29.5.09

DEMASIADO PEQUENINO

Depois da pequena Esmeralda, a pequena Alexandra. Na pátria de Putin, a mãe biológica arreia-lhe forte e feio à frente da televisão. Na nossa, o juiz (não é um básico, é um desembargador, tenham muito medo ...) que a entregou a esta extraordinária pedagoga russa afirma que só decidiu com base em papéis e que nunca falou com ninguém. Não sei o que é pior. Só sei que é tudo demasiado pequenino.

19 comentários:

Anónimo disse...

o sentimentalismo faz caminho onde menos se espera. então o joão acha que a uma mãe que dá umas palmadas com mais força na filha lhe deve ser retirada a criança? a que propósito? se aos pais que batessem nos filhos estes lhes fossem retirados não havia sobre a terra famílias de acolhimento que chegassem. como é evidente, esta não será a mais terna e ideal das mãe, mas é a mãe dela, foda-se.
albertino

Anónimo disse...

É bom que nos vamos apercebendo destes "pequenos" detalhes da justiça e da ligeireza com que são decididos o destino e a vida de uma criança.

Miguel Neto disse...

No entanto o referido juiz permitiu-se fazer apreciações sobre a família de acolhimento tipo "maternidade serôdia". Tudo com base em papéis. Que eram com certeza diferentes ds "papéis" que suportaram a sentença da 1ª instância?

Aterrador é pensar que a "nossa justiça" não é capaz de defender os mais indefesos dos indefesos; que determina a vida de uma criança sem querer enxergar mais do que "papéis"; que desistiu de tentar ser JUSTA para se contentar em ser legalista.

Parece que os princípios pelos quais regemos a nossa vida perderam a primazia para a capacidade de escrita de um qualquer (mais ou menos obscuro) funcionário interveniente num qualquer processo judicial.

Será que a "nossa justiça" deixou de se preocupar em servir a Humanidade e passou a preocupar-se em servir apenas os seus "agentes"?

garganta funda.... disse...

A justiça portuguesa é uma vergonha.
Não vou ser hipócrita.Não tenho qualquer confiança na justiça portuguesa.

Ritinha disse...

Eu só sei que se fossem tirar todas a crianças às mães "que lhes arreiam forte e feio" não haveriam amas suficientes...

Por outro lado (não deu na TV, não existe...) não sei quantas amas arreiam forte e feio nas crianças que estão à sua guarda, e com estas parece não haver preocupações.

O melhor seria (parece dizer esse juiz desembargador), a bem da justiça, os tribunais passarem a decidir de acordo com as reportagens televisivas e não "com base em papeis".
A invenção da escrita foi um retrocesso civilizacional. Vamos é todos queimar os livros em papel e passar a ver Televisão para ficarmos todos sábios...

Anónimo disse...

E o José, da portadaloja, diz que não se importava de ser julgado por ele.

Anónimo disse...

Não devemos ter visto o mesmo documentário. Eu vi uma mãe a dar umas comuns palmadas à filha que estava a fazer uma birra. As palmadas não me pareceram dadas com força demasiada ou excessivas de qualquer modo.
E sim, a criancinha deve ser malcriada e mimada, como é típico da classe média baixa.

LUIS BARATA disse...

O Sr.Desembargador da Relação de Guimarães mais valia ter ficado calado. Ele e os adjuntos que o secundaram no acórdão, embora estes ao menos estejam de boca fechada.

Antonio Brito disse...

Será que os papeis em que o Juiz se baseou não eram os da segurança social, nomeadamente os da assistente social que pagava o salario à familia acolhedora, como é de lei, mais infantario, etc

Será ou não será um acolhimento serodio, o de tantas e tantas familias que sobrevivem unica e exclusivamente da profissão de acolher em sua casa crianças que não são suas, mas que o que ganham por elas dá para criar as suas tambem?

Incompetencia da familia acolhedora que é paga para manter vivos os laços entre a criança e a familia de sangue, e só por esse motivo e com essa garantia é que a estadia pode ser prolongada ao longo do tempo, ou seja porque há entre as partes entendimento e certeza de que mal seja possivel a criança volta a familia de sangue, se houver quebra total, vai imediatamente para instituição pra adopção.

LUSITANO disse...

Não vou comentar a decisão do juiz, uma vez que não sou jurista e não tenho acompanhado com minúcia este caso, apenas acho estranho, que aqui toda a gente entre, com ou sem passaporte, com ou sem visto, e os país adoptivos (?), preparavam-se para ir ver a menina e eis que há qualquer coisa mal (???) e não há visto para ninguém, acabando estes senhores por ficaram a ver Braga (Moscovo), por um canudo.
Isto é que me custa, isto aqui no quintal é um território devassado, mais parece uma passadeira rolante, tudo entra e tudo sai, inclusivé milhares de cidadãos russos, ucranianos, moldavos entre outros, tudo entra pela porta do cavalo, aqui aterraram, aqui começaram a trabalhar - apesar de na maior parte das vezes em situação ilegal - muitos até já tem nacionalidade portuguesa, dois cidadãos portugueses perfeitamente legais, querem viajar para a Rússia e ficam no pau da roupa.
Sim Senhor, grande país o nosso.
Por este andar toda a gente cá vem cagar e depois vão-se embora, a gente que limpe.
Este é o agradecimento da nossa hospitalidade.
Realmente, este país transformou-se no país das anedotas, uma perfeita República bananeira centro-africana.
Palavras para quê? "É um artista português".
Cumprimentos.

