28.6.09

O COVEIRO APOSENTA-SE


Por falar em função pública, recordei-me que, há uns tempos, na Fundação Gulbenkian, num seminário qualquer, o dr. João Figueiredo - o secretário de Estado da administração pública do admirável líder e responsável "material" por aberrações como o SIADAP, o novo regime de vínculos e carreiras da função pública ou os "disponíveis" - gabou-se das "reformas" gloriosas a que presidiu. Quando foi removido e substituído por uma pessoa improvável que pretende "trucidar" os funcionários que não "assimilem" as magníficas "reformas", Figueiredo regressou ao Tribunal de Contas (onde tinha o seu "vínculo") e, graças ao decurso do tempo (também andou por Macau, naturalmente), já se pode aposentar. Uma "aposentadoria" do Tribunal de Contas não equivale exactamente a um tipo aposentar-se como, por exemplo, coveiro de uma autarquia. Pelo contrário, Figueiredo, o coveiro da função pública (em sentido objectivo e subjectivo) é que sabe. Vejam lá se ele não sabe.

8 comentários:

contrato indeterminado disse...

João Figueiredo não presta para nada, mas dizer que o mesmo é o pai do SIADAP é uma terrível mentira.

Vá ter com Manuela Ferreira Leite e com a assessora presidencial Suzana Toscano e não seja só cretino!

garganta funda.... disse...

A grande "reforma" deste, foi a dele próprio...

Mais um "salvador da pátria" que vai continuar a viver à custa dos contribuintes!

Unknown disse...

A "criatividade jurídica" e inovação do Dr Figueiredo é inesgotável como qualquer cidadão poderá comprovar ao ler a legislação parida por este brilhante servidor público. Depois de deixar a sua "obra" e uma função pública em estado de desespero, rapidamente se deslocou para o TC e desapareceu dos jornais, nos quais teve durante o período da "reforma" páginas e páginas de boa imprensa (comprada com dinheiros públicos, claro). É que agora, quando alguém for realizar a autópsia ao "Morto" interessa rapidamente esquecer o "coveiro".

Sérgio disse...

Parabéns pelo livro.
Embora não vá muito à bola consigo, reconheço-lhe o mérito da frontalidade.
Com os melhores cumprimentos
Sérgio Alves

radical livre disse...

esteve seguramente a ler pierre ronsard
"se bem me lembro" a obra intitula-se
misères de ce temps

Anónimo disse...

Estes chico-espertos só queriam uma função pública moldável e à medida das suas negociatas. Talvez se lixem.

Anónimo disse...

Um "HOMEM À SUA MEDIDA". Isto,...., mesmo sendo um "tipo porreiro".

A

Rui

PS. Vamos ter de vender mais dívida para-O alimentar » "É a vida".

Anónimo disse...

A ida de João Figueiredo para o Tribunal de Contas não foi propriamente um regresso ao vínculo originário mas uma promoção a juiz conselheiro, relativa à quota de quem exerceu altos cargos na administração por nomeação política (sem que seja exigido qualquer currículo académico).

Joaquim Mota