste blog, porque cai a máscara e fica claro que JG e o seu blog são meras correias de transmissão da maçonaria e do mais vil jacobinismo.O que não surpreende, se tivermos em conta o tom ressabiado da prosa que destila.

ASG disse...

Os anónimos das 7:59 e 8:27 podiam ser um pouco mais bem educados. Grandes palermas.

MJ disse...

Declaração de interesse: sou adepta da monarquia constitucional, tal como vigora em diversos países europeus, designadamente na Escandinávia. Na minha opinião a democracia não é beliscada pela circunstância de a chefia do Estado ser exercida por um Rei, hereditariamente. A figura do "impedimento" servirá para afastar quem, nesse âmbito, demonstre não ter aptidão para o exercício do cargo. Entendo que a monarquia constitucional é mais adequada porque não partidariza a função de chefe do Estado e contribui para um funcionamento mais saudável das instituições (Governo, Parlamento, etc.). Acresce que se não "trabalha" num primeiro mandato para a reeleição, nem, também, há a tentação de manobrar em proveito deste ou daquele partido. Esta República que temos não serve. Se se pretende continuar assim, deveremos enveredar pelo regime presidencialista. Não creio, como parece entender o João Gonçalves, que a forma republicana do Estado português seja imutável. Pode alterar-se se essa for a vontade esclarecida da maioria. Coisa diferente, e reporto-me agora ao post do Nuno Castelo Branco, é este constante enaltecimento da figura do Senhor Dom Duarte, pessoa que considero muito estimável, mas que não pode ser "impingido", como muitas vezes acontece e o post do NCB demonstra. Acho até que se trata de uma atitude que serve mal a monarquia, conforme, aliás, a reacção do João Gonçalves demonstra quando fala em "sangue colorido". No entanto, não deixa de considerar lúcido o pensamento do Rei D.Carlos ...
MJ

Nuno Castelo-Branco disse...

Gostei deste post.
Curioso é o facto de o João dizer tratar-se de uma provocação. Como se não andássemos a ser provocados há 130 anos por gente que trouxe o país para o abismo caótico da 1ª república, à ditadura da 2ª e a "isto" que o Portugal dos Pequeninos ataca incessante e quotidianamente!
João, muita sorte tem a "república" com os monárquicos portugueses, que não são "tão pobres" - em termos mentais - quanto isso. Professores universitários (que impuseram uma humilhante derrota pública aos brilhantes "reps" num debate televisivo), artistas conhecidos, juízes, gente da ciência ("apenas" o cientista português mais conhecido no estrangeiro, por ex.) e tantos outros que têm servido a dita "república" de forma impoluta e exemplar. Não querer ver esta evidência é cegueira.
O meu* texto não passou de propaganda que tenho todo o direito em fazer. Muito mais poderia ser dito, dados os telhados de vidro do regime inteiro, cavaquismo incluído. Para isso basta ler os jornais ou este espectacular blog (obrigatório todos os dias). Imagina se nos inclinássemos para um tipo de intervenção "a republicana", com todo o tipo de infâmias, indignidades, aldrabices e até, violência, extprsão e crimes de toda a ordem... Não faz minimamente o nosso estilo, dada a evidente diferença de nível entre os monárquicos de hoje e os republicanos de ontem, gente bem conhecida pelas piores razões. Enfim, a história é o que é e creio que falando a sério, o primeiro comentador (das 7.51) disse o essencial.

Não estou a desculpar-me até porque não retiro uma única vírgula ao que escrevi. É propaganda benevolente. Imagina o que diria se não fosse?!


*Essa dos "pergaminhados de sangue colorido" caducou há muito. Podes encontrá-los agora todos os 10 de Junho, na aposição de insígnias por todos nós custosamente pagas. Salvo honrosas excepções, a nobreza da república é uma excelsa nulidade. A da monarquia já se extinguiu há muito, não passando de um monumento como a Torre de Belém ou o Castelo de S. Jorge. Apenas isso.

Joao Quaresma disse...

Caro João Gonçalves, tenha a bondade de me indicar qual o artigo da Constituição da República Portuguesa que consagra a figura da 'Primeira Dama'. E nem por isso deixamos de levar com esses estafermos, a quem os nossos laicos e republicanos impostos pagam reportagens, mordomias e opulências, apesar da sua função para o Estado ser absolutamente nula.

