22.7.07

A PREBOSTE


A D. Inês Pedrosa escreve livros e crónicas nos jornais. Consequentemente é uma escritora portuguesa. Todavia, a sra. D. Inês passa mais tempo nas comissões de honra deste e daquele e em porta-voz de missionários políticos do que a escrever senão não escrevia as baboseiras que costuma escrever. O derradeiro delíquio "cívico" deste grande vulto nacional foi o apoio ao dr. Costa, futuro presidente da CML. Danada por os eleitores de Lisboa terem votado o acto eleitoral ao descrédito, a senhora, na sua croniqueta do Expresso, reclama por sangue. Fala em "gravíssimo desdém" pela democracia e exige a punição dos abstencionistas. A D. Inês - que supostamente deveria ser trinta vezes mais democrata do que eu - entende que os vilões que não votam deviam ser, por exemplo, excluídos dos empregos públicos e impedidos de se candidatarem a "bolsas". Fugiu-lhe logo o pé para aquilo que ela, e muitos como ela, melhor conhece: a prebenda, o premiozinho da treta sempre esmolado ao Estado que os carregue, a distinção pública por meia dúzia de parágrafos mal esgalhados. Esta literata de bolso não percebe que são justamente criaturinhas como ela - que contribuem com o seu bolsar em letra de forma para o estado a que isto chegou precisamente porque "vão a todas" - quem mais afasta as pessoas da coisa pública. O estalinismo norte-coreano tardio da D. Inês emparelha com a vocação esquerdina serôdia do dr. Júdice. Podem, por isso, contar com o desdém eterno, e em cada vez maior número e qualidade de portugueses, por esta coisa em forma de democracia a que a senhora se agarra como gato a bofe. E vá dar lições da dita e de cidadania para o raio que a parta. Aqui já estamos cheios de dondocas "intelectuais" como a senhora, nada, criada e inventada pelo sistema. A literatura portuguesa passa muito bem sem si. E esta coisa que passa por democracia também, muito obrigado.

24 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a Inês, mas não vou só pela repressão dos abstencionistas. Quem fizer a série completa, legislativas autárquicas, presidênciais, etc, e ainda com os referendos suplementares, ganha para além das bolsas um diploma de licenciatura numa qualquer Universidade ao jeito do Partido Socrático.

Anónimo disse...

Tenho para mim que a dona Inês há-de ser pessoa amiga da dona Fernanda Câncio.

Anónimo disse...

Quando o barco começa a naufragar, os comportamentos precipitam-se e a psique humana mostra as suas contradições, os fortes tornam-se cobardes, os estúpidos tornam-se manhosos e até aqueles que tinham áurea de impolutos e inteligentes se mostram afinal corruptos e grosseiramente asnos.
Neste barco, com a quilha mestra herdada do bote carunchoso da 1ª República, as velas e cordame fabricados no tempo do PREC e o mastro roubado ao Estado Novo, o pânico entre a tripulação está instalado, o casco desfaz-se porque o caruncho alastrou a todo o tabuado, as velas e o cordame rasgam-se e partem-se de tão má qualidade, resta o mastro, de que disseram tão mal, mas ao qual, desesperados, se tentam agarrar.
Ora, estes “democratas” agarram-se, agora, ao pior (que também houve) do Estado Novo e até aquilo que eles, durante 33 anos, mentindo, foram dizendo que se passou no dito.
Se não bastava a perseguição nos serviços do Estado, nas empresas públicas, nos blogues, a todos os que se opõem ao Socratismo, vem agora a Dª Inês pretender perseguir os que se abstêm nas eleições.
Ou seja é o velho lema “Quem não está connosco, está contra nós!” na sua versão mais reles, incluindo também aqueles que já nem sabem contra quem estão e os que não sabem a favor de quem estão, para além daqueles que se estão “cagando” para estar contra ou a favor de alguém.
Nem no Estado Novo, em termos de eleições, se chegou a tanto, de forma tão mesquinha e vil.
No Estado Novo é claro que o artigo da Dª. Inês , levava um risco azul de alto abaixo e um carimbo de “censurado” com a nota: “Propaga ideias fascistas perigosas”.
Agora nos jornais não há quem leia os artigos antes de serem publicados e, pelo menos, separe o papel higiénico do material didáctico e noticioso.
Eu por mim, até não vou ser perseguido pelas ideias da Dª Inês, pois fui lá e fiz uma cruz de alto a baixo do boletim de voto, foi a minha censura a esta "democracia"!
R.A.I.

Anónimo disse...

Quando passei os olhos pela crónica da D.Inês fiquei danado.Esta criatura dá tudo o que tem para estar ao lado de quem distribui prebendas.

Armada em grande defensora da Democracia, começa logo por propor tirar aos cidadãos um direito.A abstenção!

