10.6.10

OS PUPILOS DO SENHOR REITOR

Um tal Rendas, que é presidente do conselho de reitores das universidades nacionais, afirmou, sem se rir, que «as universidades públicas comprometem-se a atrair novos públicos de forma diversificada.» O senhor reitor terá noção daquilo que é (ou deve ser) uma universidade? Ou julgará que a vulgarização do acesso à dita é como ter banda larga em casa ou ir a casas de meninas ou de meninos? Ou encher a universidade com meninas e meninos "diversificados"? Os "novos públicos" são uma obsessão demagógica normalmente associada a gente que não tem sequer uma ideia para satisfazer o "público" que tem. Ora a universidade, por natureza, não é um teatro ou uma praça de touros destinada a "atrair" ninguém. O que o Estado deve garantir é que, quem tem mérito, lá chegue se quiser chegar. Não pode é franquear, "de forma diversificada" (o que é isto?), as respectivas portas ao perigoso conjunto vazio que invariavelmente constitui o "estimável público". É de temer o pior.

9 comentários:

Anónimo disse...

Respeitinho, Dr. Gonçalves. Respeitinho.
Olhe que o Prof. Rendas é um maçon muito habilitado...

João PS disse...

Tal como se financiam, hoje não têm outra hipótese que a de atrairem. Bolonha a isso obriga. É o contrário da qualidade.

fado alexandrino. disse...

Choro sempre (em sentido figurado)quando vejo um filme "amaricano" e eles mostram como e quão difícil é entrar para uma universidade deles.

Anónimo disse...

O senhor reitor
também deve ter sido atingido pelo conceito do 'learnigstreet', em aplicação pela Parque Escolar no 'reconstrutivismo' arquitectónico das escolas do secundário.
Quem não saiba bem o que é, queira dar um salto ao "4ª República" (de há poucos dias).
Um mimo pós moderno, tinha de ser.
JB

Anónimo disse...

"É de temer o pior."

O pior, meu caro, já chegou. Tenha medo, muito medo...

Anónimo disse...

De facto a Universidade do Senhor reitor dos reitores é uma empresa de "qualquer coisa".

ricardo disse...

O pior já chegou mesmo.
Actualmente para abreviar a formação de médicos, há quem comece o curso no 4º ano.
Daqui a alguns anos os portugueses vão sentir na pele o resultado desta inovação.

Anónimo disse...

Eles estão é aflitinhos. Querem mais verbazinhas. Mais gentinha para continuar a fingir que a vidinha está normal e que os seus ordenadinhos não faltam. Precisam de receitazinhas. E para isso precisam de novos publicozinhos. Podiam fazer como o Ajax ou o Chen: este ano contrataram contorcionistas, domadores de enguias e chinesas bicéfalas. Além dos já habituais Giroflé & Batatinha.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Começaram com a educação de adultos há 20 ou 25 anos. Inscreviam-se 70, por curso, e terminavam 3. Que importava? Os formadores recebiam o mesmo.
Há uns anos assisti, na antena aberta, na rádio, a um debate sobre a redução de frequência no ensino superior. Todos os Reitores se quexavam da falta de alunos e consequentemente da falta de verbas. O representante do Instituto Superior Técnico de Bragança afirmou que, nesse ano, conseguiu um aumento substâncial de matriculas. Durante a referida antena aberta alguém esclareceu que o aumento de frequência em Bragança se devia às inscrições para maiores de 23 anos.
Está tudo dito.