25.5.07

O REGIME DE SÓCRATES

"Sócrates, com imensa bondade, assegurou à Pátria a liberdade de expressão e o prof. Cavaco, do lugar etéreo onde subiu, espera que o "mal-entendido" (repito: o "mal-entendido") se esclareça. Não chega. Ninguém se lembraria, como ninguém de facto se lembrou, de acusar (ou de punir) alguém por uma graçola ou um "insulto" a outro primeiro-ministro. O crescente autoritarismo do poder e o extravagante culto da pessoa de Sócrates, que o Governo promove e alimenta, é que pouco a pouco criaram o clima em que se vive e que inspirou o "caso Charrua". Escrevi aqui há meses que bastava ouvir o dr. Augusto Santos Silva (com quem, aliás, Margarida Moreira colaborou) para temer o pior. A história da prepotência e do arbítrio não começou na DREN, não vai acabar na DREN e com certeza que não se limita à DREN."

Vasco Pulido Valente, in Público

4 comentários:

Anónimo disse...

Esta gente cresceu com o regime saído do 25 de Abril e portanto a democracia é para eles uma questão instrumental, meramente táctica.
Seriam óptimos meninos de coro de qualquer ditador, fascinados pelo culto da personalidade. Não prestam e quer-me parecer que os portugueses acham que a oposição também não. Começa a ser penoso perceber que não existe saída a não ser a completa ruptura com o sistema.
Não existe outra alternativa?
Comecemos a pensar nisso.

Pedro Barbosa Pinto disse...

O Engº. Belmiro de Azevedo que se comece a preocupar.

Se continua não alinhado, ainda vai ver a SONAE Nacionalizada.

Impossível? Pois, o professor Charrua também pensava isso.

Anónimo disse...

O país é o mesmo, os eleitores os mesmos, sendo apenas diferente o Governo que já leva mais de 2 anos de afincada labuta pelo bem da Pátria. Creio que até chegar este Governo sempre houve a ideia do PS ser um partido tolerante, lascivo, benevolente até... e era relativamente a estas características desse partido que, pelo menos algum eleitorado votava. Tenho para mim que a ideia de autoritarismo e de arrogância nunca esteve muito ligada áqueles que votavam no PS. Acontece agora que são reiteradas as manifestações dessas más qualidades por parte do status quo instalado. Sobre o professor e a DREN, sobre o "deserto" visto por Lino, sobre o Pina Moura e a TVI, isto já para não falar das aldrabadas habilitações do Sócrates, sugere-me recordar o episódio do Gomes da Silva, Ministro do Santana, quando se referiu aos comentários semanais do Marcelo, dizendo, salvo erro, que este devia ter oposição sobre o que entendia. E o que foi então a reacção dos opinion makers e do PS: era, para eles, o princípio do fim da liberdade de expressão, uma intromissão abusiva no serviço prestado pela comunicação social, enfim, ou o Ministro ou o Executivo inteiro de Santana deveriam ser postos a andar. E agora com todos estes desavergonhados episódios, o que dizem os socráticos? Certamente dirão que é difente, agora para melhor, claro está...
"Faz o que digo, não faças o que eu faço!"

Anónimo disse...

Não é de agora, lembrem-se das palavras de Artur Portela sobre as interferências de Santos Silva na AACS...