Ao reler algumas passagens do livro de Fernando Gil, uma passagem com dez anos em cima mas de agora. «Não resisto a acrescentar que me pasma e deprime o espectáculo de tanta corrida para pálidas celebridades. É tempo de decretar a leitura obrigatória, nas escolas e nas universidades, do "Poema em linha recta". Melhor ainda seria gravá-lo nas paredes.» Não me ocorreu isto por causa de Mariano Gago ter ressuscitado para "abrir" o ano lectivo universitário no Porto depois de uma profunda hibernação e de uma notória impotência. Nem tão pouco por ter lá estado o antigo e glorioso universitário Sócrates que disse ali o mesmo que pronuncia em feiras de móveis. Não. Ocorreu-me porque é como estamos em tudo por todo o lado. Num espectáculo deprimente de corrida para pálidas celebridades.
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