29.4.11

UM PROGRAMA


«A TVI lá fez mais uma entrevista a Sócrates, ajeitando-se à agenda do líder do PS. Como se comprovou no final, a entrevista foi, para o país, totalmente inútil. Zero de conteúdo. Quaisquer que sejam as perguntas, ele repete à exaustão as mesmas cinco frases memorizadas. Hábil a intimidar entrevistadores, ignora-lhes as perguntas, debitando o menu decorado e queimando tempo.
Judite Sousa não colocou diversas perguntas importantes e não obteve respostas às que colocou. Resultado: um festival de propaganda pessoal, mais um em poucas semanas. Sócrates só falou de si mesmo — o seu tema preferido — ou repetiu as cinco frases combinadas lá na Central de Propaganda. E, ajudado pela entrevistadora, alimentou a agora habitual confusão total entre primeiro-ministro e secretário-geral do PS.
A estranha última pergunta de Sousa sobre a vida privada de Sócrates foi colocada ao secretário-geral do PS na sede do governo de Portugal. Sousa apresentou Sócrates como “divorciado” e “com dois filhos” e perguntou-lhe se “tenciona fazer campanha eleitoral com a família”. Recorde-se que nas presidenciais apareceram familiares de todos os candidatos nas campanhas e nenhum jornalista, nem Sousa, os interrogou sobre isso.
A pergunta permitiu a Sócrates fazer exactamente o que disse que não vai fazer: usar os filhos. Mencionou duas vezes o “amor aos meus filhos”. Disse também “sempre os procurei proteger”. Ora, na campanha de 2009, em entrevista à SIC, Sócrates fez “referências premeditadas” aos filhos (como lhes chamou então um dirigente da agência de comunicação LPM). Também a sua vida privada foi usada em ocasiões escolhidas a dedo ao longo dos anos. Mais de uma vez as revistas cor-de-rosa souberam com antecipação onde ele estaria em momentos “privados” com uma alegada namorada; e numa entrevista ao Diário de Notícias na campanha de 2009 ele falou da alegada namorada (i, 21.09.09).
Na acção mediática de Sócrates não há nada, mas rigorosamente nada, que surja ao acaso. As “respostas” em entrevistas são frases decoradas. Toda a sua agenda e a do Estado que comanda estão planeadas para obter ou evitar efeitos mediáticos. Por exemplo, a correcção para baixo do défice foi divulgada pelo INE no sábado de Páscoa, com o país político ausente. A gestão de danos é brilhante: a Central obliterou Teixeira dos Santos dos media quando este, a bem de Portugal, traiu Sócrates e falou da necessidade da ajuda externa.
A Central vai debitando diariamente pequenos “casos” para a imprensa: através de dirigentes e outras figuras do PS (as ordinarices de Lello não são “arreliadoras deficiências tecnológicas” mas declarações públicas calculadas, cabendo a Lello o papel de abandalhar os políticos em geral); ou através de “fontes”, ou nem isso, como nas campanhas negras na Internet. Essa acção permanente da Central, 24 horas por dia, desgasta os adversários, em especial o principal partido da oposição, sem a mínima preparação para enfrentar uma organização profissionalíssima, que hoje atingiu a dimensão de um embrião de polícia política de informações, agindo exclusivamente através dos media e Internet, directamente ou através de apaniguados ou ingénuos.
O desgaste dos adversários ainda está no princípio. Dado que Cavaco Silva e os ex-presidentes pediram uma campanha eleitoral esclarecedora, caberá à Central de Propaganda oculta e semi-secreta ao serviço do PS encher os media e a blogosfera de “casos”, invenções, mentiras, factóides descontextualizados, etc. Esta Central tem acesso a informações, por métodos quase científicos de busca, selecção e organização de informações, a que os jornalistas não têm ou não podem ter acesso, ou nem sonham que existem. A Central conhece o passado de todos quantos agem no espaço público e ousam desagradar ao PS-Governo. A Internet é usada para divulgar elementos “comprometedores” da sua vida. Fernando Nobre e família foram alvo desses ataques mal ele se candidatou pelo PSD. Nos EUA tem crescido igual tipo de desinformação, como a campanha negra por republicanos mais primários de “dúvidas” acerca da nacionalidade de Obama.
