6.12.10

O COISINHO REGIONALISTA


O sr. César é o primeiro rosto das muitas "excepções" à execução orçamental de 2011. Uma vez que o OE para 2011 - que, como de costume, estará já desactualizado no dia 1 de Janeiro - é quase todo inconstitucional (e, porventura, amoral mas isso entre nós virou elogio), é natural que um pequeno déspota provinciano venha imediatamente gozar com ele e, por tabela, com os seus concidadãos, o seu precário Chefe e por aí fora. César limitou-se a revelar a amoralidade da coisa e a cavalgá-la. Viu-se o que lhe toleraram com o seu ignóbil "Estatuto". Depois disso, o coisinho regionalista permite-se tudo. É bem feito. E não se esqueçam, pois, de "regionalizar" toda esta trampa de meia tijela.

13 comentários:

Carlos Dias Nunes disse...

Ainda há pouco, o pateta do Alegre veio, no Telejornal da RTP, atacar Cavaco porque este não concorda com a golpada do pigmeu dos Açores.
A merda está a descer a profundezas insuspeitadas, convenhamos.

Lura do Grilo disse...

Imagine-se agora o país "todo regionalizado" em grupitos de 250 000 tugas cada um.

Isto seria uma espécie de conto do AliBabá e dos 40 ladrões (10 000 000/250 000) sem lâmpada mágica para esfregar.

floribundus disse...

obrigem aquele nojo a declarar a independência das ilhotas.

joshua disse...

O homem quer passar por um joão-jardim socialista, porem, cada cavadela, cada minhoca.

XXI disse...

Pois é, sobre a atribuição extraordinária dos dividendos da PT, nem uma palavra!

Interessante o facciosismo. A mim, unilateralmente decidem "tirar-me" 7% do meu ordenado, dizendo ser justo. A esses, permitem que não entre nos cofres do Estado 1.100 milhões de Euros por via desse expediente tipo "chico esperto" e todos os "bem" pesantes concordam. Na verdade, quem discorda é mal pensante.

Arre burro, que é demais!

Garganta Funda... disse...

Como ilhéu fico sempre muito «sensibilizado» com a prosa que é derramada sobras ilhas (Açores e Madeira) ou sobre os seus «premiers» (Alberto João e César).

Ao longo destes anos o que mais me tem impressionado é a ignorância endémica da maioria dos politicos, intelectuais, economistas e comentadores continentais que exibem voluptuosamente sobre estas «ilhas afortunadas», usando a expressão dos avoengos.

Sois um povo difícil de perceber.

O Socretino decreta um corte de 10; o PR acha bem e talvez 15 fosse melhor; a seguir os tudólogos com cartão do sindicato dos videntes da pátria preconizam um corte à cabeça mais substancial: 20 ou 25, por causa da «insustentável safadeza» dos politicos que estiverem ao «leme» desta barcaça chamada Portugal.

Portugal é um país de «excepções» e de «gente excepcional».

Mesmo depois da aprovação geral dos famigerados «cortes salariais», o Governo e o maior partido da oposição apressaram-se a abrir a caixa de pandora com excepções à regra: para os altos funcionários que auferem simultâneamente vencimentos e reformas douradas; para os funcionários, directores e administradores da CGD; para os funcionários da Assembleia da República (!!!); para as empresas públicas e municipalizadas; para os diplomatas,etc,etc.

Toda a nomenklatura politica e todo o «consistório do comentário» nacional não deram por estas generosas excepções, mas ficaram possessos e aflitos com a pequenina excepção dos Açores, e foram logo atrás do tiririca Marques Mendes a gritar «Aqui D'El-Rei que os Açores estão a pôr em causa o euro!».