LUSITANO

Anónimo disse...

A mim espanta-me alguns comentários aqui postados em relação a esta matéria.A principal gravidade deste caso, em meu ver, está na decisão tomada pelo colectivo dos juizes do tribunal da relação de Guimarães, que avaliaram o caso só com os documentos processuais transitados da 1ª decisão( e é preciso ter em conta que nesta 1ª decisão decretada pelo 1º juiz do caso, previa um período de adaptação da Alexandra, deveria a criança aprender a lingua russa, a transição da mãe afectiva para a mãe biologica decorrer gradualmente,etc.) e tiveram a desfaçatez de o comparar, no pior sentido,com o caso Esmeralda.
Vejamos o que irá acontecer: após o juiz presidente, do colectivo de juizes afectos ao processo, ficar chocado com as imagens das palmadas dadas a Alexandra, de verificar as condições actuais em que esta menina vive, este juiz teve a "coragem" de mostrar a sua indignação publicamente. Agora, o conselho superior da magistratura vai analisar os comentários do juiz podendo vir a ser-lhe instaurado um processo disciplinar e pode vir a ter como sanções:a advertência não registada, a advertência registada,a suspensão, a multa, ou, dentro do quadro legal, a aposentação compulsiva.
Porquê?
Porque o conselho superior da magistratura pensam que os juizes são deuses (e não homens) a julgar e que por isso não têm margem para erros. Pois o problema é mesmo este, são homens que julgam as pessoas. Já sabemos que um juiz, como um médico por exemplo, têm uma margem muitissimo curta para o erro, mas não deixam de ser homens e também erram, pois quando há certezas absolutas, na maioria das situações, é quando surge o erro.
Nos dois casos mais mediáticos da entrega de crianças aos pais biologicos (Esmeralda e Alexandra) os supostos "deuses" erraram sempre, pois nunca salvaguardaram o INTERESSE DA CRIANÇA.
ASS:Luis Morais

Anónimo disse...

Se os senhores que trataram da menina estivessem de boa-fé, não seria necessária a intervenção da justiça.
Deviam por iniciativa própria devolver a menina á sua verdadeira mãe, logo que esta conseguiu reunir condições para receber a filha.

Admitamos que um casal, por qualquer motivo, acidente, doença ou até emigração, deixou um filho entregue, por tempo indeterminado, a alguém, familiar ou amigo que supunha ser de confiança para lhes tratar do filho, enquanto durasse o seu impedimento.
Como pode alguém, nestas circunstâncias, pretender subtrair o filho aos legítimos pais quando estes puderam e pretenderam continuar a cuidar dele?
Cuidar duma criança com o fito de a subtrair aos pais. Que beneméritos. Grande favor!

Anónimo disse...

E há ainda a pequena Maddie, a pequena não me lembro o nome, e mais uns tantos pequenos que ou desapareceram ou já não eram assim tão pequenos.

Anónimo disse...

O tal desembargador devia ser "desembargado" para a Sibéria, por cauda das tosses.

Envergonha o país.

Anónimo disse...

Então vocês não sabem que os tribunais de Relação não "ouvem" as partes, limitam-se a ler o processo que já teve uma decisão numa instância inferior, vasculham as fontes de direito relacionadas e confirmam ou contrariam a decisão já tomada? Não se trata de novo julgamento. Muitas vezes, por preguiça, confirma-se a decisão anterior se não houver erro muito evidente...

PC

Lura do Grilo disse...

Pois a mãe, ou diria quem a deu à luz, bebia. Passados 6 anos voltou e não parece ter nada mudado de vida: antes pelo contrário.

Como prémio levou a filha que tinha abandonado e ainda se queixa de quem lha criou.

Há progenitores que não são pais... são uma tragédia e arrastam com eles quem deram à luz. O Juiz diz que não julgaria assim sobre a sua filha já que a filha não é Russa. Portanto não interessa o bem estar da criança mas apenas a sua nacionalidade.

FILHO DE PUTIN disse...

Arreia e arreia bem
Escorraça-lhe as lusas mimalhices.

Enrija a cahopa.

Um safanão a tempo: Its the "russian way" :-)

Anónimo disse...

Azar da menina ser portuguesa/russa. Se fosse só portuguesa, era entregue à mãe biológica, era maltratada, vivia num pardieiro mas não se falava mais nisso, excepto quando morresse da pancada ou de fome. Já aconteceu várias vezes, ou não se lembram? Difícil, esta justiça.

Mani Pulite disse...

A criança só foi entregue à mãe porque é russa.Se fosse Ucraniana ou do Burundi ainda estaria cá.A velha Rússia imperial mostrou que ainda é uma potência.Pelo menos em relação a Estados em adiantado estado de putrefacção como Portugal.