Aquele que chamou de "senhor de Bragança" foi como voluntário para África onde cumpriu três comissões em Angola, Moçambique e Guiné como piloto da Força Aérea, nunca virou as costas aos portugueses e durante muito tempo foi a única figura pública portuguesa que deu a cara pela causa de Timor (quando quem o fazia era tão simplesmente chamado de fascista, por lembrar a Descolonização "Exemplar"), sempre defendeu a soberania e a independência de Portugal, a Língua Portuguesa contra a degradação institucionalizada, a nossa cultura e as nossas tradições contra o empobrecimento cultural.

Coisas de que o Prof. Cavaco Silva (não, não vou chamá-lo de «filho do gasolineiro de Fonte de Boliqueime») não se pode gabar. Quem é que foi o Bom Aluno de Bruxelas, dizimando a nossa agricultura, as nossas pescas, a nossa marinha mercante, grande parte da nossa indústria, e tornou-nos num anexo cliente de Espanha? Quem é abriu as portas da banca portuguesa aos espanhóis, ao mesmo tempo em que a entrada das empresas portuguesas em Espanha era sistematicamente barrada? Quem é que, na Cimeira Luso-Espanhola de 1992, acedeu ao pedido de Felipe Gonzalez e se comprometeu a alterar os programas de História no ensino oficial português para serem mais pró-espanhóis, incluindo dizerem que a Batalha de Aljubarrota foi um empate e não uma vitória portuguesa? Que participa em cerimónias dos 200 anos das invasões francesas e não discursa para não ofender os franceses? Que fez um acordo das Lajes em que os americanos não têm de pagar renda nenhuma por uma das suas bases mais importantes no mundo? Quem é que, como PM, assinou e agora como PR promulgou o Acordo Ortográfico? Quem é que desarmou as Forças Armadas, instituiu o Serviço Militar Obrigatório de 4 meses, dizendo que no Pós-Guerra Fria só iriam participar em operações de paz, e agora não os tem no sítio para os ir visitar ao Afeganistão, onde ainda usam a G-3? Quem é que agora diz que precisamos de diversificar os nossos mercados de exportação, mas quando foi primeiro ministro andou a afunilar o nosso comércio para a CEE, em detrimento de mercados onde estávamos implantados, como os EUA e Canadá? Quem é que agora fala da importância dos produtos portugueses mas quando foi primeiro ministro fez a vida negra à UMM, obrigando ao seu fecho, porque andava a tirar mercado à Land Rover e aos japoneses? Que está muito preocupado com a pobreza e o desemprego mas cujo orçamento da Presidência da República é o dobro do da Casa Real Britânica? E poderia continuar.

E acha que Dom Duarte de Bragança é um cidadão católico como outro qualquer e que a atenção das câmaras da RTP não deve ser desviada da chegada de Super-Cavaco nem por um momento?

Se calhar tem razão e nós, pobres monáquicos, é que estamos errados.

MJ disse...

Declaração de interesse: sou adepta da monarquia constitucional, tal como vigora em diversos países europeus, designadamente na Escandinávia. Na minha opinião a democracia não é beliscada pela circunstância de a chefia do Estado ser exercida por um Rei, hereditariamente. A figura do "impedimento" servirá para afastar quem, nesse âmbito, demonstre não ter aptidão para o exercício do cargo. Entendo que a monarquia constitucional é mais adequada porque não partidariza a função de chefe do Estado e contribui para um funcionamento mais saudável das instituições (Governo, Parlamento, etc.). Acresce que se não "trabalha" num primeiro mandato para a reeleição, nem, também, há a tentação de manobrar em proveito deste ou daquele partido. Esta República que temos não serve. Se se pretende continuar assim, deveremos enveredar pelo regime presidencialista. Não creio, como parece entender o João Gonçalves, que a forma republicana do Estado português seja imutável. Pode mudar-se se essa for a vontade esclarecida da maioria. Coisa diferente, e reporto-me agora ao post do Nuno Castelo Branco, é este constante enaltecimento da figura do Senhor Dom Duarte, pessoa que considero muito estimável, mas que não pode ser impingido, como muitas vezes acontece e o post do NCB demonstra. Acho até que se trata de uma atitude que serve pouco a monarquia.
MJ

Anónimo disse...

