31.3.10

AS CIDADES QUE NÓS PERDEMOS


Notável texto de Tony Judt acerca dos equívocos identitários. Os nossos evangelistas e plumitivos da "identidade" deviam meditar nisto, tivessem eles uma cabeça. «I prefer the edge: the place where countries, communities, allegiances, affinities, and roots bump uncomfortably up against one another—where cosmopolitanism is not so much an identity as the normal condition of life. Such places once abounded. Well into the twentieth century there were many cities comprising multiple communities and languages—often mutually antagonistic, occasionally clashing, but somehow coexisting. Sarajevo was one, Alexandria another. Tangiers, Salonica, Odessa, Beirut, and Istanbul all qualified—as did smaller towns like Chernovitz and Uzhhorod. By the standards of American conformism, New York resembles aspects of these lost cosmopolitan cities: that is why I live here

3 comentários:

Blondewithaphd disse...

Recomenda-se: Rob Shields, Places on the margin: alternative geographies of modernity. (se a memória não me atraiçoa é este o título).

Anónimo disse...

MANIFESTO POR UMA ARQUITECTURA À ESCALA HUMANA
por Nikos A. Salíngaros

(...)Durante as últimas décadas, a sociedade perdeu um dos seus direitos fundamentais: a liberdade de escolher o carácter do nosso ambiente de viver, o que é um verdadeiro golpe de estado contra a própria democracia. Em todos os lugares nos são impostos prédios e estruturas monstruosas, com suas superfícies alienígena e desumanas enquanto os tecidos urbanos de escala humana são destruídos e substituídos por estruturas monstruosas, estacionamentos gigantescos e vias rápidas que cortam os centros das nossas cidades. Experimentações sociais são implementadas em escalas massivas, tratando as pessoas em geral como se fossem brinquedos. Tudo isso tem sido apresentado como um maravilhoso “progresso”, mas, ao invés disso, é, com frequência, a máscara política de uma suposta libertação. Na análise final, isto é somente uma grande propaganda.
A essência fundamental da vida reside na produção de informação. Cada ser vivo é um sistema complexo de informações, no qual uma parte reside no material genético, e, nos seres humanos, uma outra parte é guardada como um corpo de conhecimentos. Esta “memória” é guardada como conhecimento cultural, técnico, científico, artístico, etc. A Arquitectura é também um depósito de informações que, através dos séculos, foram descobertas e desenvolvidas pelas diversas culturas. O International Style perdeu todo este conhecimento e, hoje, a auto-proclamada avant-garde continua a desprezar as informações herdadas.(...)

Publicado como Conclusão do livro Doze Aulas de Arquitetura — Desenho Sustentável através de Algorítmo, Umbau-Verlag, Solingen, Germany, 2010

Anónimo disse...

De facto, resta NYC e pouco mais. O resto é paisagem. Pimba.