11.12.10

NÃO HÁ NOVA AD, 2ª PARTE


«O drama da história é que a direita (o PSD e o CDS) persiste em pequenas manobras de partido e não se preparam para o que têm de fazer dentro de muito pouco tempo. Parece que Passos Coelho e Paulo Portas anunciaram um "pacto de não-agressão". O que significa exactamente essa extravagância? Significa que o CDS e o PSD se comprometem a colaborar no Parlamento e a não se "hostilizar" mutuamente. Por outras palavras, não significa nada. Tanto mais que, na ocasião do dito "pacto", Passos Coelho e Paulo Portas várias vezes rejeitaram qualquer hipótese de listas conjuntas (suponho que a benefício das clientelas que os vão sustentando) e resolveram insistir nos vagos pormenores que os separam. Ora, pela Europa inteira, os partidos da direita, como os da esquerda, juntam gente com divergências bem mais profundas do que as divergências que putativamente existem entre o CDS e o PSD. A defesa de listas separadas revela uma única coisa: que Passos Coelho e Paulo Portas preferem a lógica de facção à responsabilidade que, em princípio, devem ao país. Ninguém no seu perfeito juízo dispensava uma espécie de Aliança Democrática para a operação complicada e perigosa de mudar o país radicalmente, como é óbvio que ele precisa de ser mudado. As ridículas cerimónias do "pacto" prolongam a baixa tradição da esperteza táctica e não criam a força material e moral para evitar o desastre que se aproxima. Em 23 de Janeiro, o prof. Cavaco irá ficar com uma sociedade dividida e, pior do que isso, ingovernável. A direita que depois não se queixe.»

Vasco Pulido Valente, Público

8 comentários:

Manolo Heredia disse...

A direita está no poder, por isso não se queixa! o resto são síglas!

Anónimo disse...

Não tenho vergonha que haja fome em Portugal.
Tenho muita vergonha, deste Presidente que contribui, há muitos anos, para que haja fome em Portugal.

joshua disse...

O desastre que se aproxima realmente não está para tácticas nem barganha política. Não há tempo e quando muito poderão ser todos tragados, com o regime, pelo ónus deixado em herança pelos socialistas.

antónio chuchado disse...

Quando o presidente Cavaco disse que os portugueses se deviam envergonhar pela pobreza (alguma envergonhada) que existe no país, veio-me à lembrança os 65 mil euros que o pavão de S. Bento esbanjou em flores para o seu gabinete e, simultaneamente, deu-me uma enorme vontade de lhe esborrachar o focinho.

Pensar que parte dos meus impostos são gastos em caprichos do engenheiro sanitário, penso, também, que se o Ali Babá e os Quarenta Ladrões viessem para Portugal, tinham que começar a aprender num infantário.

Aqui, a gatunagem já tem doutoramento.

antónio chuchado

Anónimo disse...

Isso mesmo. Ele já há mestrados integrados em ladroagem e doutoramentos em robalheira e gatunagem.

VF disse...

"suponho que a benefício das clientelas que os vão sustentando"... sublinhe-se.

Quanto às parvoíces daqueles (anónimo 8:10PM, manueis alegres...) que acham que o Presidente tem culpa de alguma coisa... Mas que diabo de poderes tem o Presidente para ser culpado do que quer que seja? Só se for por existir. O PR actualmente não serve para nada, a não ser para aumentar a despesa.

Anónimo disse...

Acham que o país está assim tão mal? O ministro Teixeira dos Santos foi à China vender dívida...
Afinal, sempre estamos a exportar um um artigo de grande produção!

Anónimo disse...

Fartei-me de rir com o comentário do António C. e o do anónimo a seguir.

Efectivamente nesta matéria Portugal dá cartas, não há país melhor preparado para criar, JÁ, um mestrado que ainda cá não existe e que está a fazer uma falta danada. Candidatos não faltam, eles já são aos magotes e em plena actividade, mesmo sem esta especialização. A sigla a adoptar pode perfeitamente ser: MBL - mestrado em banditismo e ladroagem. Mas os políticos estão de certeza abertos a sugestões...

De facto, como portugueses, devemos sentir-nos orgulhosíssimos dos bandidos e dos ladrões que temos tido como governantes desde abril de 74. É gente fina que obteve o respectiva especialização na estranja: França, Inglaterra, Alemanha, etc., países onde se tira um curso destes rapidinho e que fornece outra bagagem, o que, convenhamos, sempre lhes dá uma certa auréola.
Pensem nisto senhores governantes, porque vale bem a pena. Veriam o sucesso que um tal mestrado iria obter. É que mesmo sem ele, neste particular nenhum outro país nos lema a palma. Que faria se eles já o tivessem...

.............
António C., agradeço o seu apoio a um comentário meu anterior, sobre um outro tema lançado pelo nosso anfitrião. Só por falta d'oportunidade ainda não o tinha feito.
Maria