17.7.07

A SENHORA REITORA


Nunca vi nem tenciono ver um único filme de Harry Potter. Da mesma maneira que não tenciono ler livro algum da Sra. Rowling. Todavia não posso deixar de reparar na propaganda do novo filme que aparece frequentemente na televisão. Parece que a "má da fita" é uma senhora reitora qualquer. Pois bem. Manuela Ferreira Leite é a reitora com que algumas almas pueris do PSD sonham. Manuela é o totem do PSD, o oráculo a que se recorre quando os anões começam a esbracejar. Talvez pela dureza do rosto, pela inflexibilidade na acção e pela poupança na palavra, Manuela é o permanente alter ego da liderança de um partido que aprecia chefes e não presidentes. Fiz parte das suas listas, em Lisboa, numa outra encarnação e, confesso, nunca percebi o que é que a unia ao António Preto e vice-versa. E fiz por causa do respeito vagamente autoritário que a sua pessoa inspira. Quando exerceu um cargo nitidamente político - presidente do grupo parlamentar com Marcelo, salvo erro - Manuela não deixou marca, boa ou má memória. Os outros postos - chefe de gabinete de Cavaco ministro, secretária de Estado, ministra (da Educação e das Finanças) -, sendo políticos, eram essencialmente pura intendência. Aliás, Manuela exerceu-os com a perícia de uma auditora e a proficiência de uma contabilista. Nem mais, nem menos do que isso. Ou seja, nada a distingue particularmente para a chefia de um partido a não ser, neste momento, poder concorrer com o autoritarismo dirigido do senhor presidente em exercício. Manuela não representa política alguma. É, antes, uma campeã do "apolítico" na política, como Cavaco, seu mentor. A diferença é que Cavaco tem um lado político profissional que o catapultou ao lugar que ocupa e que Manuela, por mais que se esprema ou a espremam, não tem. Falta-lhe, numa palavra, o talento para a coisa. Mesmo assim, ela vai andar por aí nas próximas semanas, na boca de outros ou motu proprio. Para a telenovela ser completa, só falta Santana Lopes. Mas, a seu tempo, ele aparecerá. Não resiste.

14 comentários:

Anónimo disse...

foi com durão barrosa q ela foi lider parlamentar

Anónimo disse...

Se Santana é político, não deve mesmo "resistir" !
Se Manuela faz o que lhe compete, é autoritária (às vezes é necessário!), também deverá liderar...é honesta, séria, eficiente, trabalhadora, inteligente...que mais queremos?? Aproveitem porque, com tantas qualidades, não temos muitos(as) !!

batuta disse...

A questão está em saber se, neste momento, aquilo de que o PSD precisa é mais do que uma reitora. Às tantas, para já, chegaria.
Aliás, convenhamos que, entre o "reitor" Rio e a reitora Ferreira Leite, parece não haver dúvidas sobre quem tem mais prestígio nacional e mais capacidade agregadora, neste momento.
E Rui Rio, se se lembra, quando passou pela secretaria-geral do PSD não produziu política, só administração.

Anónimo disse...

Esta é a Introdução ao Fórum Cultural da Presidência Europeia!!... num país com um Governo que nem sabe o significado da palavra C.U.L.T.U.R.A.! ... Enterrem o Ministério, a Ministra da Incultura e o seu secretário


"No passado mês de Maio, a Comissão Europeia aprovou uma Comunicação pugnando por uma Agenda Europeia para a Cultura num Mundo Globalizado.

O documento em causa, fundado numa abordagem renovada do papel da cultura no processo de construção europeia, aponta prioridades susceptíveis de concitar o consenso dos Estados-Membros, dos seus diferentes níveis de poder e dos seus cidadãos; sugere instrumentos para a prossecução de tais objectivos; e propõe novos procedimentos destinados a debater e a fixar o conteúdo de uma agenda cultural da União Europeia que recolha o consenso mais generalizado possível, bem como o caminho destinado a dar-lhe corpo, execução prática e avaliação de resultados.

Esta Comunicação vem na sequência de importantes passos dados, tanto no plano internacional, quanto no âmbito exclusivamente europeu, no sentido de ser conferida uma atenção redobrada ao sector cultural pelo valor intrínseco que encerra, mas também pela relevante função social, económica e política que serve.

