27.1.10

O REGRESSO DOS MAUS RAPAZES


Este artigo - que resulta de trabalhos de investigação académica sobre o assunto - parece sugerir que os meninos e as meninas deviam estudar separadamente. Quando comecei "à escola", não havia preocupações de "género", um termo que apareceu recentemente não fossemos nós não reparar em pessoas que gostam de exibir que são isto ou aquilo. Aos poucos, o Estado optou por juntar tudo e, apesar da extravagância dos primeiros tempos, a presença feminina nas universidades impôs-se. As moças perceberam rapidamente a vantagem da foçanguice numa sociedade dominada pelos equívocos do "mérito". E os moços não perceberam que a retórica da igualdade pendia inevitavelmente para um lado e que esse lado, o gineceu, tomou conta de quase tudo. Não é apenas a disciplina (ou a falta dela) que explica tudo. As moças há muito que não de distinguem por serem "prendadas" ou exímias em "lavores femininos". Algumas até podem ser loiras e burras mas serão infinitamente menos frívolas do que eles. Onde eles desistem, elas persistem. Onde eles caem, elas levantam-se e prosseguem de saltos altos ou sapatilhas Timberland. É por isso que a balança da igualdade se desequilibrou sem remédio. Ninguém permite mais que se trate o igual de forma e igual e o diferente de forma diferente. O título do artigo - "vem aí uma geração de rapazes frustrados" - esconde uma falácia. É que eles já são frustados. E elas já perceberam.

7 comentários:

Anónimo disse...

ainda bem que já perceberam...........

MINA disse...

Não tive tempo para ler o extenso artigo mas sempre fui a favor da separação dos sexos no ensino. Pelo menos até à universidade, e o resto são cantigas de igualdade politicamente correcta.

E depois ainda há quem proteste contra os casamentos same-sex se os sexos são iguais.

HAJA VERGONHA !!!

Anónimo disse...

O artigo interessantíssimo, é a prova do que eu há anos sei por experiência própria, só não sabia como explicar...
Ser bom aluno sendo rapaz, pode tornar-se um caso sério e transformar um aluno brilhante num zero à esquerda.
Aconteceu cá em casa e só reparei quando já não havia nada a fazer.
Cumprimentos e muito obrigada pelo seu blog que eu visito diariamente.
D.O.

Anónimo disse...

Não li ainda o artigo. Quanto à frustração dos "boys" só posso comentar - estudem e esforcem-se, que foi o que as mulheres tiveram que fazer para chegar a uma (ainda) proto-igualdade. Sou mulher, quadro superior de uma multinacional e sei do que falo - para ser considerada igual tive que ser melhor que os homens com quem competia, o que significa que tive que trabalhar muito mais; precisamente "pour cause" também tive as minhas frustrações, mas não me arrependo e voltaria a fazer o mesmo, foi a minha escolha, feita em 1977, aos 14 anos.

Anónimo disse...

«É que eles já são frustados» Irrizão e diferenças que possam existir à parte, estou em crer que o sucesso feminino se deve, antes de mais, a restos de educação mais disciplinadora do que a dada aos rapazes.

Anónimo disse...

Já para não falar da gaysada que também já percebeu como se ganha influência e poder neste mundo-cão.

Luisa Paiva Boléo disse...

Não sei se são frustrados ou apenas infantilóides.
Elas há mais de 200 anos que sabem qual é o seu lugar e como «piano, piano» foram traçando o seu caminho. O que é difícil e sofrido é mais forte. Todas, ou quase todas as mulheres que estão no topo, como disse a ptc, chegaram lá com muito trabalho.
Claro que gostaríamos que eles estivessem ao nosso lado sem frustrações... mas vai ser complicado.