Por exemplo, abster-me de olhar para o que escreve.Haveria maior castigo?

Anónimo disse...

Dà-lhe forte, João, que ela precisa.

Anónimo disse...

Essa gaja também me faz urticária.

Anónimo disse...

Olha... a mim dá-me tusa.

Anónimo disse...

Não concordo com a posição da D. Inês. Contudo, sr. luís moreira a abstenção não é um direito. Há o direito e o DEVER de votar (mesmo que em branco ou nulo)...

A minha opinião sobre este assunto é bastante simples: quem não vota, não tem direito a criticar... Por muito mau que seja o panorama político nacional...

Anónimo disse...

Terá razão o dono do blog. Mas esta, ao menos, dá a cara. Não é como certas escritoras light, verdadeiras dondocas, que dirigem em segredo as falanges de apoio ao Portas, Santana Lopes e companhia. A corrupção é geral.

Anónimo disse...

nesta decadencia profunda , gostava de escrever com o senhor. parece fácil.

Anónimo disse...

Nunca estive tão de acordo com um post do João Gonçalves. Anda por aí muita mediocridade a escrevinhar baboseiras nos jornais.

José Ferrão disse...

Quem sabe se o "nosso" Primeiro, que não aceita lições de democracia de ninguém, possa ouvir esta escriturária.
E já agora, será que o novo presidente, que também não votou, está incluído na cruzada democrática?

Entre votar num não lisboeta, e não votar, ela que aproveite os seus dotes para me explicar a diferença...

Anónimo disse...

Por acaso nunca me abstive, mas é uma forma de votar como outra qualquer.Sabe Sr. Malaquias já houve tentações ( do Freitas do Amaral )para castigar a abstenção.Lembram-se sempre que lhes convem!

Anónimo disse...

Caro Pedro Malaquias:

De cada vez que oiço esse argumento lembro-me do "direito" a que têm alguns condenados à morte a escolher entre a execução por cadeira eléctrica, gás ou injecção.
Talvez algum dia, perante uma qualquer hesitação indesejada para o "normal funcionamento das instituições", alguém os queira amedrontar com essa mesma ideia.
"Senão escolhes agora depois não te venhas queixar que correu mal e queres repetir". :)

Anónimo disse...

Esta inês pedrosa nem meias deve saber coser...nem cozinhar...e, quando assim é.....armam-se em intelectualoides e pronto....o povo que as ature!!!

Tanta MEDIOCRIDADE......

Anónimo disse...

é que nem perco tempo a ler , o que essa Srª escreve.
pedro oliveira

Anónimo disse...

Estão a ver o mal que tantos anos de proibição do aborto fizeram...agora, aturem-nas!

FNV disse...

Clap clap clap...

Anónimo disse...

Chamar dondoca a Inês Pedrosa é, no mínimo, delicado. Na realidade, a prosa opiniosa de Inês tem todos os tiques autoritários que se lêem sem sorrir porque se trata de alguém que vende livros aos milhares, que é regularmente chamada a perorar sobre tudo o que mexe e não só. Tem a influência que tem, à sua medida, mas tem. Neste caso dos castigos aos abstencionistas a pobreza de argumentos de Pedrosa atinge o pico da idiotice ao confundir acesso a bolsas etc e tal que conforme se sabe são pagas pelo dinheiro dos contribuintes, incluindo, claro, o dos abstencionistas. Se me arrepiam, por vezes, as opiniões azedas e sobretudo provocatórias, reaccionárias até, de João Gonçalves, incomodam-me incomparavalmente mais os tiques autoritários fascizantes dos moralistas com alcance de opinião como Inês Pedrosa. Incomodam-me e desconfio destes e de todos os discursos moralistas de mãos limpas. A questão não me parece estar na pequenez da personagem (dispensando, desde já, qualquer graçola fácil sobre o aspecto físico da nunca por nunca dondoca Inês)mas na dimensão da sua voz no Expresso.

Pedro M. S. disse...

Desculpem, mas... Quem é Inês Pedrosa?...

Anónimo disse...

Há certas personagens que só têm a importância que lhes queremos dar. Pessoalmente, a esta não dou importância nenhuma, é que já nem perco tempo a ler nada vindo dali. É pena é que os nossos semanários estejam cheios de gente que escreve e argumenta assim.

jg disse...

Apoiado.
Não a poupe.
Só se perdem as que caem ao chão.

Aleijadinha disse...

Fantástico.
Já está nas "Vicentinas de Braganza"!... :-)

Rogério Matos disse...

Ena, desta vez é que estive à altura da importância da criatura. É que só agora - hoje, dia 01 de Agosto - é que me dei conta do que a senhora tinha escrito. E nem sequer estou de férias. É o que dá ler cada vez menos jornais.