Destacam-se, a este propósito, a Convenção da UNESCO sobre a Protecção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, o Estudo da Economia da Cultura, a Proclamação do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, em 2008, ou ainda as Conclusões do Conselho Europeu de Março deste ano que, pela primeira vez, se reportam ao potencial das indústrias culturais e criativas, do ponto de vista do crescimento, emprego, competitividade e inovação.

O documento agora emanado da Comissão apresenta um conjunto de sugestões a que a Presidência portuguesa do Conselho da União Europeia pretende dar o maior destaque na área da cultura.

Partindo do pressuposto de que a adopção de futuras medidas de política, em particular no sector cultural por tudo o que tem de específico e singular, deve ser antecedida de uma ampla consulta à sociedade civil para que exprima os seus pontos de vista em relação ao que pode e deve ser feito em comum na Europa e na sua projecção internacional, a actual Presidência organiza, nos dias 26 e 27 de Setembro, um Fórum Cultural para a Europa.

Pretende-se que este encontro seja tão participado, quanto possível, trazendo a Lisboa representantes da sociedade civil provenientes de diversas áreas de saber, actividade e pensamento, com o intuito primeiro de debaterem a adequação e oportunidade das linhas estratégicas sugeridas na Comunicação, concluindo se os objectivos e meios de acção propostos reflectem as expectativas de quem é, finalmente, o principal destinatário da agenda que venha a construir-se.

No fim dos debates, que se organizam em torno de três grandes eixos, pretende-se que as principais conclusões sejam veiculadas aos decisores políticos (Estados-Membros e Instituições), de modo a que a palavra da sociedade civil possa influenciar as deliberações sobre o futuro estatuto da cultura na agenda europeia.


À sessão plenária inicial, seguir-se-ão três workshops paralelos, correspondendo, em grande medida, às prioridades sugeridas na Comunicação:

-De um lado, pretende-se aprofundar a reflexão sobre a valia do diálogo intercultural e do respeito pela diversidade, enquanto factores de paz, coesão social e de pleno exercício dos direitos de cidadania em sociedades crescentemente multiétnicas, multirraciais e de diferentes crenças.

-Por outro lado, sugere-se que prossiga o debate sobre a economia da cultura, de modo a que se potencie um sector com um assinalável potencial de crescimento económico, criação de emprego, competitividade e inovação, assim se inscrevendo na Estratégia de Lisboa.

- Finalmente, o último tema proposto relaciona-se com a projecção da Europa nos demais Continentes, em grande medida tributária do relacionamento histórico e cultural que estabeleceu e mantém com todos os povos.

Na sessão plenária final, os participantes, tendo debatido a aprovado as conclusões propostas pelos relatores e moderadores dos workshops, apresentá-las-ão aos responsáveis políticos.

Com a realização deste Fórum, dar-se-á início a um diálogo que se pretende estruturado e regular entre sociedade civil e decisores, que contribua para o reforço da legitimidade das medidas de política e para o respeito pela especificidade do sector, plural, diverso e inteiramente abrangido pelo princípio da subsidiariedade.

Ao Fórum, seguir-se-á uma reunião informal de Ministros da Cultura, cujas discussões terão também por base os trabalhos dos dias anteriores."

Anónimo disse...

Já ninguém pega neste chaço!

Para quê este opúsculo?




(A chamada masturbação imbecil)

Anónimo disse...

Senhor João Gonçalves, é com muito agrado que se lêem os seus artigos de opinião, não só pela actualidade e pertinência dos temas, como também pela forma correcta como os redige – sem erros ortográficos nem de sintaxe (ao contrário do que acontece, por exemplo no site do M. E./GAVE, onde termos que não pertencem ao léxico são utilizado frequentemente, como “massivo” que não é palavra portuguesa; isto, um ministério da educação!!!, ou erros clamorosos de sintaxe como num “placard” apresentado no programa da RTP2 que esta neste momento no ar) - , mas permita-me que, com o devido respeito, discorde de si, quando diz - porque sinceramente o pensa, creio – que o PSD representa a direita. Neste momento o PSD, infelizmente, não representa coisa alguma, pois não tem espaço político, já que este foi ocupado pelo PS. Os “barões” do PSD estão felicíssimos com o que o poder anda a fazer, assim como os do CDS que mal conseguem disfarçar o contentamento. Só o povo que vota PSD é que está desanimado e descontente porque vê que já não pode contar com o seu partido para nada e o que vê é os grandes do PSD e do CDS a passarem em massa para o partido do poder, uns, à descarada; outros, veladamente. Portanto, Senhor João Gonçalves, não espere que o PSD venha a fazer qualquer oposição ao poder, até, porque aqueles que se perfilam, também são responsáveis pela crise do país. Não se esqueça que há uma lei geral das Ciências que se aplica também à Sociologia que diz:” todo o responsável pela criação de uma crise não tem capacidade para a resolver” e, o que o Senhor vê, por todo o lado, é os que levaram o País a esta situação a serem chamados para o tirar dela, o que é de todo impossível.

