30.8.09

«UMA DURÍSSIMA E INESQUECÍVEL LIÇÃO»

Santana Lopes em Castelo de Vide sobre o programa:«não diz aquilo que não pode e não diz aquilo que não sabe.» Não foi combinado mas Henrique Medina Carreira parece dar-lhe razão. «Um pequeno programa, claro e curto, e não, como usualmente, uma ‘apólice’ de seguro para enganar os eleitores (...) Qualquer maioria? Absoluta de um partido, não: os estragos irreparáveis já produzidos em Portugal, nestes quatro anos, dos quais Sócrates nem sequer tem consciência, constituem uma duríssima e inesquecível lição.» Manuela Ferreira Leite também em Castelo de Vide: «Chegamos ao fim desta legislatura com o sabor amargo da oportunidade perdida, dos combates desgastantes e, quantas vezes, estéreis (...) Nestes quatro anos e meio, o Estado transformou-se de modo insustentável numa máquina ao serviço do poder e dos que o ocupa, dos que protege e dos que lhe são submissos, com raras e honrosas excepções que só confirmam a regra (...) Criou-se um ambiente de intriga e de falsas verdades, diluíram-se pilares da sociedade como a família e o casamento, para impor a vontade da lei onde devia prevalecer a liberdade individual, a coberto de proteccionismos pseudo-esclarecidos, entrando-se no declínio e na erosão dos valores cívicos e éticos.» O admirável líder - que já nada mais tem para a troca - oferece-lhe, leitor, "modernidade". A dele, naturalmente. É mais disso que quer?

4 comentários:

radical livre disse...

nenhum ditador da américa latina
ou mafia siciliana e russa
conseguiu tamanha "limpeza".

jgoncal disse...

Caro João Gonçalves.
Publiquei parte do seu post no meu blog, se assim mo permite.

Com os melhores cumprimentos

João Gonçalves (jgoncal)

(O meu nome é mesmo este. Já uma vez me confundiram consigo (o que seria um elogio) num debate protagonizado por Passos Coelho e onde assinei a questão, enviada pela web, com João Gonçalves, algo que levou o moderador a dizer que se tratava do autor deste blog. Mandei a rectificação mas não foi divulgada; só para que saiba).

Anónimo disse...

Ainda ontem, no discurso aos jovens do PS o Socrates voltou novamente à carga com a questão do insuficiente mundivisão multiculturalista de Ferreira Leite, dizendo que no PS, partido tolerante, ninguem se lembraria de dizer que as obras publicas dão principalmente emprego a cabo verdeanos e ucranianos.
O que é verdade é que o PSD apoiou, nesta legislatura, a lei do PS de atribuição á balda da nacionalidade portuguesa e Cavaco Silva foi, enquanto primeiro ministro, um incentivador da imigração à balda para Portugal, para abastecimento de mão de obra barata ás obras publicas....para aumentar os lucros das construtoras. Portanto talvez Socrates até nem tenha muita razão. Os pergaminhos multiculturalistas do PSD não ficam a dever muito aos do PS.
Era interessante o João pronunciar-se sobre a dimensão multiculturalista do PS, do PSD...e já agora dos outros partidos. Não tenha medo de dar a sua opinião sobre este tema que o politicamente correcto decretou não poder ser discutido.
Quem o discute é forçosamente do PNR, segundo o politicamente correcto.
Pode, por exemplo, pegar nos acontecimentos multiculturais de há poucos dias no comboio da linha de Sintra...e por exemplo nestes acontecimentos multiculturais na Noruega
http://www.norwaypost.no/content/view/21900/26/

Anónimo disse...

Sinceramente, embora me questione por vezes sobre o perfil de MFL, ela não nos deixa de surpreender pela positiva. Estamos fartos da política-espectáculo do nosso primeiro, do seu ar alucinado a dizer coisas trivais aos berros, a tentar passar uma mensagem cheia de vacuidades, estilo uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma. Sei que não vou por aí e é lamentável que após os dois primeiros anos de algumas reformas
que não se pode deixar de saudar, a coisa tivesse descambado para isto. Tiveram mais de 4 anos a governar como entenderam o País. E o País não está melhor do que estava há 4 anos atrás. Sem dúvida, um tempo desperdiçado.