20.5.07

A MANDARIM


Esta senhora, como se costuma dizer, anda a pedi-las. Recorde-se que, institucional e legalmente, é ela quem marca as eleições em Lisboa. É uma "cidadã" como eu ou como os sem-abrigo que dormem debaixo do parapeito do seu governo civil e das colunas do vizinho São Carlos ? É, só que nem eu nem os sem-abrigo temos poder para marcar eleições autárquicas, passar revista aos bombeiros e proibir manifestações. "Adelaide Rocha, que assistiu ontem à apresentação da lista de candidatura de António Costa "como cidadã", desvalorizou também as críticas de outros candidatos que consideram 15 de Julho uma data propensa a maior abstenção. "As eleições são marcadas quando têm que ser marcadas." Foi com esta frase alarve e denunciadora da tiranete que a senhora é, que Adelaide justificou duas coisas. A primeira, marcar uma data que até incomoda o seu candidato. "É um dia como outro qualquer", disse a mandarim. Depois, ter falado de uma decisão institucional numa apresentação da mini-união nacional de Lisboa, a do dr. Costa e do poder. Este episódio vem complementar o do Tribunal Constitucinal em que este foi tratado por Sócrates como mais uma secção do partido onde se recruta pessoal para o governo. Foi assim que o PS autista de Guterres começou a borregar. Quando imaginou, num dia infeliz, que era dono disto. É assim que estes - os mesmos - começam a cair.

6 comentários:

Al Cardoso disse...

O maioria e uma cambada de cegos, ou entao gostam de ser governados por uma cambada de incompetentes!

As sondagens assim o confirmam.

Aladdin Sane disse...

"As eleições têm que ser marcadas quando têm que ser marcadas". Uma frase muito "à John Wayne" - dizia ele: "A man`s gotta do what a man`s gotta do."

Luís Bonifácio disse...

Ao menos a Teresa Caeiro era um regalo para os olhos.

joshua disse...

O povo é de uma soneira sem tamanho: quando compreender estas Unhas de Abuso e Tirania sob o disfarce sedativo de Democracia, já os acontecimentos tomaram as proporções derradeiras e os desfechos naturais.

Anónimo disse...

Está provado que o regime está errado, caduco e tem de ser mudado.
Se as candidaturas têm de ser apresentadas no Tribunal de Comarca, porque é que não é o Juíz Presidente desse tribunal a marcar as eleições.
Há que acabar com a estrutura caciquira dos Governos Civis, entregar as suas funções ao poder judicial, independente e inamovív el.
Por outro lado, há que por o Poder Judicial dentro dos tribunais e não a dar entrevistas, promover associações "cívicas", etc.
Já agora, acabar com o Tribunal (politico) Constitucional e transferir os respectivos poderes para uma secção especializada do Supremo Tribunal de Justiça, no qual só devem entrar juizes de carreira e outros juristas, mas todos de indiscutivel mérico.
Etc. Etc. Etc.

Anónimo disse...

O anónimo das 2:39 devia candidatar-se a um lugar que lhe permitisse fazer o que diz que deve ser feito..