Anónimo disse...

Senhor João Gonçalves, é com muito agrado que se lêem os seus artigos de opinião, não só pela actualidade e pertinência dos temas, como também pela forma correcta como os redige – sem erros ortográficos nem de sintaxe (ao contrário do que acontece, por exemplo no site do M. E./GAVE, onde termos que não pertencem ao léxico são utilizado frequentemente, como “massivo” que não é palavra portuguesa; isto, um ministério da educação!!!, ou erros clamorosos de sintaxe como num “placard” apresentado no programa da RTP2 que esta neste momento no ar) - , mas permita-me que, com o devido respeito, discorde de si, quando diz - porque sinceramente o pensa, creio – que o PSD representa a direita. Neste momento o PSD, infelizmente, não representa coisa alguma, pois não tem espaço político, já que este foi ocupado pelo PS. Os “barões” do PSD estão felicíssimos com o que o poder anda a fazer, assim como os do CDS que mal conseguem disfarçar o contentamento. Só o povo que vota PSD é que está desanimado e descontente porque vê que já não pode contar com o seu partido para nada e o que vê é os grandes do PSD e do CDS a passarem em massa para o partido do poder, uns, à descarada; outros, veladamente. Portanto, Senhor João Gonçalves, não espere que o PSD venha a fazer qualquer oposição ao poder, até, porque aqueles que se perfilam, também são responsáveis pela crise do país. Não se esqueça que há uma lei geral das Ciências que se aplica também à Sociologia que diz:” todo o responsável pela criação de uma crise não tem capacidade para a resolver” e, o que o Senhor vê, por todo o lado, é os que levaram o País a esta situação a serem chamados para o tirar dela, o que é de todo impossível.

Carlos Sério disse...

100% de acordo. Só a fragilidade e a a pobreza de quadros do PSD pode elevar MFL a candidatável.

Anónimo disse...

Ela suficientemente política quando tratou os contribuintes abaixo de cão.

Anónimo disse...

"O senhor Marques é objecto de um obituário aguardado com grande expectativa" - Quitéria Barbuda in "O Fim de um Político Anão", Revista "Espírito", nº 41, 2007.

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

Lá está o senhor outra vez, Dr. João Gonçalves, a fazer fretes ao PS.

Presumo que a avença seja grande e esteja a ser paga pontualmente...porque os fretes a que se sujeita são vergonhosos.

Digo eu...

Saloio

Anónimo disse...

Não discuto a honorabilidade e honestidade da pessoa.

Mas que visão de futuro tem alguém que provocou a falta de médicos que sofremos, uma nota de entrada em medicina estupidamente alta, e que não produz, sequer, propostas para prémios nobeis, e tudo termina na contratação de médicos estrangeiros baratos?

Anónimo disse...

A tecnocracia esvazia a autoridade e corrompe a democracia, são conceitos incompativeis.
A tecnocracia só serve, como meio, para os fins a que se destina.
Deixem lá estar a senhora a dar aulas ...
R.A.I.

António Viriato disse...

Sou inteiramente da mesma opinião e de há muito, desde que vi MFLeite caucionar, repetidamente, dirigentes partidários medíocres e, pior do que isso, falhos de seriedade, sem credibilidade para orientarem estruturas importantes do Partido, como a Distrital de Lisboa.

Depois disso, houve ainda mais oportunidades para voltar a apreciar a sua falta de sensibilidade política, como quando esteve no Governo de Durão Barroso, obcecada com o défice que, afinal, não conseguiu eliminar.

Pode e deve dar o seu contributo, como boa técnica de finanças que dizem ser. Jamais como dirigente política, para que provou não ter vocação, ainda menos como líder. Só a enorme generosidade do PR, devida a uma antiga lealdade provada de MFLeite lhe emprestará ainda, supostamente, tanta credibilidade popular.

Mas basta de equívocos : Barroso, Santana, Borges, Menezes, Mendes, etc., etc. Talvez Mendes seja ainda o menos mau, o que é, na verdade, fraquíssimo consolo, reconheça-se.