Chego a casa, olho para a televisão e vejo o sr. César. O sr. César e a mulher de César, ambos nas ruas dos Açores em campanha. Os acólitos de César agitam bandeiras do PS e da Região Autónoma. Nem uma nacional. Depois César concedeu umas palavrinhas aos jornalistas. Disse que o do PSD era "impreparado" e que não podia governar. Também disse que sabia mais inglês do que o outro. César é, não sei se sabem, uma elite da nossa democracia. Os nossos papagaios continentais, sempre tão atentos a Jardim, não prestam a devida atenção a esta insuflada criatura. No domingo, ele e a sua senhora continuarão donos das ilhas, indiferentes ao que se passa em redor como se eles fossem o oceano. Os açorianos estão literalmente rodeados de César por todos os lados. Que lhes faça bom proveito.
9 comentários:
Caro João Gonçalves
Figuras destas são o resultado do poder local!
Aqui na Bélgica há um César/JArdim em cada município. Até os bilhetes de identidade são tratados a nível local.
Resultado: um país do tamanho do Alentejo, dividido e à beira da ruptura - só não o faz pela complexidade e custos inerentesà operação.
É por isso que nem Jardim nem César me agradam. São farinha do mesmo saco : proto-ditadorezecos
Cumprimentos
Falta encontrar um Brutus...
Tendo vivido 11 anos nos Açores, tendo votado lá e tendo vivido de 89 a 96 sob o domínio lapuz e boçal do PSD-A, foi como se fosse uma lufada de ar fresco que entrasse pelas ilhas aquando do reviralho. Funcionou bem por 3 anos - depois, confirmou-se a velha máxima que o poder absoluto corrompe absolutamente. Os políticos mais humanistas foram afastados para prateleiras douradas, alguns até para a nossa AR e o que ficou foi o restolho daninho da mediocridade. Afinal, nada os distingue do velho PSD-A que afastaram do poder.
Na campanha do César não há bandeiras portuguesas.
Só o azul e branco dos Açores.
Os independentistas refugiaram-se todos à volta do Sr.César.
Convido à leitura da biografia oficial de Carlos César aqui:
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http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/pgra/Biografia.htm
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Notar, por favor, aos quantos anos começou a ser deputado e o trajecto até ser presidente do governo açoriano.
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Esta gente vive numa redoma, numa estufa, num condomínio especial, afastados da vida real, afastados das necessidades e dificuldades da economia real das pessoas reais que trabalham onde se cria riqueza que depois é sacada por estes normandos aos desgraçados saxões impostados.
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Qual é a escola de vida destes senhores?
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Em Fevereiro passado o Diário Económico trazia esta pérola:
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"No fim de semana, foi a vez do presidente do Governo regional dos Açores exigir, numa entrevista televisiva, que lhe explicassem o que se pretende com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, um conceito que considera deslocado, uma vez que a Saúde é algo para que terá sempre de haver dinheiro."
Este quer ser o Alberto João Jardim dos Açores. Conta para isso com o auxílio deste governo nacional do PS.
Mas falta-lhe muito para ser o AJJ. Não estou a ver o sr. César a criticar abertamente um líder do PS, precisa destes para se manter à tona. Se não, não o ajudam na campanha como Sócrates fez. Este nem à Madeira foi ajudar o seu candidato, não quer ser visto com alguém que perde, tem reputação a manter. Estão bem um para o outro.
É por causa de Cásares e Jardins que sou anti.regionalista.com.
Mas convenhamos, ele pode não falar contra o PS Nacional, mas também não nos chama de colonialistas, cubanos, e outros mimos.
Será assim tão essencial em eleições regionais existirem bandeiras nacionais? Ou será que não é antes paranóia? Ou será que, quem vive em territórios não-regionalizados, tem a forte limitação da sua inexperiência, pelo menos enquanto cidadãos, de sentir e viver numa região com governo e símbolos próprios?
No dia em que Sócrates, Ferreira Leite, Portas e outros que tais agitarem a bandeira regional na campanha para as Legislativas Nacionais...
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