29.3.09

QUEM BEBE PELO GARGALO COMPRA A GARRAFA


O dr. Portas pretende que a justiça vá até "ao fundo" no "caso Freeport". Jerónimo quer que a verdade "seja apurada". A dra. Manuela fala em "sucessão" de factos que torna "premente" o esclarecimento do tema. E Louçã também deve ter dito qualquer coisa. Isto significa que, à medida que o ano eleitoral avança, o "caso Freeport" também avança pelo ano eleitoral adentro na proporção inversa à velocidade com que avança na justiça. Não me parece avisado. O que a oposição deve fazer é julgar politicamente o governo e o seu chefe. Levar o "caso" para dentro da política é seguir o filão do congresso albanês do PS, ou seja, dar razões a Sócrates para se fazer de coitadinho, secundarizando o fracasso da primeira legislatura socialista em maioria absoluta. Acresce que, se no "caso Freeport" Sócrates é inocente até prova em contrário, já no seu desempenho como primeiro-ministro há muito que o deixou de ser. Ao centralizar na sua extraordinária pessoa o partido, o governo e a propaganda, Sócrates aceitou beber o cálice até ao fim. É isso que a oposição lhe tem de exigir perante um país mais devastado, mais deprimido e mais pobre do que há quatro anos. Quem bebe pelo gargalo compra a garrafa.

14 comentários:

caozito disse...

Se o 'caso' "fripór" já "entrou" na Justiça ... foi pela porta do fundo.

Anónimo disse...

Totalmente de acordo consigo, João.Este pedido unânime de celeridade também me cheira a esturro.Veja o que disse nos últimos dias o Dr.João Palma,recém eleito Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.

Anónimo disse...

Preciso é acabar com o Sócrates de qualquer maneira, não é Senhor Jurista? Se não conseguem pegar-lhe de caras, já se sugere que o façam de cernelha. Mais uns dias, e já sugerem que seja à paulada ou pior. É a maior campanha de ódio que Portugal já viu.

João Gonçalves disse...

Não, caro e corajoso anónimo. Vê-se que precisa urgentemente das "novas oportunidades" inventadas pelo seu líder. E não é ódio. É democracia e liberdade de expressão. Veja lá se aprende de uma vez.

garganta funda.... disse...

Este caso "freeport" está bem armadilhado.
Infelizmente os líderes das diversas oposições estão a "judicializar" a actuação politica do primeiro-ministro.

Ora, esses líderes devem concentrar a sua acção politica no desempenho politico do primeiro-ministro e do governo em geral.

Uma legislatura perdida, cujas maiores "reformas" foram as que foram concedidas à nomenlklatura politico-empresarial deste regimen.
Uma economia destroçada.Desemprego a subir.Corrupção e fraudes financeiras ao mais alto nível.Aborto.Censura.Intervenção anacrónica do estado na economia.Aumento da criminalidade.Aumento da dívida pública e do endividamento externo.etc.

Em resumo: uma governação medíocre protogonizada por uma geração rasca e incompetente.

Estamos há cerca duma década a gastar as poupanças das gerações anteriores e paralelamente já estamos a gastar por conta das gerações vindouras.

Um desastre anunciado.

fado alexandrino. disse...

Como este post está perfeito, nem mais nem menos vou, sem sua licença, replicá-lo no meu blog.

joserui disse...

Tem sido quase tão interessante observar a oposição como o PS, nesta inacreditável sucessão de casos envolvendo o primeiro ministro de Portugal. O senhor presidente da república também não tem nada a dizer, como não teve sobre Dias Loureiro, mesmo depois da sessão de falta de memória selectiva e radical. Demasiado sonso para o meu gosto.
O anónimo deve ser ceguinho e não se trata só de democracia e liberdade de expressão. Não foi a democracia que assinou uns projectos manhosos, falsificou documentos designadamente na assembleia da república, forjou admirável CV, comprou apartamentos baratos, não declarou rendimentos, fez exames ao Domingo, etc., etc., etc., mais o Freeport. Nem é a liberdade de expressão que impede uma explicação cabal, que os cidadãos merecem e não existe para nenhum dos casos até à data.
É verdade que o senhor primeiro ministro é inocente até prova em contrário, aos olhos da justiça portuguesa, onde tudo o que parece nunca é. Mas se em política o que parece é, não só quando dá jeito, não só quando se contratam figurantes, não sei qual é a dúvida da oposição, embora entenda alguma estratégia, muito errada, na minha opinião, por princípio. -- JRF

Anónimo disse...

