«Que fazer, como sucede hoje a Cavaco, quando não há maioria absoluta na Assembleia e o primeiro-ministro persiste numa direcção que ele considera desastrosa? Para dissolver, Cavaco precisava de duas certezas. Primeira, que os portugueses não lhe devolvessem um Parlamento igual a este. Segunda, que os portugueses não o desautorizassem, reforçando Sócrates. Ora, no presente estado do PSD, nada lhe garante nem uma coisa, nem outra. E, como percebe a evidência (que, de resto, toda a gente percebe), Cavaco não vai dissolver. Ao contrário do que por aí anda a declarar, o que lhe convém hoje é "alimentar a polémica com Sócrates". Diariamente, continuamente, sem ambiguidade ou fraqueza. Na ausência de uma oposição, tem ele de substituir a oposição. Portugal inteiro espera isso dele. E, depois, quando Sócrates cair, como cairá, na execração geral e ele, Cavaco, reeleito, reentrar em Belém, se tratará de pôr a casa em ordem.»
Vasco Pulido Valente, Público
Vasco Pulido Valente, Público
10 comentários:
Cavaco já tem espaço para fazer tudo o que é preciso.
Mas é bom que espere um pouco mais pelo afundanço económico.
Já há farmácias com medicamentos em espera, por via das transferências a destempo...
Chegará ao trigo e ao gasóleo.
Aí é só abrir a porta...
O comentário de VPV é bastante esclarecedor. Neste momento, tudo corre de feição ao pinóquio, muito por culpa de uma oposição que apenas se preocupa em guerrear-se,principalmente o maior partido da oposição. Sem soluções à vista, e com custos brutais para os cofres do estado, uma dissolução do parlamento é o que menos interessa neste momento. Por isso o "clown" que nos (des)governa, continua impávido e sereno a desafiar toda a gente, sobretudo o chefe de estado.
Cps
S. Guimarães
Uma intervensão devastadora de VPV.
Vale a pena compará-la com esta .
Nota:
Leva um erro para aquele tolinho que se preocupa em procurá-los. Assim já está encontrado.
Falta a outra hipótese, a possibilidade de se exigir agora que este governo limpe o que fez.
Poderá existir agora uma vontade de obrigar este governo a resolver as asneiras, porque se sabe que novos governos têm por hábito culpar os anteriores. Nesse caso Sócrates poderia ver-se a ganhar novamente as eleições - algo que não penso que queira...
O povo português não é estúpido. Sabe que quem manda em Portugal não são os portugueses, são os Bancos Credores da Dívida Portuguesa (BCDP). São os BCDP que põem e dispõem políticos, altos magistrados judiciais e altos cargos militares.
Era bom que Socras saísse rápido, só por causa da situação inestética que Portugal apresenta na gestão da coisa pública. É grande desprestígio para quem olha de fora.
Quando ele sair será substituído por outro que vai fazer a mesma política, que é como quem diz que, se a Nelita F Leite quiser governar, tem que ter jogo de cintura suficiente para dar o dito por não dito e a seguir governar à là Sócrates, para os BCDP. Não sejamos ingénuos!
Por isso, gente incrédula, acreditem que os BCDP não punham aqui o seu dinheirinho se o TGV não fosse viável economicamente, até porque eles têm nos óculos umas lentes muito melhores que as nossas, as da raia miúda, vêem muito mais longe. Se calhar o petróleo vai encarecer muito e por isso o preço da EasyJet vai ultrapassar o dos comboios de alta velocidade.
E vamos aguentar isto estes meses todos, com o ambiente social e económico a cair aos bocados, acelerado pela "comunicação" que gosta é destes becos (aparentemente) sem saída, em que todos são maus e culpados. Acham estes parolos, os da "comunicação" que é assim que vão longe. Devem pensar que os querem nas "comunicações" espanhola ou americana...
Vai ter que ser, para que o dito cujo, cujo nome não se deve pronunciar, ir para o buraco de vez e sem direito a qualquer tacho na ONU ou na UE. Ele bem merece morrer de fome, que não morre porque deve ter acumulado uns cobres nuns offshore (a fripòr existe, assim como outros projectos igualmente recompensadores...)
PC
É grande, e de há muito, a minha admiração por Vasco Pulido Valente.
Não deixo porém de assinalar que as actividades preditivas são muito arriscadas e há-as para todos os gostos. Sejam as relativas às alterações climáticas sejam as que respeitam à política da paróquia.
Cavaco só está interessado em estar no poder e pronto. Fará tudo que estiver ao seu alcance para acabar com qualquer concorrência como o fez desde que chegou á politica. Governou 10 anos com milhões de contos a entrar todos os dias e não conseguiu fazer chegar a auto-estrada ao Algarve. O défice deve ter alguma coisa com reformar funcionários com 50 anos en troca de votos. Criou os Dias Loureiros e outros que vão enriquecendo e acabando com a riqueza do país. Já acabou com o PSD, mas parece que ainda tem muitos adeptos. Como a incompetência tambem é um designio nacional, irá ser reeleito decerto. Pensava que o VPV ainda pudesse dizer alguma coisa nova ou inteligente, mas não vale a pena.
É de bolo e queima
Cavaco saiu há 14 anos 14 do governo e ainda há quem morda...
Naquele tempo havia QCA e agora há QREN (As anedotas socráticas em 3 anos aplicaram 1% quando deviam ter utilizado 40%).
Naquele tempo a Constituição limitava o Governo, agora não há querela constitucional (a não ser com a magna "question" gay).
Naquele tempo para ir de Lisboa ao Porto, reserva lá 4 horas by car, Cavaco aos sair deixou a ligação AEstrada feita.
Naquele tempo a palavra de ordem era menos Estado e mais Sociedade, hoje é Estado, Estado, Estado.
Hoje por cada Loureiro do passado há 5 varas, 1 lopes-da-mota, freeports, covas da beira, licenciaturas week-end,primos-tios, falências às centenas, emigração de novo...
Pequenas diferenças...
O que o País precisa é de mais Cavaco e menos socialismo.
Cavaco não é diferente ideológicamente de Sócrates. Todos tiveram e têm a mesma receita: Mais Estado.
Essa tem sido a simples História do nosso País nos últimos 30 anos.
Por isso esperar que Cavaco mude as suas pintas é simplesmente
sonhar acordado.
A verdade é simplesmente uma:
Portugal não produz o suficiente para viver como vive. Logo endividou-se somando a ajuda dos subsídios. Logo o País é económicamente artificial, muitos empregos dependem da continuação do endividamento e pior que o emprego, muitas rotinas e alianças.
Enquanto houver alguém disposto a emprestar podemos continuar esse jogo...
Como é óbvio e entra na CEE/UE foi um falhanço, permitiu-nos continuar adolescentes.
Se estivessemos como estamos hoje sem estar na UE queria ver o que os apoiantes da União não diriam...
lucklucky
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