13.12.10

«DEVAGAR, AUSENTE»


Tentas, de longe, dizer que estás aqui.
Com peso triste caminha na rua o Outono.
O meu coração debruça-se à janela
a ver pessoas e carros, e as folhas caíndo.

Mastigo esta solidão
como quando era pequeno e jantava
diante dos pais zangados:
devagar, ausente.


Fernando Assis Pacheco

1 comentário:

Garganta Funda... disse...

Os portugueses são mesmo doidos.

As diversas televisões nacionais andam há dois ou três dias a noticiar a súbita «falta de açúcar» nas prateleiras dos supermercados e mercearias.

Esta falta de produto está a suscitar uma série crise que deve ser entendida como um «case study» da sociedade portuguesa.

Constato que a sociedade portuguesa reage com mais veemência à falta dum pacote de açúcar do que às constantes roubalheiras, corrupções, mentiras e trafulhices no Estado Português.

Perante esta sociedade de «servos de Deus» nada melhor que exercitar o tradicional manguito português, aqui tão bem ilustrado.

Por mim o açucar poderia faltar pelo menos um ano. Era bom para a saúde dos portugueses e em especial para o deficitário Serviço Nacional de Saúde.