18.7.07

O QUE ESTÁ

"Nenhum candidato [à CML] foi capaz de reagir à degradação. Pelo contrário, vimo-los, sem excepção, despudoradamente submetidos à demagogia mais labrega. A dada altura, pareceu que todos concordavam que cada assessor representa um crime e que, em princípio, quem não é empregado do Estado não é bom cidadão. Não houve ninguém que não tivesse ajudado a abstenção a chegar aos 62,6%. Nada disto é específico da política municipal de Lisboa. E se o parlamento a eleger em 2009 reproduzir alguma coisa parecida com a pulverização e incerteza da vereação lisboeta? Talvez comece então a contagem decrescente para o primeiro governo de iniciativa presidencial desde 1979. Deus guarde o professor Cavaco Silva."

Rui Ramos, in Público

11 comentários:

escória-porco disse...

Tentei dizer algo parecido no comentário ao post "Apreciar personalidades", no entanto - obviamente - sem o brilhantismo deste "rapaz", que cada vez aprecio mais. Tal como em Ponta Delgada, no campo de S.Francisco, a ESPERANÇA continua, apesar de tudo, bem viva.

Anónimo disse...

O que mais o Prof. Cavaco Silva tem a fazer é assumir desde já, à imagem de Sarkosy, a liderança da reforma profunda das instituições da república e do regime. E se a Constituição lho impede, discurse à Nação e explique-se. Isto como está, vai em apodrecendo exponencialmente.

Anónimo disse...

Gostava de saber em que condição é que Rui Ramos escreve esta pérola, aqui transcrita: se na condição de historiador, se na condição de opinion maker.

Se for na primeira, estamos conversados, já que se adivinha o calibre (a)científico do dito, remando contra tudo aquilo que devia ter aprendido e que, provavelmente, nunca ensinará aos potenciais historiadores, seus discentes. Assim como há um Nuno Crato para a Matemática, porventura não será Rui Ramos o Nuno Crato da História, bem pelo contrário!

Se perora na segunda condição, seria melhor que Rui Ramos se filiasse num partido político e não nos azucrinasse, respaldado num pseudo saber académico, por que, bem vistas as coisas, o seu produto não passa de um 2x1, tipo head & shoulders...

Anónimo disse...

Seja como for,
se o PR conseguiu o que conseguiu com o Pº Ota,
sendo de esperar que não se deixe enganar por um eventual estudo da 'nomenklatura',
e que saiba intervir a tempo na diarreia dos TGV's,
em particular no crime que se pratica há mais de uma década na linha do Nporte...
Então talvez possa haver esperança.
Difícil, mas é o que nos pode restar.

Anónimo disse...

... se filiasse num partido político, ehehehe ... quem sabe nas «vicentinas de bragança» ?

Anónimo disse...

Aqui neste blogue vive-se extasiado com Sarkosy...mas convém lembrar que Sarkosy, para poder governar a França, não pára de convidar socialistas para os vários lugares. E esta hem?!

Anónimo disse...

"quem não é empregado do Estado não é bom cidadão"

Esta seria boa se em setembro não fosse abrir a caça ao funcionário público...

Anónimo disse...

Deus nos livre e guarde de um Cavaco com iniciativas Presidencialistas.
Já chegaram os 10 anos de gestão de contabilista , construção de auto-estradas e tachos e tachões para os barões e baronetes do PSD.
Cavaco não é de direita nem de esquerda, Cavaco é um neo-contabilista, ou seja um neo-liberal tecnocrata especialista em contabilidade.
Portugal não precisa de vaidades académicas , mas sim de autoridade, estudo e acção.
R.A.I.

Anónimo disse...

Cavaco Silva "neo-liberal tecnocrata", "especialista em contabilidade" ?!

Anónimo disse...

"E se o parlamento a eleger em 2009 reproduzir alguma coisa parecida com a pulverização e incerteza da vereação lisboeta? Talvez comece então a contagem decrescente para o primeiro governo de iniciativa presidencial..."

Brevemente, vamos dar valor àquilo porque D. Carlos passou...

Anónimo disse...

Queria dizer "... àquilo por que D. Carlos passou...", bolas. Melhor dizendo, trata-se do drama de um país ingovernável, que chega ao ponto de o Chefe de Estado levar com o odioso da crise política, quando este devia ser o garante da unidade nacional. D. Carlos foi o bode expiatório de uma época, e pagou com a vida. Muitos culparam a Monarquia pela crise política do início do séc.XX. E agora? O que dirá essa gente, quando as soluções políticas se esgotarem, e tivermos governos de iniciativa presidencial? Vão gritar "ditadura", como a esquerda berrava no tempo de D. Carlos, por causa dos governos de João Franco? Os republicanos vão todos pagar pela língua...