Concordo com o primeiro anónimo, haja decência e todos serão tratados com a dignidade que lhes é devida. O Presidente da República é o Primeiro Magistrado da Nação,quer o monárquicos gostem, quer não, e através dele todos somos respeitados, ou não. Que a RTP não tenha tido a diplomacia de dar relevo a um sem desmerecer o outro, é de criticar, mas quem critica da maneira como o fez no blogue aqui citado, de facto não merece muita consideração.

joserui disse...

Bem, bem, bem, fala o senhor Presidente da República e exprime-se melhor. Só é pena é andar calado enquanto o país se desmorona. E o Dr. Rangel essa grande esperança da nação? Esse é que fala que é um encanto e exprime-se que é um sonho. Já dizer alguma coisa, tenho as minhas dúvidas. A "proposta" Erasmus para o primeiro emprego é genial. Os desempregados como o nosso principal produto de exportação. E acabo de ver que quer a igreja mais aberta à homossexualidade. Acho que sim. Nenhum voto é pequeno demais.
O Rei D. Carlos era capaz de ter razão. Mas quem lê o Portugal dos Pequeninos se calhar até fica com a ideia que vai longe com a república, logo a começar no nome e a acabar nos textos, sempre motivadores. -- JRF

Anónimo disse...

O problema não é o tonto do actual Duque de Bragança mas o triste Cavaco que temos que se acobarda perante um Sócrates.

Anónimo disse...

A maçonaria está por todo o lado,como se vê.Como se lê.

Anónimo disse...

É uma pena realmente Portugal ser uma república e vê-se pelo atraso de hoje estarmos colocados há 100anos na cauda da Europa. No reinado de D. Carlos Portugal ocupava o 6º lugar. D. Carlos sentou Portugal na Europa e agora onde se encontra sentado Portugal? No 3º ou 5º mundo, talvez!
Os srs. parecem que não têm olhos nem cabeça para fazerem uma pequena avaliação e comparação entre as Monarquias Europeias consideradas como países mais civilizados e desenvolvidos.
Sua Alteza O Senhor Dom Duarte fala mal? E o vosso gasolineiro fala melhor? Quando era ministro até espumava da boca que eu nem podia olhar para o homem que ficava logo cheio de vómitos... pois teve que aprender a engolir a espuma...
O vosso Chefe de Estado é um PR a prazo que só quer o poleiro e sai-nos do bolso o que ele ganha.
A despesa da Presidência da R. dá para sustentar 2 Casas Reais Espanholas! Mais um governo (desgoverno) de corruptos!
Sua Alteza Real Dom Duarte representa quase 900 anos de História, quase 900 anos de Monarquia, é reconhecido internacionalmente como REI DOS PORTUGUESES! E o vosso cavaco, vem donde? Qual é a formação que ele tem para ser PR ou chefe de estado mas com letra minúscula?
Ao que Portugal chegou! PAÍS LAICO, SEM FÉ, SEM ESPERANÇA, SEM RUMO E SEM FUTURO!

Há um anónimo que diz não ser "súbdito". Como republicano logicamente está atrasado porque hoje nos países monárquicos, diz-se CIDADÃO!

VIVA DOM DUARTE!
VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA!

Será que existe família presidencial? eheheheheeh

Anónimo disse...

nunca compreendi porque razão esta república socialista tem medodo da monarquia.
excepção para Soares que assistiu ao casamento do Duque de Bragança.
não goste da independência e menos da restauração da mesma, mas a Casa de Bragança, goste-se ou não, não é a casa dos meus avós.
devia ser mais respeitada.
é nítido complexo de inferioridade.
radical livre

Combustões disse...

Caro João
Eu não me envolvo em polémica com pessoas que respeito, como é o seu caso, mas no caso vertente julgo que o João - com toda a autoridade, pois é acusador implacável do progressivo abaixamento da vida política portuguesa e de quem a protagoniza - sabe tão bem quanto eu que os monárquicos e tudo por quanto pugnam não se resumem à caricatura que faz. Conheço mais monárquicos esclarecidos e inteligentes que republicanos; aliás, em Portugal não há republicanos. Os únicos que a tal se atrevem ou são putativos candidatos ou seus turiferários. Belém é local apetecível para ómegas, abriga um batalhão de comensais cativos e tem sido uma absoluta inutilidade para o bom funcionamento do Estado e das instituições, agora como durante o Estado Novo. Belém e a instituição Presidência da república é daquelas coisas que, sem préstimo, nem como valor decorativo serve. Vide a infinda galeria de cretinos que por lá passaram ao longo de quase um século. As pessoas ainda não compreenderam que a monarquia não é um arranjo estético. Quando finalmente, o compreenderem, verão que é uma solução que serve o interesse do país e serve, até, a sobrevivência da democracia.