A brutalidade da desinformação e das campanhas negras atinge não só os adversários políticos, mas todos os que exerçam livremente a liberdade de expressão. Como o PS-Governo vive exclusivamente dos media, a Central visa em especial os comentadores e jornalistas que considere fazerem algo negativo para os seus interesses.
A jornalista Sofia Branco foi recentemente demitida de editora na agência LUSA por se ter recusado, com critérios editoriais, a pôr em linha uma “notícia” oriunda da Central de Propaganda. Recorde-se que o director de Informação da LUSA foi uma escolha pessoal de Sócrates e que o seu administrador principal é amigo pessoal de Sócrates. A demissão teve carácter de exemplo, pois visa recordar a todos os jornalistas, começando pelos da LUSA, que “quem se mete com o PS leva”.
O caso revela a Central em acção. Uma correspondente da LUSA recolheu uma declaração dum assessor do primeiro-ministro que este atribuiu a Sócrates. A editora da LUSA não quis divulgar declarações dum assessor como se fossem de Sócrates (dado que não eram de Sócrates!); disponibilizou-se para ouvi-las do próprio, mas o assessor negou a hipótese. A editora rejeitou a “notícia”. Acontece que a Central precisava que a “notícia” fosse vomitada para os media naquele dia; por isso, a chefia da LUSA soube logo do caso e colocou a “notícia” em linha; a editora foi liminarmente demitida, retaliação que já seria de dureza totalmente desajustada ao normal funcionamento de uma redacção se a editora tivesse procedido mal. No dia seguinte, Sócrates disse a tal frase que fora dita pelo assessor: é o habitual processo de inculcação pela repetição.
Sofia Branco foi demitida por ser jornalista. Se houve “quebra de confiança”, como a direcção socretista da LUSA invocou, não foi no profissionalismo da editora, mas sim quebra de confiança da Central de Propaganda numa jornalista que agiu como jornalista. “Hoje, 27 anos depois do 25 de Abril, faz-se jornalismo com medo”, disse Sofia Branco ao P2 (25.04).
A pressão infernal sobre os jornalistas deu resultados extraordinários nestes seis anos. Somada a campanhas negras e cumplicidades no seio dos media, permitiu a Sócrates ganhar em 2009 e está a permitir-lhe recuperar nas sondagens em 2011.
A estratégia da Central para esta campanha já está delineada. Um dos elementos tem passado despercebido: através de pessoas como Lello e de comentários anónimos produzidos pela Central e despejados na blogosfera e caixas de comentários, repete-se a ideia de que os políticos são todos iguais, todos corruptos, nem vale a pena ir votar. A Central sabe que a percentagem do PS pode subir se a abstenção crescer. O paradoxo de um partido fomentar subrepticiamente a abstenção explica-se: como os eleitores mais livres votariam mais facilmente na oposição, neutralizá-los diminui os votos nos outros e aumenta a proporção relativa do núcleo duro dos eleitores do PS.
Outro elemento que favorecerá essa estratégia será a habitual forma de as televisões cobrirem as campanhas na estrada. Apesar da crise no país, é provável que a cobertura televisiva se concentre, como habitualmente, nos almoços da “carne assada”, nas declarações da velhota na rua, do comerciante à porta, do militante de reduzida inteligência, no “isto está uma loucura” do jornalista empurrado por jornalistas, etc. Enfim, fait-divers sem conteúdo político e sem relação com o discurso dos responsáveis partidários.
Se as televisões juntarem às habituais reportagens da “carne assada” e da velha que grita na rua alguma cobertura aos “casos” emanados da Central, estará lançada a confusão que serve um único entre todos os partidos: o PS-Governo. Tudo o que não esclareça políticas, divirja para os “casos” do dia e para o diz-que-disse, em que a Central tem mestria absoluta, servirá para impedir um esclarecimento mínimo (desfavorável a quem governou) e para induzir descontentes a absterem-se. Se fizerem uma cobertura das campanhas como a de 2009, as televisões estarão a colaborar, não indirecta, mas directamente com a governação dos últimos anos e com a aplicação concreta, diária, da estratégia de desinformação e propaganda. »

