30.3.09

LER

8 comentários:

Anónimo disse...

«deve existir um algures subtil para explicar que nos casos de corrupção os corrompidos e corruptores tenham de autorizar a gravação das conversas que os incriminam»

Ou serem sujeitos a uma pergunta do juiz:
a voz que se ouve nesta gravação, é sua?
Vale, que é para isso que suas excelências são doutores juízes.
Queixam-se há muitos anos de que são mal pagos.
Como se dizia em tempos noutra corporação: não me pagam para pensar.
Que chatice, haver criminosos para julgar.
JB

Anónimo disse...

Last week Portugal produced no big spot news ; it hadn't for 20 years ; it might not for 20 years more if the God he strove so hard to serve spared Antonio de Oliveira Salazar. For Salazar distrusted news. He suppressed and distorted it for the good of the Portuguese who, he believed, were unfit for facts. After 20 years of Salazar, the dean of Europe's dictators, Portugal was a melancholy land of impoverished, confused and frightened people. Even Salazar, that model of rectitude, showed signs of succumbing to a law of politics discovered by Lord Acton: "Power tends to corrupt; absolute power corrupts ab solutely."

The real news from Portugal was that another European dictatorship had failed, though it might hang on for years. In the way of dictatorships, it had stunned and shackled the wholesome forces that might have replaced it. Not only was Portugal at a new low point, it showed every sign of changing for the worse, perhaps slowly, perhaps by violent upheaval.

Time, 1946

Falem com o meu primo! disse...

Só pergunto:

Onde estão todos os velhacos socialistas,do BE e nomeadamente a sra Estrela que se esforçaram tanto por encher folhas de papel de jornal com o défice democrático na Madeira?

SisinWah disse...

5. Totalmente certo. Assim como a leviandade com que se tratam dados de identificação dos cidadãos como o número de contribuinte e de BI. É certamente fruto da nossa infantilidade (mais do que infância) tecnológica mas também consequência de, por cá, se fazerem as coisas à balda, sem procurar aprender com quem as faz há muito mais tempo. Qualquer sistema automatizado em Portugal indexa o cliente pelo número de contribuinte, desde as companhias de comunicações e utilidades ao supermercado.
Ora, hoje em dia, o furto de identidade é um problema sério e crescente. Nos E.U.A. a Social Security Administration aconselha os cidadãos a ter o máximo de cuidado com o seu número de Social Security/Tax Id. Afinal, poucas entidades não governamentais deveriam ou precisam de saber esse número: o empregador, o banco, a companhia de seguros, pouco mais.
Nem sequer se justifica ser dado em pequenas transacções que possam ser deduzidas nos impostos pois a legitimidade dessas deduções só pode ser verificada em auditoria.

Renato P M Ribeiro disse...

O azar são os ingleses!
AAH! Se os ingleses não escarafunchassem nisto, tudo isto continuaria manso!

[Mas ... depois destas ondas.. tudo vai continuar manso, ou não?]

Agora,
justiça em Portugal?!?
cidadania em Portugal?!?
governo do povo e para o povo em Portugal?!?
escrutínio dos actores políticos em Portugal?!?
igualdade de oportunidades em Portugal?!?
possibilidade de escolha em Portugal?!?
"súbditos da lei", os Portugueses?!?

Afinal, o que é Portugal?!!

Ritinha disse...

Fantástico!
Excelente resumo!
Um historiador do Séc.XXII pega nestes 6 pontos do post e tem um retrato perfeitíssimo da "época" que atravessamos!

joshua disse...

A propósito do que escreve JPP da RTP, eu, que oiço por horas a Antena 2, fico siderado com o tom reverencial e 'reverencioso' com que as notícias são lidas pela venerável voz adiantada feminina. Notícias que apenas respeitam ao PM de um modo geral, em dias de Treta, como hoje, onde a própria Ministra da Educação meteu água com considerandos sobre o emprego dos trolhas nas escolas e a sua quantidade em contínuo e não sei quê.

Têm elas, essas notícias, um tom religioso, deprimente e abandonado, revisitável lendo a triste perspectivação de Portugal a partir de Inglaterra, bem patente na transcrição anónima de 1946, deliciosa e deprimente.

Clássica e intemporal ao caso português.

Anónimo disse...

Boa colectânea!

Destaco as deliciosas prosas dos 3 primeiros, sem desprimor para os restantes. Fazendo um esforço, o Mário Crespo e a Helena Matos, por mais sintéticos, chegam-se à frente. Talvez por deformação de proximidade de opinião sobre a justiça "cá da terra" e pelo genial título, "the Oscar goes to"... Helena Matos!

Quanto ao Mário Crespo, um dia destes vamos ter que nos quotizar para lhe garantir segurança privada...

PC