31.8.09

EVITAR MAIS "VALE DE LOBOS"


«E quando, ele que observara impenitente o velho Portugal, abandonado ao lodo utilitário os seus coevos, via também a mocidade mediocremente respeitosa por essa religião do Indivíduo que era a sua; quando via as tendências centralistas e socialistas - confessas ou inconscientes - dominarem nos governos e oposições, nos partidos conservadores e nos revolucionários, ele chorava, outro Isaías, sobre as ruínas do templo abatido, sem reconhecer que as pedras desse edifício derrubado já começavam a formar um novo monumento.» Isto é Oliveira Martins sobre Alexandre Herculano o tal que «antes de expirar disse apenas: «Isto dá vontade de morrer!» Para contrariar esta fatalidade nacional tão bem encarnada no retiro moral e físico de Herculano em Vale de Lobos, o José Pacheco Pereira apresenta amanhã, simbolicamente na Quinta de Vale de Lobos, a lista de candidatos a deputados que ele encabeça em Santarém. Vou até lá dar-lhe um abraço. Um dividido em dois. O político, que é óbvio. E o pessoal, que é apenas óbvio para mim.

2 comentários:

radical livre disse...

"os amigos de Alex".

a "legião estrangeira" que fugiu ao miguelismo não tinha grande diferença dos actuais "profissionais anti-fascistas".
são "forças de ocupação" que provocam razias em portugal.

excepções: Herculano, Costa Cabral

diás-porra!

Anónimo disse...

Não me parece possível evitar mais Vale de Lobos.
Tê-lo ia sido possível, com outra gente, outras atitudes, diferentes comportamentos.
Antes do monumental desperdício que permitiu ás elites políticas enganar os eleitores (o povo), aos eleitores deixarem-se enganar pela mentira e pelas falsas realizações do regime.
Uma delas, foi a do Euro 2004, cujos autores andam por aí, impunes e convencidos de que são os maiores na manjedoura do Estado.
E prontos a repetir a façanha.
Tudo tão bloco central, que ninguém os vai incomodar.
As coisas são portanto o que são.
Agora, o povo que espere por outras ou novas oportunidades.
No estrangeiro como emigrante, ou dentro de décadas.
Como é habitual.
JB