18.6.09

O NADA EM QUE ELE NÃO INVESTIU


Sócrates - o "renovado", o da lata infinita - disse aos jornalistas, terminado o debate da infeliz moção do dr. Portas, que devia ter "investido" mais na cultura como fez (?) na ciência. Isto como se ele próprio fosse um modelo de "cultura". Tal como acontece com outras matérias, também com a cultura não se pode dizer que o 1º ministro tenha uma relação fácil. O seu PS "investiu" numa quase nulidade política - Isabel Pires de Lima - e numa absoluta nulidade política, José António Pinto Ribeiro. Sócrates foi o único ministro da cultura do seu consulado, intermitentemente coadjuvado pelo dr. Pinho. Pinto Ribeiro - recorde-se - ia fazer mais com menos dinheiro. Os três - Sócrates, Pires de Lima e o infeliz incumbente - acabaram, na realidade, por fazer nada.

11 comentários:

Anónimo disse...

Não é fácil pedir-se a alguém, neste caso a um primeiro-ministro, que invista numa área que não lhe diz nada ou quase nada. Fica-lhe bem este reconhecimento que não investiu na cultura. Mas ficar-lhe-ia certamente melhor que dissesse que não tem a mínima sensibilidade para as questões culturais, mas sim para as grandes obras públicas, as novas oportunidades, as novas tecnologias e o magalhães.

caozito disse...

O manso 'cordeirinho' - qual Madalena arrependida! - que ouvimos ontem, num blá-blá de "Kalimero", é o mesmo executor que há tempos, sobre todos os sectores da sociedade, sobretudo dos mais desprotegidos, "disparava" autoritarismo com intenso "odor" a ditadura.

Sócrates convive mal com a oposição e com a crítica.

Contudo, o seu pior é ter uma péssima relação com a REALIDADE.

garganta funda.... disse...

Do "nada" e das respectivas consequências pós-modernas:

Também acabo de ouvir o major Valentim que muito a propósito diz que o resultado da busca que fizeram ao seu gabinete deu em nada, porque, disse ele «nada havia...»

Genialmente o major colocou a "investigação" a "nadar em seco"...

Estamos literalmente na Terra do Nunca ou do Nada...

José Barros disse...

Esta será talvez a maior demonstração de falta de vergonha política de Sócrates.

Tendo de apresentar um erro para amostra, no intuito de credibilizar a humildade recém-adquirida na última semana, vai buscar o assunto para o qual os portugueses mais se marimbam - a cultura - para cumprir a quota imposta pelos jornalistas. Mais uma vez não se apercebe que ao fazê-lo está a insultar os portugueses que fazem face a uma dívida pública superior ao PIB, ao número de 500.000 desempregados, a um défice real superior a 6%, a uma diminuição brutal do investimento estrangeiro, ao aumento da carga fiscal, etc...

Ao ver Paulo Rangel na sic-notícias a destruir a metamorfose socretina em dois minutos apercebi-me de que, saiba o PSD o que está a fazer, e pode alcançar uma vitória histórica nas próximas legislativas.

Mani Pulite disse...

0+0=0--Sócrates+Ministros da Cultura=Zero de Cultura.A mesma fórmula aplica-se a todos os outros domínios da Governança.

Manuel Brás disse...

Cada vez mais insensível
aos ecos da sociedade,
de retórica repreensível
enjoando até à saciedade.

Em tom menos estridente
ecoando futilidades,
num país mais decadente
e farto de boçalidades.

Anónimo disse...

Em outros campos investiu mal...

'Hoje, quando olhamos para trás temos sempre a tendência de dizer que faríamos diferente. Eu e a própria ministra da Educação gostaríamos de não ter cometido o erro de apresentar uma avaliação tão exigente e burocrática', admitiu José Sócrates, que não garantiu a continuidade de Maria de Lurdes Rodrigues no Governo caso seja reeleito.
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090&contentid=28523137-E374-4E17-8730-15A623B3EE53&goComments=31#comentarios

Lura do Grilo disse...

Também não seja tão mauzinho. É certo que anda a tentar parcerias.

Não sabemos quais nem o que deram (ou levaram) mas não podemos ter tudo. É a vida ...

Anónimo disse...

E assim assistiu o grande público ao "grande número circense" do Grande Lider, anúnciando nova fase da Grande Revolução Cultural Proletária (previamente aprovada nos distintos comités do aparelho).

Dada a experiência recolhida dentro das várias "sensibilidades socialistas", o modelo escolhido será o chinês, sendo espéctavel a curto prazo, profundas e sentidas manifestação de "mea culpa".

A "Camarilha dos Quatro" revisita, com o fenómeno do "Desabrochar de Cem Flores" - Que desabrochem 100 flores, 100 escolas de pensamento,...

Desse grande fervor patriótico, antevê-se o "Grande Salto Adiante", num novo governo com novos ministros, uma monumental esponjadela do passado resente.

Convêm dizer que o programa de "festas" omite estrategicamente recentes insucessivos (150.000 postos de trabalho).

Convêm igualmente recordar que os Planos Quinquenais à chinesa conseguiram para além de graves casos de fome e miséria humana, uns milhões de presos políticos devidamente processados, não tendo sido ultrapassado esse número em Cuba pelo nosso amigo Fidel devido apenas à falta de meios.

Os "comitês revolucionários" (base da Guarda Rosa), continuam compostos por um punhado de personalidades ("malhadinhas" Silva, havendo ainda a considerar a cumplicidade do dito "bloco central".

E eis-nos entrados numa nova era.

A

Rui

PS. Apenas para apreciadores:
China in your hand

Anónimo disse...

Qual proletariado, qual carapuça! O homem é engenheiro da extinta universidade independente e veste armani. O que tem isto a ver com o proletariado? Eventualmente com uma juventude partidária, pequeno-burguesa de fachada socialista ou social light.

Anónimo disse...

Les "anónimos" parlent aux "anónimos".

Faltou referir o enquadramento proletário do primo do Zézito na China, onde se exercita na "Arte da Guerra".

A

Rui