Eduardo Cintra Torres, Público

18 comentários:

Anónimo disse...

Como sabemos que 'tudo isto' já se passa e vai passar, então podemos estar certos dos brilhantes resultados das eleições. E, ainda por cima, parece também certo que pinto-de-sousa jamais 'sairá' caso perca para Passos - pois, se isso acontecer, a margem será sempre pequena e lá o teremos mentiroso, ordinário, delinquente, gritador e peralvilho, a impor a sua criminosa e sebácea presença na AR; sabotando tudo o que estiver ao seu alcance. Pensar que meninos superficiais como Seguro ou paus-mandados como Assis venham a liderar o PS é apenas uma ingenuidade biberónica; pelo menos nos próximos anos. Entretanto o PSD continua a sua dança demoníaca e intravável para o abismo da inutilidade - produzindo diariamente afirmações e atitudes desconexas e autofágicas. Depois disto tudo vão precisar de talas articuladas, muletas, e botinhas ortopédicas. E nós, de uma esquina estratégica para suplicar esmola.

Ass.: Besta Imunda

Hermitage disse...

CORRER COM O ARTISTA

O artista pode ter tudo isto.

Pode ter a central a funcionar au point.

Pode trazer lellos e silvas, pode enganar muitos, algumas vezes, poucos muitas vezes, mas todos, sempre, vai lá vai...

Em todo o caso, do outro lado falta gente com dimensão.

Tivesse PPC dimensão e olhasse ao longe e a esta hora estava sentado com Portas e outra gente, capaz de assinar um papel de entendimento, com consequências mediatas ou imediatas.

Tivesse PPC dimensão e olhasse à volta e mandava calar os silvas e pereiras da são caetano, deslumbrados com a expectativa do day after...

Tudo cheira ainda muito a barroso e santana e sus muchachos e fazem adivinhar um PSD, sem verve e sem o clique de superação.

Quanto ao artista, já não dá para comentar, o gajo mete dó e quem o entrevista está na comunicação social, como podia estar a aviar enciclopédias e a bater à porta em Marvila...

Madamas de plástico a quem a carteira de jornalista devia ser retirada e trocada pelo cartão do PS.

Portugal não é isto.

Parece, mas não é.

Basta correr com o artista e a poluição e o ar podre, renova-se...

Anónimo disse...

O fulano inaugura tratamento de esgotos.

Já que não pode inaugurar aeroportos, pontes, tgv's, fica-se pelo esgoto.

O rapaz está a ficar clarividente, quanto ao que tem produzido: esgoto!!!

JOÃO SANTOS disse...

E alguém reparou na recente entrevista de António Barreto a uma das locutoras do regime, a mais oficial Fátima Campos Ferreira, em que o entrevistado afirma que têm acontecido atentados à liberdade de expressão, e a entrevistadora, eficaz e prontamente, fez questão de mudar de assunto, sem qualquer insistência e interesse numa afirmação tão grave quanto aquela? Ninguém reparou, já ninguém se importa ou anda tudo estupidamente anestesiado?

Carlos Dias Nunes disse...

