20.1.10

OBAMA E O EMPORIO


Por falar em EUA, Obama chega ao fim de um ano de presidência em baixa. Sofreu a primeira derrota doméstica com a eleição dum tal sr. Brown, republicano, para o lugar deixado vago no Senado pela morte de Ted Kennedy. Passada a "fase folclore transmontano" que ainda alimenta as fantasmagorias de alguma esquerda europeia, Obama e a sua "revolução" começam fatalmente a ir ao lugar. A velha história da saúde é um sinal. Clinton também acabou derrotado por esse emporio ao pé do qual as indústrias congéneres nacionais andam de fraldinhas. O sr. Brown ameça virar o "plano de saúde" de Obama ao contrário por causa dos votos. Isto é, no sentido em que ele sempre esteve, nas mãos das seguradoras rapaces. É o "born in the USA" onde todos os Obamas do mundo não cabem.

6 comentários:

radical livre disse...

os eua são uma democracia.
por cá o governo do rectângulo arraste-se penosamente de inanição
apesar da ditadura existente.

nunca senti tamanho estrangulamente em 78 anos de contribuinte.

quando fui agredido na rua pelo meu ex-advogdo veriquei algum amadorismo do inem.

ontem fui depor na divisão de instruçao criminal da PSP e deparei com um agente altamente profissional: correcto, conhecedor, impecável. fiquei muito favoravelmente bem impressionado.
no meio desta trampa toda, aparece quem, apesar de tudo, nos defende da banditagem

ilha_man disse...

Caro João Gonçalves

Não me parece que a vitória do Sr Brown tenha a ver com a reforma de saúde de Obama, pois em Massachusetts a saúde já é parcialmente subsidiada. É o único estado onde a reforma de Obama em nada alterará a política de saúde vigente.

José Basílio

João Gonçalves disse...

A questão não é essa. É o Senado "desequilibrado" para o lado não Obama.

Merkwürdigliebe disse...

Exactamente, desiquilibrado para o lado não Obama, o lado americano quem sabe. Principalmente o healthcare, mas também o protesto pelos eleitores de MA contra os bailouts para os banqueiros e brokers de Wallstreet com dinheiro dos contribuintes, Gitmo ainda em funcionamento apesar das promessas feitas, Iraque idem, Afeganistão idem e ainda com reforço de presença, and on and on and on.
Lá como cá, o candidato Brown da plataforma contra o government healthcare, jovem e bem parecido, teve que ser apoucado pelos media bem pensantes por já ter posado para uma revista feminina, por cá, eram as actividades noctívagas de outro candidato que eram motivo para todo o tipo de gozo e óbvia inelegibilidade.
Um ano apenas e parece que a lua de mel do messias está morta e enterrada. E como deve enfurecer os Ana Gomes deste lado do lago ver os teimosos americanos insistirem em não quererem ser europeus, isto apesar da campanha de marketing político mais massiva e bem sucedida da história.

Anónimo disse...

«seguradoras rapaces»? A questão é que os lucros da seguradoras rapaces situam-se na média do das demais empresas norte-americanas.

Anónimo disse...

Provavelmente nem vale a pena anónimo das 3:39 eles já foram todos endoutrinados pelos media.

É pena que algumas dessas "seguradoras rapaces" nem consigam que o Congresso liberalize a sua actividade por todos os EUA. Estão limitadas estado a estado. Por outro lado têm o cliente cativo via Empresa em vez de se dar a possibilidade do cliente escolher.
Depois temos as indemnizações milionárias sem limite para casos judiciais que aumenta os custos.

Uma salganhada pouco eficiente - a América é cada vez menos eficiente com regras para tudo e para nada-
que Obama iria tornar 1000x pior. É que esta ainda assegura inovação, qualidade, de que a Europa beneficia e muito...

lucklucky