Interessante a ideia de um "homem sem convicções", obcecado pelo "9 de Setembro" e cercado por videirinhos que não entendem que, videirinhos por videirinhos, o "povo" prefere os que já conhece. «O que resta, quando já não tem estratégia, a um homem sem convicções?»
Um beco sem saída?
3 comentários:
Passos não tem o caparro costumeiro (e necessário) a um "bom político português" que queira ser primeiro ministro. Se o tivesse, perceberia rapidamente como corrigir o tiro, depois das inevitáveis bacorices, e como aparecer à populaça aparentando convicções - mesmo sem as ter. Na verdade, é quase condição necessária - neste miserável país - não ter convicções nenhumas ou qualquer programa, de modo a ser popular, subir nas sondagens e ganhar votos. Veja-se sócrates e o povo que votou nele.
Diria ainda que se as tiver (as convicções), então é que está irremediavelmente condenado ao "beco-sem-saída": as convicções, por natureza e definição, andam conosco, andam-nos na cabeça, são legíveis nos nossos rostos e nas nossas acções e discursos; ou seja, são indisfarsáveis - logo consideradas perigosas, desagradáveis e repelentes das "brandas gentes" que traçam cruzinhas em boletins, na pesada solidão das câmaras de voto. De modo a estar de bem com a turba do voto, que mais não pretende senão a sua vidinha banal garantida entre um jogo de bola e uma ida ao "continente", o candidato a PM deve sorrir muito, gesticular, ser vácuo, prometer abundantemente as coisas mais disparatadas e abjectas e escolher uma boa música, emocionalmente apimbalhada, para ambientar os seus comícios e garantir o ímpeto de vitória (os bifes dizem "momentum" termo da Física que conservou a sua forma latina e que significa apenas e só "embalagem" ou "balanço").
Neste caso temos (tem Passos) um duplo problema: Passos ainda não aprendeu a mentir bem; e ainda não está convicto do que quer que seja - de modo a poder abandonar prontamente essas ideias. Está completamente à deriva e "às escuras". E nós bem fodidos.
Ass.: Besta Imunda
Muitos actores politicos falam em «interesse nacional» com a boca cheia.
Não será do interesse vital para a sobrevivência digna desta nação de 900 anos, não aprovar o próximo OGE, se este conter mais medidas anacrónicas de subida dos impostos e contemplar mais despesa e mais dívida?
Ou toda esta «rientrée» é só coreagrafia para embalar e enganar a palonçada?
E de que teme o PR se este «governo» fôr simplesmente à vida?
Que frustração e tristeza um país ter (mas tem mesmo?) que optar entre duas nulidades sendo que uma (o Pinócrates)consegue a proeza de consubstanciar tudo o que, de negativo, pode ter não só um político mas um cidadão (nem vale a pena desfiar adjectivos) e a outra, não sendo tão má no que toca a seriedade e honestidade possui algumas características também pouco recomendáveis como ser um vazio de ideias.
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