Excelente texto de Eduardo Cintra Torres, como é costume.
A propósito, ocorre-me também anotar que a cruzada de Pacheco Pereira contra o PSD continua.
Desde ontem que a Emissora Nacional, agora sob outra designação, vinha a anunciar a entrevista com "uma das mais influentes figuras do PSD". Hoje de manhã, todas as promoções da coisa se centravam exclusivamente nos ataques de Pacheco a Passos Coelho e ao seu partido, nenhuma referência sendo feita às observações acerca do Sócrates e do PS.
Pacheco tem repetidamente declarado que não será deputado na próxima legislatura porque não quer, quando é sabido que não recebeu convite para o efeito.
Qualquer pessoal normal, com as reservas que Pacheco tem, ao longo dos anos, manifestado em relação ao seu próprio partido, há muito teria saído. Mas não! Ele continua, desde logo para gáudio dos Costas, dos Lobos Xavier e dos socretinistas em geral, a tentar minar o PSD por dentro.
Será que o PSD, ultrapassada esta fase da nossa vida política, não vai encarar a sério a solução deste caso, por medo do alarido comunicacional?

Anónimo disse...

Então e aquele livrito asqueroso «O Menino de Ouro do PS», será que a entrvistadora loura nunca leu? Eu folheei e fiquei esclarecido.

amendes disse...

E esta sinistra "Central" conta com a preciosa ajuda de tres "submarinos" avençados:

Nuno Morais Sarmento
Pedro santana Lopes
Jose Pacheco Pereira

Estes sim...causam "baixas" e bastantes danos colatorais!

Lionheart disse...

Só um regime completamente apodrecido podia produzir e manter durante tanto tempo (veremos quanto mais...) um "fenómeno" Sócrates. Se o PS fosse um partido de bem, tinha a obrigação de se ver livre desta figura sinistra. Mas não. Ainda o apoia com mais força depois de uma das piores governações na História de Portugal. Que valores têm os socialistas? Será que são indiferentes ao que fizeram ao país? Não sei o que passa na cabeça desta gente.

Portugal tem uma república mediocre, com "senadores" como Mário Soares. Em qualquer país normal, tais figuras zelam pela integridade do regime e bom nome das instituições. Um Mário Soares deveria ser o primeiro a apelar ao PS que se renovasse, mas foi sempre um apoiante firme do tiranete das beiras. Um nojo.

O problema é de regime porque foi demasiado grande a colaboração e a omissão com este desastre governativo, abuso de poder e degradação cívica e moral. Estamos quase sem referências. Salvam-se meia dúzia de personalidades, que sempre denunciaram o socratismo, e outros que se ostracizaram, ou foram ostracizados. Não se riam, mas algum dia ainda vão chamar o D. Duarte, porque o resto ficou tudo "queimado"...

fado alexandrino. disse...

Ninguém reparou, já ninguém se importa ou anda tudo estupidamente anestesiado?

Nunca vejo nada que meta a Dra. Fátima, mas a questão é outra.
Quem tenha reparado pode fazer o quê?

Anónimo disse...

amendes esqueceu-se do quarto e maior "submarino" :O Prof. Zig-Zag ,o maior velhaco nascido desse lado dos Pirineus nos ultimos cem anos.
R2D2

Anónimo disse...

ECT tirou a radiografia exacta de como este bando de delinquentes que dá pelo nome de PS se está marimbando para o país real.
Perante tal panorama político, os portugueses têm que ter o bom senso de mesmo a contragosto não se eximirem de votar mesmo que, não se identifiquem com qualquer partido.
É absolutamente necessário apear de vez esta escumalha que nos tem desgovernado nestes últimos 6/7 anos.
Temos que afastar esta gentalha, mas para isso é necessário chegar informação adequada aos mais recônditos lugares do país.
Há muita gente que ainda sofre de impolitização e ignorância que até mete dó.
O passa palavra terá que ser uma das armas de todos aqueles que pretendam um país despoluído de gente sem escrúpulos e que nos tem levado para o abismo, apenas para satisfazer a sua imensa ganância e vaidade sem limites.
Temos que fazer um 5 de Junho que nos orgulhe e orgulhe os nossos antepassados, porque se isso não acontecer, jamais seremos dignos da sua memória. Não foi para isto que dei 3 anos da minha juventude, lutando por um ideal que nos foi incutido pelos nossos pais, para um bando de políticos profissionais levar o país para a insolvência.
As gerações futuras têm direito a um futuro melhor do que nós tivemos, por consequência teremos que inverter a situação, não dando mais chances a quem nos defraudou e aviltou.
Rua com os irresponsáveis e traidores, e que paguem na justiça todas as tropelias e malfeitorias.