O Dr Portas voluntáriamente não quer tirar as ilações políticas do caso freeport.Pode alguem lembrar-se de trazer o caso Moderna para a política. o Diabo pode tece-las....


Infelizmente os nossos políticos não tem uma gota de sentido de Estado. Perante esta vergonha do Primeiro ministro de Portugal expor o País ao Mundo com este espectáculo degradante,os políticos portugueses remetem o assunto para os Tribunais!!! isto é demais

NÃO SABEM O QUE É O ESTADO QUANTO MAIS O SENTIDO DELE..........


VENHAM OS ESPANHOIS, VENHAM OS INGLESES VENHA QUAIQUER UM QUE NOS GOVERNE.


ZÉ POVINHO

Anónimo disse...

Sabe V.Exa. porque há anónimos nas intervenções? Porque não são fiáveis certos donos de blogs, cuja prosa de baba a escorrer ódio e veneno dá para perceber do que são capazes.

João Gonçalves disse...

O anónimo do V. Exa insiste. Talvez seja ao contrário. Por saberem do que são capazes, é que anónimos como V. Exa, se calhar, são anónimos. Eu limito-me a escrever o que penso assinando em baixo. E com o meu nome e não com uma invenção toponímica qualquer.

joshua disse...

Não há ódio de espécie nenhuma pelo sr. Sócrates, mesmo quando o seu desprezo pela inteligência das pessoas e falta de semancol escandaliza. O que há é apenas um sentido apurado de indignação perante um equívoco grotesco e grosseiro que constituiu a admissão de tal caracter perigosíssimo nas mais altas responsabilidades de Estado. Os portugueses mereciam bem melhor que um habilidoso do Marketing pelo Marketing; um pressionador-chantagista nato sobre jornalistas, sobre redacções. Os portugueses mereciam bem mais e melhor que um mero 'engenheiro de propaganda massiva e caríssima, da Imagem Oca, do sound byte pífio, opostos à acção efectiva e ao sentido executivo e diligente de ser governo.

Já o caracterizei muitas como um populista negro porque anuncia glamorosamenet e não faz, promete com pomba luzes, foguetes e não cumpre, anuncia despudoradamente mentindo para fazer o oposto lá, onde o populista convencional seduz porque ao anúncio corresponde uma efectivação atestadora qualquer.

Obviamente que há coiros dormentes, sem sensibilidade para se indignarem com o regime geral da mentira vigente e prefere mascarar esta lucidez preocupada e livre com o livre curso do ódio. Assim pensavam os defensores o cretino Hitler, do cretino Fidel, do cretino Mussolini. Quem vê, raciocina e denuncia, odeia.

Lamentável país em lamentável seguidismo crédulo e acrítico dos anonimatos medrosos e dos pescoços dobrados, para que novo fosso aclamativo do grande flop Sócrates te diriges e por quanto tempo te afundarás no esterco de delegar democracia numa grisalha cabeça volutarista, despreziva do estudo, despreziva de quem sabe e com um curriculo repleto dos mais abjectos e medíocres Podres?!

Lanceiro disse...

Acabe-se com estes politicos da treta e vão ver como isto se endireita de vez!

fado alexandrino. disse...

Sabe V.Exa. porque há anónimos nas intervenções?

Já expliquei dezenas de vezes porque é que sou anónimo (enfim, não muito).
O meu apelido é muito raro, a mim já ninguém me pode incomodar, mas podem (pelas minhas ideias) incomodar os meus filhos.
Acho que é razão suficiente.

Ritinha disse...

Triste fado.