Passa-se os olhos pelos jornais, pelas crónicas dos jornais, pelos comentários dos jornais - e, todos juntos, são às dezenas - e não há uma palavra que valha a pena. Parece que é isto a democracia comunicacional - a trivialidade e não a excepção. Por isso, quando alguns imaginam "modelos" nos que apanham dos jornais ou das televisões, fazem-no porque, fora dois ou três, eles dizem precisamente o que eles esperam ler ou ouvir. Seja sobre bola, sobre os partidos, sobre o clima ou sobre supermercados. Chama-se a isto lugares-comuns, algo que Vladimir Nabokov definia como cruzamentos entre elefantes e cavalos. É geralmente entre cruzamentos de cavalos com elefantes que a opinião, lida e ouvida, navega sem a menor imaginação ou o mais leve interesse. Leiam antes livros.
5 comentários:
Ler dá muito trabalho JG!
E,já viu a maçada que é?
Não dá para falar de bola e, ninguém nos entende...
No liceu e na tropa, dantes, quando não havia o que ler e A Bola já tinha dois dias, a malta ao menos lia a Gina. E não era fácil! Tinha demasiado enredo - comparado com o que podemos encontrar agora em nobres e doutas publicações.
Ass.: Besta Imunda
Novidades só no grupo Sonae.
Entre a comunicação social escrita portuguesa e os folhetos de hipermercado ao menos estes têm maior utilidade e não custam tantas árvores.
Merkwürdigliebe
O mal é que a República, pelo menos a que se vê com frequência, está sempre com uma subida de leite. Uma parideira de dívidas públicas ...
João por favor dê mais relevo à notícia de última hora da demissão do Carrilho. Estamos em Portugal ou no mundo das Inquisições?
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