SRG

Anónimo disse...

O Eduardo é dos poucos que os topa. Mas, cá para nós que ninguém nos ouve: os políticos são mesmo todos uns curruptos. E os jornalistas também. Ponto final e não se fala mais disso!

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Excelente artigo, de facto. Excepto a referência à alegada «campanha negra por republicanos mais primários» contra Barack Obama. ECT, que denuncia, e muito bem, a propaganda socretinista, é afinal mais uma vítima da propaganda obamista. Enfim, no melhor pano...

Anónimo disse...

Perdi mesmo agora um comentário em que falava nos mundialistas e nos Bilderbergers. Quando se cita sobretudo o dito Clube, está-se mesmo a ver que o comentário desaparece como o fumo...
Bem, digo só e para ver se este não segue o mesmo caminho, o seguinte: E.C.T. disse pràticamente tudo o que havia para dizer sobre esta farsa monstra que é a nossa (e todas) democracia. O regime é copiado ao milímetro pelo norte-americano. As centrais de propaganda existem em todas as "democracias" e é para isso mesmo que elas foram inventadas, ou seja, pra subverterem a ordem estabelecida e manobrarem o sistema tal e qual são mandatados pelos poderes supremos. Poderes estes que governam o mundo.
A democracia é uma farsa monstruosa e os partidos que compõem o sistema não só são escolhidos a dedo como têm que cumprir as ordens superiores à risca. O poder mundial não admite tergiversações. Quem nas "democracias" é investido de poderes governativos, é obrigado a obedecer cegamente as ordens recebidas or else...
Todos os que chegam ao poder mais tarde ou mais cedo, sobretudo primeiros ministros, frequentaram as reuniões do dito Clube.
Santana Lopes esteve lá em 2004... e nota-se...
E os outros que se destacam ou ocupam lugares cimeiros nos partidos (ou irão mais tarde ocupar) do sistema - os únicos admitidos pelos mundialistas - já lá estiveram. Todos.
É assim que vegetamos sob a pata de um regime que é sinónimo de corrupção desenfreada, mentiras monstruosas, hipocrisia e cinismo inauditos, ladroagem de dimensões bíblicas e de uma CENSURA aplicada com todas as letras.
As "amplas liberdades", gritadas durante os anos que levamos de "democracia", pelos farsantes que nos regem sob o falso pretexto de, imagine-se, as terem finalmente devolvido aos portugueses, mais não foram do que uma maquiavélica e inominável traição. E a "liberdade de expressão" que nos tentam fazer crer usufuirmos, mais não é do que uma violentíssima e diabólica censura, mil vezes pior do que a do anterior regime que tantos ataques sofreu exactamente pelos mesmos bandidos que estão por detrás desta que nos é imposta.
Sem liberdade não há democracia verdadeira. Com censura não existe liberdade.
São pelo menos estes dois, dos vários direitos inalienáveis de qualquer povo, que nos foram cerceados desde há quase quarenta anos, sem que inacreditàvelmente os responsáveis prestem as devidas contas à justiça.
Maria

José Domingos disse...

Um bem haja, a essa Senhora Jornalista, Sofia Branco.
Ainda existem em Portugal, jornalistas, sem dono e que não fazem recados.

joshua disse...

Este texto merece divulgação máxima. Tenho-o feito por todos os meios. Louvo o olhar de lince do nosso ECT, que expõe com clareza parte do iceberg submerso que é o celerado socratismo deleterio.