Miguel Neto disse...

Sou monárquico e para mim isso não tem que ver com os "pergaminhados de sangue colorido". Tenho até dúvidas se sei o que isso é. Acho mesmo que isso não existe.

Quanto aos presidentes da república, desde 1910 até hoje tem-se visto o bem que têm trazido à Nação. Provavelmente o João Gonçalves concorda comigo quando digo que se contam pelos dedos de uma mão os presidentes que colocaram o interesse Nacional acima de interesses particulares ou de grupos, tendo sido de facto Presidentes de TODOS os portugueses.

Essa dos salamaleques patéticos ... já vi muito boa gente fazer mais salamaleques e mais patéticos ao engº. Sócrates ... e se ser figura destacada na hierarquia do Estado fosse só por si factor merecedor do nosso respeito e dos nossos salamaleques, nenhum de nós poderia dizer um décimo do que temos dito da actual 3ª figura dessa hierarquia.

Quanto à capacidade de expressão: por exemplo, eu pessoalmente acho que o engº Sócrates se expressa melhor que a dra. Manuela Ferreira Leite. Vale o que vale. A capacidade de expressão não é uma Qualidade. E não acho que D.Duarte se expresse mal. Exprime-se melhor que a DRENA que, na hierarquia do Estado, já representa alguma coisa.

Ao anónimo das 7.59PM: eu nem a isso posso aspirar. E voçê?

Ao anónimo das 8.27PM: estou inclinado a concordar consigo.

fado alexandrino. disse...

Peço licença para dizer que este post, e especialmente os comentários dizem tudo sobre Portugal.
O autor contesta educadamente outro, surgem três comentários onde uma pessoa educadamente e com elevação coloca os seus argumentos.
A isto segue-se o Portugal actual, grunho como os dois comentários seguintes demonstram na perfeição.
Nada dizem, apenas cospem para o chão.
Não tem culpa, não foram ensinados, não sabem mais.
Escusam de vir comentar o que escrevi, não merecem o trabalho de uma resposta.

João Mattos e Silva disse...

D.DUarte não é nada? É o representante e herdeiro dos Reis de Portugal,os que fizeram com que Portugal possa ser dos pequeninos para uns e dos grandinhos para outros, consoante as perspectivas. Fala mal? Não pior do que a maioria dos dirigentes republicanos do País, atodos os níveis. É uma criatura (maneira malcriada de se referir a alguém)? Claro que é, como qualquer de nós. Tomara muitos pequeninos chegar-lhe aos calcanhares.
E a quem fala de súbditos: isso era na Idade Média, amigo. Na suas leituras deve ter ficado no tempo do Príncipe Valente...
Que vivemos em república, é um facto. Que o Sr Presidente da dita, laica, deva ter um lugar proeminente quando vai como cidadão católico a qualquer lado, será discutível.Ou ele representa a república laica e é um Deus nos acuda para os laicistas como a D. Câncio, ou é o cidadão Aníbal e as mordomomias representativas não se lhe deviam aplicar. Porque o Prof. Cavaco Silva só representa a república enquanto for presidente e o duque de Bragança, representa a
herança histórica da sua família, enquanto viva. Uma grande diferença.

Anónimo disse...

Acho piada ao lado estético e simbólico da monarquia (que preserva mais do que estraga), mas o beija-mão é perfeitamente ridículo. E depois aquela mistura com a Igreja, enfim... Em suma, essa coisa do "direito natural", confesso, dá-me fornicoques (não sei como se escreve fornicoques, mas suponho que seja assim).

Anónimo disse...

Monárquico, ou republicano, são rótulos que não ostento. Valem o que valem e não sou muito dado a eles. Mas quem pensa que só as republicas têm cidadãos, ainda por cima se for português, compare a qualidade da sua cidadania com a dos cidadãos e súbditos suecos, dinamarqueses, etc, e tenha, ao menos, vergonha da sua ignorância.

João Távora disse...

Reconheço-o como tendo pouca consideração pelos monárquicos, mas não contava com o tom achincalhador deste seu post João.

Cordeais saudações,
João Távora

LUIS BARATA disse...

O meu caro João Gonçalves de tanto disparar em todas as direcções às vezes erra o alvo. Foi o que aconteceu.