Todos dias conhecem as grandes trafulhices e corrupções que há no país; há empresa públicas no Continente que têm 100 vezes mais dívida do que a os Açores; o BPN já consumiu 5 mil milhões; a sucata que anda por aí esta bem de saúde e recomenda-se; construiram uma catrefada de estádios de futebol que nem para as missas da IURD servem, e vem toda esta fidalguia tuga, qual Dons Quixotes, a barafustarem contra o «fardo» dos Açores e a insinuar que os Açorianos «vivem à custa dos continentais»...

E os continentais vivem à custa de quem?

Quem ler a História do sec. XX facilmente compreenderá por que esta nobre Nação produziu um Salazar.

Ele conhecia a «massa cinzenta» deste povo.

Invejoso. Pequenino. Analfabeto. Medroso. Soturno. Crente nos cultos messiânicos e sebastianistas. Sempre afável a uma chicotada. Sempre agradecido se algum senhor do poder lhes der uma malga de sopa.

É este Portugal dos Pequeninos que tão bem retrata o Dr.João Gonçalves.

Na verdade, as mais altas instâncias do país dividem os portugueses entre si, e pior põe os nús contra os rotos, enquanto os que estão de chapéu e coco vão amealhando os cobres.

Anónimo disse...

Imaginem se o gajo vem a substituir o Pinócrates!

Anónimo disse...

E os Srs empregados da CGdepositos tb vão ter um carinho especial.Uns necessitam mais do que outros.

Anónimo disse...

Quem é um visionario é o Ze-faz-falta, que mandou fazer ciclovias por lisboa inteira,pois vai desenvolver um negocio de rique-xaus. Claro que ele segue de bmw.

João Gonçalves disse...

GF: Vc. poderá vir aqui as vezes que quiser defender o homúnculo. Mas nem por isso ele deixa de o ser.

Anónimo disse...

O coisinho fez afinal um enorme favor aos anti-regionalistas, entre os quais convictamente me encontro.

Enquanto tiver vida e saúde (e não tirarem o referendo da Constituição) votarei invariavelmente contra.

Obrigado, ó coisinho das ilhas, mais aos coisinhos pateta e esquerdino caviar.

Garganta Funda... disse...

Dr. João Gonçalves:

Agradeço a sua paciência e a sua deferência.

Não defendo o «homúnculo».

Defendo os Açores e alguns princípios que devem ser ponderados.

À conta deste episódio os centralistas de todos os matizes - desde os estalinistas até aos neo-salazaristas, não esquecendo os cavaquistas - aproveitam para fazer uma campanha vergonhosa contra uma «parcela» do país.

Isto não é inédito. Já no tempo do «Bloco Central» e principalmente no longo consulado governativo de Cavaco Silva (1985-1995) episódios desta natureza foram frequentes.

O próprio Dr. Mota Amaral abandonou intempestivamente a presidência do governo dos Açores por causa do então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, que era sovina para com os Açores, mas era uns mãos largas para com as empresas públicas, para o funcionalismo público e para brutas obras de betão que até revelaram ser autênticos desperdícios de dinheiros, como foi os sinuosos e mortais intenerários principais (IP5, p.ex.).

Resta dizer ao ilustre auditório que a grave situação do país não se deve às regiões autónomas (o peso da dívida pública nos Açores é à volta de 10% do PIB!!!) e todas estas investidas dos centralistas contra os Açores (e também contra a Madeira) são autênticas velhacarias.

Mas o Presidente Cavaco e o seu antigo amanuense, o neo-comentador Marques Mendes, não está sózinho.

O estalinista Vital Moreira (vide um post no Causa Nossa) e o boy Ascenso Simões, nomeado para a ERSE, auferindo ao que parece 15.000,oo/mês para além das habituais mordomias e despesas de representação, também acham que os Açores se excederam....

Como vêm, boa companhia não faltam aos centralistas desta desgraçada nação, úma seita que é responsável pelo atraso e pelo sub-desenvolvimento de Portugal.

Anónimo disse...

Enquanto consultava o seu relogio de bolso e questionava o poder de fogo do seu couraçado, Comandante Cabeçadas deixou escapar:"Os Açores ja estão a arder?"