Anónimo disse...

tenho 28 anos e estou por recensear. assim ficarei enquanto me for permitido. admito, arrependo-me de nao ter votado no referendo do aborto, mas como ganhou o sim, tambem nao me pesa muito na consciencia.
não é uma questao de nao acreditar nos politicos. isso é um facto garantido á partida.
pura e simplesmente nao acredito neste povo.
o povo gosta de politicos com quem se consiga identificar. e os politicos sabem que quanto mais mediocres forem as mentalidades, mais facil é a sua vida. quanto á qualidade politica dai resultante, é fazer as contas.
e ai de alguem que se insurja contra essa classe politica, pois ao faze-lo, está indirectamente a atacar o povinho.
Portugal é um país de crianças. Como meninos da escola, todos gostam de ir de ferias em agosto, na pascoa e no natal. a vida de adulto continua a respeitar os horarios escolares. Como quando viviam em casa dos papás, continuam a receber mesadas do estado. Porque não querem, não "podem" ou não sabem trabalhar. E como não estão disponiveis para trabalhar, os patrões contractam imigrantes sem formaçao que aceitam o que lhes for dado. Como consequencia, os poucos que querem trabalhar acabam por ter de se sujeitar ás mesmas condiçoes do imigrante sub-educado.
Vivem de acordo com regras que nao são suas, mas tomam-nas como se fossem. Depois, por estranho que pareça, dizem estar insatisfeitos, mas atacam quem foge ao padrão. "ai de alguem que tente nao estar tao insatisfeito como eu". Chamam-lhe inveja, mas está errado. É frustraçao recalcada.
"Pela primeira vez na historia, uma geração vive pior do que a antecedeu", disse um iluminado "critico social". Disse que era culpa da crise. A verdade é que isto é o que acontece quando uma geraçao obriga os seus descendentes a viver segundo regras que ja para si nao eram adequadas, e os impede de de continuar a natural evoluçao socio-cultural que eles proprios tambem nao foram capazes de efectuar.
Em Portugal, só os de vistas estreitas votam, pois qualquer restia de inteligencia impede que um cidadao se sinta compelido a votar seja em que partido portugues for..
O meu voto valeria hoje o mesmo que o de qualquer nharro de onde judas perdeu as botas que vota num partido que lhe prometa uma autoestrada que ligue onde judas perdeu as botas ao cu do mundo, mesmo sabendo que não tem automovel.. não me parece grande motivação.
"deviam mete-los todos no campo pequeno...." deve ter sido dos maiores rasgos de clarividencia desde o momento em que Nostradamus previu aquela diarreia depois de misturar laranja com café.
Aquilo que penso hoje sobre este povo e sobre a classe politica e dirigente do país é o mesmo que pensava quando tinha 17 anos. A difrença é que hoje tenho menos respeito por um povo na sua maioria mais imbecil que um miudo que ainda nem tem pintelhos.
Sinto que tenho para com a geraçao dos meus pais uma qualquer divida, mas não é certamente de gratidão.
Em portugal não há inocentes.
Pode ser que quando chegar á reforma ainda me consiga mexer.

Farta desta vilanagem disse...

Como é possível que jornalistas com nomes feitos, e que eu adjectivava como sérios e isentos, alinhem nesta propaganda nogenta do Ps e do seu alegre palhacito pinóquio, que outra coisa não faz que é furtar-se às perguntas que não lhe agradam, e levar os "jornalistas" para onde lhe interessa, ou seja, o seu nogento alimentar do ego que só desgraçou este País. Esse já se viu quem é, penso que o pior português de sempre, mas os jornalistas militarem nesta orquestra e fazerem complot com este bandalho, francamente! Francamente, perdeu-se a vergonha em Portugal, e o pior é que os portuguese~s, segundo parece não sabem agir pelas suas próprias cabeças e deixam-se "envenenar", sim, porque este tipo outra vez a governar Portugal é um veneno, que irá liquidar o País. Acordem, votem, não se abstenham e corram com este energumeno.