21.12.10

EM TEMPO DE RABANADAS


No post anterior anunciei um debate "presidencial" que, afinal, só tem lugar hoje. Aparentemente nenhum dos seus leitores deu por isso. Tal apenas confirma o que venho dizendo - os debates "presidenciais" suscitam menos interesse que uma rabanada. Porém, e numa intervenção de campanha, o actual PR sugeriu, sem sugerir, que poderia vetar, caso não houvesse "bom senso" (que diabo quererá dizer bom senso aplicado aos cretinos simples e funcionais que conhecemos?), um diploma que reduz o financiamento público ao ensino básico e secundário privados. Este episódio, se revela alguma coisa, é a enorme falácia representada pela "sociedade civil". Em Portugal ninguém dispensa a longa manus do Estado quando nunca houve tantos "liberais" saídos directamente da Farinha Amparo. Sou católico e sei que a maioria desses estabelecimentos privados de ensino é da mesma filiação religiosa. Mas, e até por isso, estou à vontade para defender, sem dramas, que os cortes quando nascem são para todos. É que, de excepção em excepção, não vamos a lado algum.

10 comentários:

Anónimo disse...

"... suscitam menos interesse que uma rabanada". Comparação um pouco falaciosa, a meu ver. Não há muita coisa no Universo que suscite tanto interesse como uma rabanada.

Anónimo disse...

Confesso que caí na falsa informação...mas só agora reparei que apenas vi a "Casa dos Segredos" e o "Espírito Indomável". À segunda, depois de tanta coruchada, lá pensei que deviam ter dado a coisa no intervalo do jogo. Só à terceira é que foi mesmo de vez...

Surpreendido disse...

Não entendo o sentido do post.
V. acha que o Estado não tem obrigação de comparticipar no ensino privado, seja este católico ou agnóstico? Era só o que faltava.

antónio chuchado disse...

Com o devido respeito, discordo da opinião do dr. João Gonçalves, pela simples razão de que não considero que seja excepção o não 'cortar' apoios à Educação.

Talvez tenha sido por falta de apoio nessa área que temos o primeiro ministro ... que temos.

Relativamente a poupança, estou 'muito' de acordo que o chefe do governo viaje em transportes públicos e, assim, ter oportunidade de cheirar o suor do povo, que lhe paga as flores para embelezar (ele não precisa!) o seu real gabinete.

Com a "elite" que governa este lamaçal, nem com cortes a 100% vamos a lado algum.

antónio chuchado

Paulo Fazfalta disse...

Ando eu, pobre operário biscateiro com salário a rasar o salário mínimo, a pagar os meus impostos, para pagar aos meus patrões o ensino privado dos futuros doutores e engenheiros que vão ser os patrões dos meus filhos.
Haja vergonha!

A_côr_do_horto_gráfico disse...

Além disso, uma boa enrabanada desperta, de longe, muito mais interesse que um debate presidencial,né?

floribundus disse...

para mim é o ' desbaste dos presidenciáveis'

Anónimo disse...

Ele há Rabanadas, Fatias Paridas, Fatias Douradas, mergulhadas em leite ou em chá, e temperadas com açucar e canela ou com um ponto de perola. Para a passagem de Ano um bom local é em Raban...

Anónimo disse...

«Aparentemente nenhum dos seus leitores deu por isso. Tal apenas confirma o que venho dizendo - os debates "presidenciais" suscitam menos interesse que uma rabanada.»

Pode dar-se o caso de os leitores serem ainda menos. O que não é nada de surpreendente. Com tiradas destas "Calhou assistir ao debate Cavaco/PC" não é de esperar outra coisa.

Anónimo disse...

Três posts de winning streak. Os meus parabéns caro doutor.
Aquele sorri até ao mais que anunciado (e já entediante) estouro e bancarrota sócrates.
Este fica porque as alergias do próprio ao poder, de quando era Independente, curam-se com medicação, além de que o sushi faz muito bem à saúde. E o poder só cansa aqueles que não o exercem como disse Trudeau.
E estas rabanadas, ao menos ainda há açúcar nos hipermercados para elas, doçura em excesso no que falta em inteligência e bom senso, no que Salazar já explicou que não resultava por estes lados há setenta anos, num país de dhimmis durantes séculos.

Merkwürdigliebe