21.12.10

«A TRISTEZA, PORÉM, É MUITA»


«Cada vez mais, eu escrevo com a noção absoluta de pregar no deserto. Sei que uns entendem e não aceitam, e que outros, que aceitariam, não entendem. Mas a única justificação de uma existência que escreve para testemunhar de todas as verdades é persistir mesmo assim, e escrever da compreensão que era possível no nosso tempo. É provável também que me canse – mas isso nada prova senão contra mim, pois que sempre poderá haver, expressa ou não, uma compreensão profunda e amplificadora como a sua. A tristeza, porém, é muita; e não sei se, ainda que (quem sabe?) alegremente, não acabaremos por nos convencer definitivamente de que só nós estamos errados... e certos todos os outros.»


2 comentários:

Anónimo disse...

De facto, a grunhice é tanta! Poucos serão aqueles que pensam, por oposição aqueles, muitos, que andam aí por andar.
Fruto do tempo, tempo do "demo". Temos que o exorcisar e nunca desistir mesmo que a tristeza seja muita.
Dificil!? Sim muito, mas nãp podemos desistir. Estamos em guerra, sem quartel e sem as armas tradicionais.

Anónimo disse...

A propósito do que escreve o leitor das 8:20, a propósito, em suma, da "grunhice nacional" deparei-me com isto :

-«João José Sinel de Cordes foi um barcarenense de algum modo empenhado, vindo mesmo a apoiar, naquela época, diversas iniciativas de carácter social, na ajuda a pessoas menos favorecidas da freguesia em particular de Barcarena e Leceia.

A revolução, aliada com o extremismo e o revanchismo político do pós 25 de Abril de 1974 varreram completamente da história a memória deste filho de Barcarena (e deste português, homem de Estado). Retirando-lhe mesmo o seu nome das ruas de Lisboa e da principal rua de Barcarena, para nela colocar outros nomeados do novo sistema político (iludindo a história e os factos)».