6.12.10

UMA RÉCUA


Interessante esta "opinião" da personagem Trujillo em A Festa do Chibo, de Vargas Llosa, acerca dos "intelectuais" e dos "artistas". Ficção à parte, a realidade consegue sempre superá-la. Basta não sair de cá. «Nunca me fiei nos artistas. São amorfos, não têm sentido da honra, traem com facilidade e comportam-se de um modo extremamente servil (...). Uma récua de canalhas.» O Céline também os topava bem, a essas ténias tocadoras de flauta, a nova "brigada do reumático" do regime independentemente da idade.

18 comentários:

Anónimo disse...

"Récua" está muito bem, Dr. Gonçalves. Na minha castiça terra diz-se "récua de coiratos", designação que abrange generosamente uma porção - mais ou menos vasta - de cavalos, mulas ou asnos (gados muares e cavalares). Gosto muito destes substantivos colectivos:
Récua de artistas,
Cáfila de deputados,
Cardume de autarcas,
Bando de advogados,
Vara de juízes,
Matilha de carlos-césares,
Manada de funcionários,
Pelotão de psicólogas,
Gang de sociólogos,
Alcateia de gestores,
Legião de imbecis,
Exército de chulos.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Oh besta, arremacho que depois de orçamenteiro, só lhe faltava os coiratos de mulas e cavalos???

Anónimo disse...

JG: creio que ao transcrever essas palavras são o seu pensamento: O que dirão Manuel de Oliveira, Eunice Munoz,Ruy de Carvalho,Paula Rego, Mariza, Ana Ester, dessas suas ideias?

Anónimo disse...

A questão é tão velha que até ja tem barbas, iguais ás do pai. Platão no seu Livro X, de "A republica", apresenta um pensamento em que todos os poetas e artistas, deviam ser expulsos da cidade, por serem uns fingidores.
Talvez tenha guardado para ele o papel de intelectual, conceito que há uns anos abundava nas listas do PCP.

Anónimo disse...

Magotes de besta e Paletes de imunda, é o que lhe falta para a tia ser mais betta.

Anónimo disse...

Goring: "Quando ouço falar em cultura rapo logo da pistola..."

Antifascista de gema disse...

Goring? Quem?
E eu a pensar que a frase era de um franquista...
O que a gente aprende nesta caixa de comentários...

Q disse...

Antifascista de gema,
A frase é atribuída a Joseph Goebbels, mas frequentemente é atribuída a paternidade ao General Milan Astray, que a terá proferido durante a guerra civil espanhola.
Continue a aprender.

Garganta Funda... disse...

Herman Wilhem Goering, marechal do II Reich, afirmou um dia:

«Quando ouço falar de cultura, agarro firmemente a minha Browning».

E este marechal nazi, condenado à morte em Nuremberga, não era nenhum ignorante ao pé dos nossos actuais politicos.

Embora fosse um homem extravagante e medalhado com a ambicionada Cruze de Ferro enquanto piloto de caça, era um homem apaixonado pela arte e falava fluentemente para além da sua língua natal ( o alemão), russo, norueguês, latim, inglês, francês e sueco.

Por isso quando avisto por aí alguns tiriricas da «coltura» que andam a enfeitar os salões e os corredores do poder, também me dá uma vontade irreprimível de puxar a minha caçadeira e lançar chumbo sobre eles...

Antifascista de gema disse...

Obrigado, Q.
Espero sinceramente continuar a aprender, como me aconselha.

Anónimo disse...

A frase foi de Goebbels, de Astray foi "Viva la muerte",acertaram ao lado mas vá lá,ainda pescam alguma coisa neste tipo de jogos florais.
Continuem,leiam muito que lá chegarão.

MINA disse...

PARA GARGANTA FUNDA:

Uma pequena correcção: Göring foi marechal do III e não do II Reich; a frase em questão é indubitavelmente de Goebbels.

Garganta Funda... disse...

Mina:

Quanto ao Marechal Goering, de facto foi um erro de teclado pois eu queria referir-me ao III Reich;

Quanto à citação referida ela é atribuida a um «general» alemão e nunca ao Joseph Goebbles que era formado em filosofia e literatura.

Aqui até se pode citar assertivamente a frase mais emblemática de Goebbels: «De tanto se repetir uma mentira,ela acaba se transformando uma verdade».

Uma outra expressão, e que é erradamente atribuida a Winston Churchill é «Cortina de Ferro», a qual é da autoria do Ministro da Propaganda Nazi.

Q disse...

Por mera curiosidade investiguei um pouco sobre a autoria da tal frase.
Afinal parece que deriva da peça Schlageter de Hanns Johst: "Wenn ich Kultur höre ... entsichere ich meinen Browning!" [Quando ouço falar de cultura... destranco a minha Browning!] (Acto 1, Cena 1).

link: http://en.wikiquote.org/w/index.php?title=Hermann_G%C3%B6ring&action=edit&section=4

Anónimo disse...

goring, goebbels, qualquercoisa, a ideia está lá. Mas o Goring com um browning? Bem se a reforma agraria na Russia começou com tractores Ford...

Anónimo disse...

Acho a maior das graças aos srs Cometadores: pikenos tudologos de blogs:Marcelos wannabe.
Sobre o Goring e o Goebbels, todos dizem coisas, e patati-patata, sobre o Platão e o Livro X, tá lá quieto que isso já é complicado.

m.a.g. disse...

Derivando dos anteriores comentários e porque o título me chamou a atenção por outros motivos, "récua" pode ter estado na origem de Régua (cidade, entre outras hipóteses como; reguengo ou regra, Vila Regula, designação dada às casas romanas de campo, isto durante a vigência do dito império, claro está) devido aos ajuntamentos de récuas ou cavalgaduras que passavam o rio Douro.
A semântica é tramada.

Anónimo disse...

Espero que o desprezo pelos intelectuais e artistas seja apenas mais uma provocação céliniana do autor do blogue,e nada mais. Gosta muito do médico dos subúrbios,já sabemos,mas ele era bàsicamente um frustrado,como por razões várias, quase todos os anti-semitas e "imprecadores". O autor de um dos mais lidos e comentados blogues,com os seus livros apresentados perante as mais selectas assistências, é um frustrado ? Que ideia! Não dispare em tantas direcções. Tout ce qui est excessif est sans portée,como dizia o Talleyrand.











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