João Gonçalves disse...

Olhe que não, meu caro Luís Barata, olhe que não. Veja a petição que pro aí anda contra Santana Lopes a aliança com o PPM para Lisboa. Nunca há bom vento para quem não conhece o seu porto.

Nuno Castelo-Branco disse...

É... mais uma vez o Dr. Santana não parece estar muito "esperto" para estas coisas. Mas não sendo o PP"m" um partido monárquico - ao renegar o princípio básico da definição como tal -, não causa grande mossa. Devem ser amizades de farra nocturna, com uns copitos e desgarradas à mistura.

joshua disse...

Serenamente, há a dizer que os frutos da República, da 1.ª, da 2.ª e da 3.ª, falam por si. E o que dizem do nosso brio, independência económica, auto-estima, não é nada lisonjeiro e muito menos auspicioso num movimento descendente clamoroso, desde a violência incial à imoralidade e emporcalhamento presentes.

Se a obra de uma República são os novos pergaminhados de sangue colorido, saqueadores dentro dos lóbis instituídos da Política 'republicana', gestores e burocratas ignorantes e eticamente mal-formados, que põem e dispõem dos cidadãos, precarizando-os, explorando-os ignobilmente, estamos conversados acerca da capacidade da espécie humana, sob uma república, em fomentar tiranias de toda a sorte logo num país tão brando quanto historicamente com todas as condições para ser sólido - este Portugal actual perdido do Portugal de outrora.

O grande paradoxo é que os políticos da República nos não salvaguardam nem defendem dos empórios abusadores. Pelo contrário, colaboram com eles, com toda a sorte de interesses ilegítimos, esvaziadores da nossa autonomia e afirmação. Cavaco, por exemplo, decorativamente caro como é, não serve de escudo nem de «basta» à deriva totalitarizante que o ignorantolas Sócrates personifica e que alastra sebosamente, lembrando o pior e mais sabujo do salazarismo, que não de Salazar. Cavaco, ele mesmo, titubeou enquanto PM na defesa firme dos nossos interesses, alinenando-os.

Talvez um Rei plebiscitado e aclamado sem dúvida olhasse melhor pela salvaguarda integral dos nossos interesses globais. Talvez protegesse e mantivesse intocáveis os cidadãos portugueses contra o que a Farsa Republicanesca hoje a 'reger-nos' e a fomentar cegueiras e obedencialismos irreflectidos, venal como é, pôde alguma vez aspirar.

Os argumentos inteligentíssimos e luminosos dos defensores fanáticos de uma organização regimental como a republicana são irrelevantes quando contrariados pela vida miserável em que afundam centenas de milhar de portugueses. Palavras e argumentos não chegam para defender-nos de homens sem escrúpulos alcandorados a representantes nossos, erros de casting, corruptos e sem credibilidade, e essas palavras e esses argumentos também não colocam sobre a nossa mesa vazia Pão, Dignidade e Justiça suficientes.

O ataque do João a características superficiais em D. Duarte Pio não faz qualquer justiça ao conhecimento e amor que ele tem do Portugal total, um com desígnio e com Têmpera, assim como dos portugueses de todos os quadrantes, incluindo os da diáspora, excluídos perpétuos do direito a uma Pátria tão Carnal no território como Espiritual na majestosa Língua nossa.

Vejo por todo o lado demasiado respeito e consideração por bolas de sebo pensantes e por figuras de altíssima fealdade moral bem abonados de rendimentos e bem avençados por blaterar ilustres dejectos: de modo nenhum nelas se inscreve D. Duarte Pio. Todos têm direito a pronunciar-se ao menos uma vez desastradamente sobre um Regime Monárquico Restaurado, muito mais adequado às vicissitudes do nosso tempo calamitoso por muito que abominem esse único Êxodo com Êxito: nada obstará a que por fim a Monarquia Portuguesa se venha a impor com absoluta delicadeza e naturalidade, numa resdescoberta pela Doxa Nacional de caminhos novos que nos salvem da actual Decadência Moral Devorista Infrene da 3.ª República, a qual capturou quase toda a Política, muita Opinião a soldo, por sua vez sequestradas ambas pelo Dinheiro que compra consciências e subverte o recto pensar.

Hoje é preciso ter imensa Fé e Esperança para recusar o óbvio: que Portugal, no caminho que segue, esteja a extinguir-se. Marcha lenta. Marcha fúnebre.