17.1.10

PORTUGAL CONTEMPORÂNEO E A NECESSIDADE DE OUTRA COISA


«Na balbúrdia estabelecida, há uma única personagem em quem até certo ponto os portugueses confiam: Cavaco. Manuel Alegre não se enganou. A opinião, essa opinião que as sondagens nunca reflectem, é marcadamente antiparlamentarista e antipartidária. No que ele se engana é em atribuir esta perversidade só à direita. Ele mesmo, com a sua independência do PS e as suas relações com o PC e o Bloco, prova o contrário. A candidatura que anunciou no Algarve não é uma candidatura da esquerda, é uma candidatura acima da esquerda, a candidatura da gente desiludida com os partidos, que procura uma nova solução, ou seja, como a de Cavaco, com uma lógica presidencialista. O que, no fundo, Manuel Alegre sabe muito bem. Portugal inteiro suspira por outra coisa.»

Vasco Pulido Valente, Público

Comentário: O anti-presidencialismo manifestado por Alegre na terra do pobre Teixeira Gomes é puramente retórico. Teve, porém, um efeito imediato. Algumas harpias do pior PS (o do "socratismo dos últimos dias") já vieram sugerir a "divisão", ou seja, a necessidade de um candidato "deles" que os defenda e, no limite, mantenha esta coisa a caminho de lado nenhum que é este regime semi tudo e semi nada.

1 comentário:

radical livre disse...

depois de Eanes nenhum presidente foi tão maltratado pela comunicação nacional-socialista como Cavaco.

o largo dos ratos não o vai alijar facilmente e tem Alegre a roer-lhes as canelas.

Cavaco tem obra feita
Alegre limita-se de quando em vez a bolsar umas sandices.
escolheu a terra do PR-gay